quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Premiações da Cultura de São Paulo 2019: Conheça os vencedores e homenageados. Em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, Governador João Doria e Secretário Sérgio Sá Leitão anunciaram os 15 vencedores do Prêmio Estado de São Paulo para as Artes e entregaram medalhas e troféus a personalidades da cultura



A grande noite da cultura de São Paulo aconteceu nesta quarta-feira (29) no Palácio dos Bandeirantes. O evento Premiações da Cultura de São Paulo 2019, realizado pelo Governo de São Paulo e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, reuniu, no mesmo espaço, artistas e grandes empresários que investem em projetos culturais. Dezenas de personalidades passaram pelos flashes dos jornalistas. Na ocasião, foram também anunciados os vencedores das 15 categorias do Prêmio Estado de São Paulo para as Artes (confira ganhadores abaixo).
Em cerimônia reservada, o Governador João Doria e o Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão entregaram a Ordem do Ipiranga para representantes de empresas que apoiam a Cultura no estado, além das medalhas Tarsila do Amaral, Mário de Andrade e Mérito Museológico para personalidades do mundo da Cultura e Economia Criativa.
“Nós fazemos questão absoluta de homenagear tanto aqueles que expressam a cultura, como aqueles que apoiam a cultura”, comenta o Governador João Doria. “Também aqueles dirigentes de empresas que, de forma destemida e desprendida, apoiam a cultura do Brasil, especificamente em São Paulo. Nós temos que ter um reconhecimento a esses, que não são artistas, não são do mundo cultural, mas sem eles, o mundo cultural em São Paulo não estaria no nível que está e não teria o prestígio que tem”, completa.
“Estamos aqui, todos nós, para dizer que, em São Paulo, cultura é prioridade. Nós reconhecemos o papel da cultura e das expressões culturais, papel essencial, estratégico e fundamental para o desenvolvimento humano, econômico e social do nosso Estado”, anunciou o Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão.
Conheça as premiações e confira os premiados:
Prêmio Estado de São Paulo para as Artes
Criado em 1950 e completamente reformulado este ano, homenageou 15 profissionais da cultura que se destacaram ao longo de 2019 por suas realizações. Cada um dos vencedores recebeu um troféu e o valor de R$ 30 mil. As indicações foram feitas pelos membros do Conselho Estadual de Cultura e Economia Criativa; do Condephaat; da Comissão de Análise de Projetos do ProAC Expresso ICMS; e pelos secretários de Cultura dos 645 municípios de São Paulo. Trata-se da principal premiação cultural do Estado e da maior em nível estadual no Brasil. Confira os vencedores em cada categoria:
Museus, equipamentos e centros culturais
      Marcos Mendonça, pela realização da exposição “Leonardo Da Vinci - 500 anos de um gênio”, no MIS Experience 

Patrimônio cultural material e imaterial
      Vahan Agopyan, pelo projeto de restauro e ampliação do Novo Museu do Ipiranga

Grupos, companhias e corpos estáveis
      Isaac Karabtchevsky, pelo trabalho à frente da Orquestra Sinfônica Heliópolis

Cultura popular e tradicional
      Rolando Boldrin, pelo trabalho no programa “Sr. Brasil” (TV Cultura)

Cultura urbana
      Adriana Barbosa, pela realização da 18ª edição da Feira Preta

Empreendedorismo cultural e criativo
      Fernando Altério, pelo trabalho à frente da T4F

Inovação e tecnologia em arte e cultura
      Ricardo Laganaro, pela criação da experiência em VR “A Linha”

Estudos e pesquisas em cultura e economia criativa
      Luiz Gustavo Barbosa e Stephanie Mayorkis, pela realização do “Estudo de Impacto Econômico do Teatro Musical em São Paulo”

Mostras, festivais, mercados e eventos culturais
      Fernanda Feitosa, pela realização da 15ª edição da SP Arte e da 13ª edição do SP Foto

Produção cultural independente
      Jô Santana, pela realização do musical “Dona Ivone Lara - Um Sorriso Negro”

Inclusão, diversidade e acesso à cultura
      Cid Torquato, pelo trabalho à frente do projeto Sem Barreiras

