Cantora maranhense resgata a tradição de força e graça das grandes cantoras de forró dos anos 70 e 80 com um tempero bem apimentado.
Seis anos após cair no samba com o álbum Festejos (2012), sem esquecer as origens nordestinas, a cantora maranhense Alexandra Nícolas volta ao mercado fonográfico com álbum de tom igualmente brejeiro, mas mais arretado, temperado com a malícia dos vivazes ritmos musicais agrupados sob o genérico rótulo de forró.
No próximo dia 14 de abril (sábado), Alexandra Nícolas lança em São Paulo o show de seu novo CD “Feita na Pimenta”. Pela primeira vez na capital, ela sobe ao palco da casa de cultura nordestina Canto da Ema acompanhada por uma superbanda formada por João Lyra (direção musical, guitarra e violão), Jamil Joanes (baixo), Rui Alvim(sopros), Nonato Lima (sanfona), Durval (percussão) e Renato Massa (bateria).
O primeiro disco, inteiramente dedicado à louvação do universo feminino, a partir do repertório de Paulo César Pinheiro já tinha um pé no Nordeste. Além de artista e mulher que sabe o que quer, é daquelas que não temem a guinada, sair da zona de conforto, ousar.
Seu novo disco, Feita na Pimenta (2018) tem os dois pés no Nordeste. Aliás, o corpo inteiro, no chamego, malemolência e brejeirice. Sem falar no talento e simpatia.
É disco de botar almas e corações em brasa, pra ninguém ficar parado. Mas com inteligência. Um repertório eclético, dançante, jocoso, cheio de malícia e por vezes duplo sentido. Para dançar agarradinho. No balaio forrozeiro de Alexandra Nícolas cabem xote, tambor de crioula, coco, chamego, num clima buliçoso, descontraído e apaixonado.
Um belo time assina as 12 composições registradas por Alexandra Nícolas: João Lyra (Sanfoneiro toque, em parceria com Joana Lyra, Clichê de forró, parceria com Adelson Viana, Chamego encantado e Coco fulero, ambas com Zeh Rocha), Betto Pereira (Tá pegando fogo e Forrobodó), Marco Duailibe (a faixa-título), Anastácia (Teu e O sucesso da Zefinha), Paulo César Pinheiro (Preta Chica, com Roque Ferreira), César Nascimento (Serenin, com Vicente Teles) e João Madson (O segredo do coco).
Com produção musical e arranjos de João Lyra, CD tem participação especial de Zeca Baleiro, em Teu, que escreveu no encarte do disco: “Ouvir seu Feita na Pimenta nos remete a um tempo de alegria e delicadeza da música popular, como se estivéssemos ouvindo o alto-falante de um arraial perdido na memória”.
Sobre a casa Canto da Ema
Desde que foi inaugurada, há 15 anos, a casa de cultura nordestina Canto da Ema tem proporcionado ao público o melhor do ritmo, da recente nova safra do forró e, por vezes, consagrados nomes do gênero como Dominguinhos, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Chico Cesar entre outros.
Com variada programação de quarta a domingo e em todas as vésperas de feriado, todos os amantes, simpatizantes e iniciantes do ritmo encontram um aconchegante ambiente, área externa aberta e com teto móvel, atendimento de primeira, excelentes instalações sanitárias, cozinha e bar.
No comando do Canto da Ema está Paulinho Rosa. A casa tirou seu nome de uma música homônimo de João do Vale, que teve como principal intérprete Jackson do Pandeiro. Produtor, ele trabalha com forro há quase 25 anos. Identificado como o precursor do forró universitário, hoje é curador do palco forró da Virada Cultural.
SERVIÇO
Show de lançamento do CD “Feita na Pimenta”
Data: 14 de abril (sábado)
Local: Canto da Ema (Av. Brigadeiro Faria Lima, 364 - Pinheiros - Tel: 38134708)
Horário: 22h30 (abertura da casa) e 0h (show)
Ingresso: R$ 34,00
Capacidade: 540 pessoas
Censura: 18 anos
Horários de funcionamento: Quarta e quinta-feira, das 20h30 às 2h. Sexta-feira e sábado, das 22h30 às 5h. Domingo, das 19h à meia-noite.
Na bilheteria são aceitos APENAS cartões de débito e dinheiro.
Capacidade: 450 lugares.
Serviço de vallet: R$ 20,00
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