Formação e capacitação
      Ivam Cabral, pelo trabalho à frente da SP Escola de Teatro

Livro, leitura e bibliotecas
      Isabel Santos Mayer, pelo trabalho à frente da Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura, em Parelheiros, e pelo LiteraSampa

Comunicação cultural
      Caio Carvalho, pelo trabalho à frente do canal Arte 1

Iniciativas culturais para crianças e adolescentes
      Mauricio de Sousa, pelo trabalho à frente da Mauricio de Sousa Produções

Ordem do Ipiranga
A Ordem do Ipiranga é a maior honraria do Estado de São Paulo concedida a cidadãos que prestaram serviços de excepcional relevância aos paulistas e ao Estado de São Paulo. Foram agraciados com a medalha, em grau Grande Oficial, representantes de cinco empresas patrocinadoras de projetos culturais realizados em 2019, como o do Novo Museu do Ipiranga – iniciativa emblemática para a cultura brasileira, recordista na captação de recursos.
Além dos R$ 1,2 bilhão investidos pelo Governo do Estado em cultura e economia criativa, em 2019 o setor contou com apoio de empresas privadas que investiram, por meio de patrocínios, em iniciativas como a realização e ampliação do Festival de Inverno de Campos do Jordão; o SP Gastronomia, maior programa de estímulo ao setor do Brasil; e a criação do MIS Experience, primeiro espaço imersivo da América Latina.
      Miguel Setas, presidente da EDP Brasil
      Cândido Bracher, presidente do Banco Itaú
      Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco
      Cesar Alarcon, CEO Pirelli Latam
      Benjamin Steinbruch, CEO do Grupo Vicunha
Medalha Tarsila do Amaral
Criada em 2019 pelo Governo do Estado de São Paulo, a Medalha Tarsila do Amaral homenageia e valoriza artistas, personalidades ligadas às artes, promotores e gestores de cultura, grupos artísticos, organizações da área artístico-cultural e iniciativas brasileiras ou estrangeiras com atuação no campo das artes e economia criativa que prestaram serviços relevantes para cultura no Estado de São Paulo. Receberam a honraria:
      MonahDelacy
      Roberto Minczuk
      Danilo Miranda
      Eduardo Saron
      Eduardo Kobra
      Ismael Ivo
      Evelyn Ioschpe (in memorian)
      Juca de Oliveira
      João Carlos Martins
      Morena Leite
      Maria Bonomi
      Paulo Borges
      Zuza Homem de Mello
      Rita Lee
      Fafá de Belém
Medalha Mário de Andrade
Criada em 1977, foi reativada pela atual gestão. A Medalha Mário de Andrade reconhece nomes de nascidos ou residentes do Estado de São Paulo que se destacaram por seus méritos e atuações relevantes no setor das Letras. Receberam o prêmio 15 personalidades que tiveram atuação de destaque nesta área em 2019:
      Almino Affonso
      Anna Maria Martins
      Ignácio de Loyola Brandão
      Ives Gandra Martins
      Joel Pinheiro da Fonseca
      Jorge Caldeira
      Jorge da Cunha Lima
      José Gregori
      José Vicente
      Josélia Aguiar
      Laurentino Gomes
      Marco Antônio Villa
      Maria Cecília ClossScharlach
      Martim Vasques da Cunha de Eça e Almeida
      Noemi Jaffe
Medalha de Mérito Museológico WaldisaRússio Camargo Guarnieri
Honraria concedida a personalidades com notória contribuição para a museologia paulista. Tal premiação vem ao encontro da necessidade de reconhecer publicamente o trabalho de profissionais que atuaram pelo fortalecimento dos museus paulistas, seja por meio da consolidação do Sistema Estadual de Museus de São Paulo, de seu exercício profissional, pela produção acadêmica, pela difusão do conhecimento e das instituições museológicas ou por sua atuação em prol da preservação do patrimônio museológico. Foi contemplado com a medalha:
      Julio Abe
Prêmio São Paulo de Literatura
Uma das mais conceituadas premiações de literatura no País e a maior em valor individual, o Prêmio São Paulo de Literatura tem como objetivo estimular a produção literária de qualidade, valorizar o setor e favorecer a formação de leitores e escritores, reconhecendo grandes nomes e também novos talentos.
Os vencedores de 2019 foram anunciados em novembro e receberam o troféu durante a cerimônia. Ana Paula Maia foi premiada na categoria Melhor Romance de 2018 pela obra “Enterre seus mortos”, e Tiago Ferro foi contemplado como Melhor Romance de Estreia de 2018 por “O pai da menina morta”.
Capital Cultural
Também receberam o troféu os prefeitos de São José dos Campos, Mongaguá, Salto e Ilha Solteira, cidades selecionadas para a Virada SP, que apresentaram projetos que contemplam qualidade, diversidade, inclusão e relevância para a cultura de seus municípios nas chamadas públicas do Programa Juntos pela Cultura e que foram selecionados para receber o investimento do Governo do Estado na realização do evento.
Anunciado em setembro de 2019, o Juntos pela Cultura é o programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado que destina, por meio de chamadas públicas, R$ 12,5 milhões para parcerias com prefeituras em cinco iniciativas culturais, entre elas, a Virada SP.
·         Felicio Ramuth, prefeito de São José dos Campos
·         Geraldo Garcia, prefeito de Salto
·         Márcio Melo Gomes, prefeito de Mongaguá
·         Otávio Augusto Giantomassi, prefeito de Ilha Solteira


@ovadiasaadia

NOTA OFICIAL - REGINA DUARTE ASSUME SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA

Com Ovadia Saadia, Presidente da Apacos e da Febracos durante estréia cinematográfica.

NOTA OFICIAL - REGINA DUARTE ASSUME SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA 

NOTA À IMPRENSA 
Regina Duarte é a nova secretária Especial da Cultura. O convite feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, foi aceito nesta quarta-feira (29). Desta forma, a atriz passa a responder pela secretaria responsável pelo desenvolvimento das políticas culturais do país. A atriz paulistana tem uma carreira sólida e de sucesso na dramaturgia brasileira. 
“Trata-se de um reforço do mais alto nível para compor o time do governo federal. Turismo e Cultura são atividades com uma forte sinergia que mostram ao mundo o que o Brasil tem de melhor, além de terem um alto potencial de geração de emprego e renda em nosso país e é sob essa perspectiva que trabalharemos fortemente e tendo essa importante parceira em nossa equipe. Tenho certeza que ela será bem sucedida nesse novo desafio e que teremos excelentes resultados”, avaliou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Em Botucatu, SP, com a colunista e dama da moda Enza Denadai

Em Israel (Jerusalem) em Novembro de 2018

1966, inicio de carreira de atriz na novela da Rede Globo A Deusa Vencida com Tarcisio Meira e Glória Menezes

Regina Duarte é a nova secretária Especial da Cultura. O convite feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, foi aceito nesta quarta-feira (29). Desta forma, a atriz passa a responder pela secretaria responsável pelo desenvolvimento das políticas culturais do país. A atriz paulistana tem uma carreira sólida e de sucesso na dramaturgia brasileira. “Trata-se de um reforço do mais alto nível para compor o time do governo federal. 
Evento CIAM- Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar presidido por Anna Schwartzman com José Possi Neto, sua filha Gabriela e marido Jairo Goldfuss


Turismo e Cultura são atividades com uma forte sinergia que mostram ao mundo o que o Brasil tem de melhor, além de terem um alto potencial de geração de emprego e renda em nosso país e é sob essa perspectiva que trabalharemos fortemente e tendo essa importante parceira em nossa equipe. Tenho certeza que ela será bem sucedida nesse novo desafio e que teremos excelentes resultados”, avaliou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.


Evento da benemerncia judaica com Ana Rosa Rojtemberg e  Tania Wagner

Por Ovadia Saadia de SP
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

O Grupo Tapa estreia novo espetáculo De Todas As Maneiras Que Há De Amar, de Edward Albee, dia 24 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Aliança Francesa. Em cena, Clara Carvalho e Brian Penido, que vivem um casal, juntos há muitos anos, que trocam reminiscências alegres, tristes e até mesmo brutais.


Grupo Tapa monta pela primeira vez um texto de Edward Albee com Clara Carvalho e Brian Penido
A dramaturgia dos Estados Unidos tem um panteão com figuras como Arthur Miller, Eugene O’Neill e Tennessee Williams. Edward Albee (1928-2016) é outro nome que pertence a este seleto grupo e ganha sua primeira montagem pelo Grupo Tapa por meio de um texto ainda inédito no Brasil: De Todas As Maneiras Que Há De Amar estreia no dia 24 de janeiro, sexta-feira, às 21h na Sala Atelier do Teatro Aliança Francesa. A temporada é sempre sexta-feira, às 21h, sábado e domingo às 19h30 até 16 de fevereiro.
A peça, que leva o nome de Counting the Ways no original, é baseado em um soneto da poetiza inglesa Elizabeth Barrett. A montagem tem direção de Eduardo Tolentino de Araujo e é protagonizada por Clara Carvalho e Brian Penido, que vivem um casal que faz um balanço de toda uma vida. Na trama, casados ​​há muito tempo, mas conscientes de que o tempo provocou mudanças no relacionamento, os dois trocam reminiscências alegres, tristes e até mesmo brutais. A versão brasileira leva o nome De Todas As Maneiras Que Há De Amar, uma referência a música de Chico Buarque.
São personagens mais maduros e vivem um casamento que já passou por tudo. É um texto que questiona as maneiras de amar, o que sobra de uma vida de casal após todo esse tempo juntos? Ao longo da peça, vem lembranças, trocas ácidas, detalhes do cotidiano que refletem sobre a finitude do amor, tudo regado com humor, às vezes, até meio corrosivo”, conta o diretor.
A encenação é em forma de teatro de arena com um cenário que possui uma mesa, duas cadeiras e um lustre. Uma escolha para intensificar a aproximação do público e colocá-lo praticamente para dentro desse casamento. Albee foi um mestre do clima do teatro de câmara, por meio de histórias e personagens condensados, trabalhando bastante com o absurdo.
O autor americano deixa as relações viradas do avesso em suas obras, atributo que o coloca como uma espécie de herdeiro do sueco August Strindberg (1849-1912), dramaturgo bem conhecido pelo Grupo Tapa que já montou CamaradagemCredoresSenhorita Julia, e está em cartaz com Brincando com Fogo no Teatro Aliança Francesa.
Clara Carvalho e Brian Penido tem uma ligação no palco por toda a jornada com o Tapa em mais de 40 anos de carreira. Inclusive, em 1989, na montagem de Nossa Cidade, de Thornton Wilder, ambos interpretavam um casal em cena. 
Edward Albee venceu três vezes o prêmio Pulitzer e cinco Tony Awards. Sua obra mais popular Quem Tem Medo de Virginia Woolf? teve adaptação para o cinema em 1966 com Elizabeth Taylor e Richard Burton.  
“Albee tem um trabalho sedutor, mordaz, terrível e distorcido ao mesmo tempo. Traz uma comedia flamejante com esse espetáculo. São personagens fortes que passaram pelas grandes mudanças no mundo, estão situados em algum tempo dos anos 50 e 60, inseridos em um mosaico de tramas que trazem identificação e pode ser a história de qualquer casal, inclusive atualmente”, conclui Tolentino.
Sobre o Grupo TAPA
Um dos mais tradicionais e importantes grupos da cena teatral paulistana, o TAPA acumula 82 prêmios da crítica especializada. O grupo se notabiliza por seu repertório voltado aos autores clássicos. Sua trajetória inclui a maior parte dos grandes autores da dramaturgia universal, como Anton Tchekhov, William Shakespeare, Molière, Henrik Ibsen, August Strindberg, Maquiavel, Luigi Piradello e muitos outros.
Entre os autores brasileiros encenados pelo TAPA destacam-se Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, Millôr Fernandes, Jorge Andrade, Artur Azevedo, Oduvaldo Vianna Filho, entre outros.
Além do cuidado com a escolha do autor e no trato com o texto, outro foco do grupo é o ator, razão pela qual dedica grande atenção à preparação e à formação técnica de seus integrantes. O TAPA realiza ainda grupos de estudos regulares para os atores e atua como formador de público, para o qual realiza palestras, seminários, leituras dramáticas abertas, entre outros eventos.

Ficha Técnica:
Texto: Edward Albee. Tradução: Augusto César. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Clara Carvalho e Brian Penido. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Arte Gráfica: Mau Machado. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistentes de Produção: Natália Beukers e Nando Medeiros. Produção Executiva: Ariel Cannal.

Serviço:
DE TODAS AS MANEIRAS QUE HÁ DE AMAR
De 24 de janeiro a 16 de fevereiro. sexta-feira, às 21h, sábado e domingo as 19h30 até 16 de fevereiro.
Preço: R$50 (Inteira e R$ 25 (Meia).
Compra Online: www.sympla.com.br
Classificação: 14 Anos. Duração: 50 Minutos
TEATRO ALIANÇA FRANCESA - Sala Atelier
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque.
Capacidade: 50 lugares.
Ar condicionado
Café Espace Dulce France
Estacionamento conveniado em frente e na Rua Rego Freitas 285.
Informações: (11) 3572-2379
Passaporte
Podem ser adquiridos pelo site da Sympla e na bilheteria do teatro.
*Quem comprar o passaporte, poderá ver as duas peças do Grupo Tapa no Teatro Aliança Francesa, por R$ 90,00
*O passaporte têm meia-entrada também: R$ 45.
*Quem comprar o passaporte terá descontos 

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Ovadia Saadia, Febracos Brasil Jan 2020

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte é o mote para o espetáculo. Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata e Martina Gallarza (que se alternam no papel), Ando Camargo e Luccas Papp

Com Sérgio Mamberti no elenco, espetáculo O Ovo de Ouro volta em cartaz no Teatro Porto Seguro em 31 de janeiro.

 O conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte é o mote para o espetáculo. Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata e Martina Gallarza (que se alternam no papel), Ando Camargo e Luccas Papp

Após a bem-sucedida estreia no Sesc Santo Amaro, o espetáculo O Ovo de Ouro, de Luccas Papp engata nova temporada no Teatro Porto Seguro, de 31 de janeiro a 1º de março. Com direção de Ricardo Grasson, a peça traz no elenco Sérgio MambertiLeonardo MiggiorinRita Batata ou Martina GallarzaAndo Camargo, além do próprio autor. As sessões acontecem às sextas-feiras e sábados às 20h e domingos às 19h.


A função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, inspira o espetáculo. Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.
O talentoso ator Leonardo Miggiorin

Ovo de Ouro surge da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça surgiu em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam. Com este espetáculo temos a oportunidade de falar sobre Segunda Guerra sob o ponto de vista dessa figura pouco conhecida”, explica Luccas Papp. 
Contada em diferentes episódios e tempos, a trama revela a vida de Dasco Nagy (Sérgio Mamberti), que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.
O papel de Dasco é dividido pelos atores Sérgio Mamberti, que dá vida ao personagem no tempo presente/alucinação, e Luccas Papp, que o interpreta no passado/realidade, no plano da memória. “Talvez este seja um dos personagens mais desafiadores na minha carreira por uma série de fatores. Um deles é por representar o mesmo personagem que Sérgio Mamberti, o que é uma honra e uma responsabilidade muito grande. Segundo, é que ele é um sonderkommando vivendo situações de caráter tão absurdo. Eu preciso fazer com que o público acredite na realidade do que acontecia nos campos de concentração. Tenho que trabalhar com elementos obscuros no meu interior para trazer veracidade para essas situações. E como a peça é feita em ordem não cronológica – são nove cenas divididas entre passado e futuro – tenho que organizar minha cabeça para conseguir colocar a emoção certa na hora certa”, esclarece o ator e dramaturgo.

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.
A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.
A encenação
A encenação tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio. “Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade. Luz, som, cenografia e figurino conversam com essa estética e nos conduzem à proposta de encenação. A ideia é fazer com que as sensações criadas por estes elementos no espaço cênico atinjam o espectador de maneira intensa. Como encenador, entendo que a cenografia, o figurino, a iluminação, a trilha sonora não são panos de fundo ou cama para um espetáculo, juntos eles atuam concretamente fusos ao texto, formando assim uma narrativa dramatúrgica única”, revela o diretor Ricardo Grasson.

Para que não se repita
“Em tempos de pouco diálogo, imposição de ideias e ideologias, censura e extremismos é fundamental debatermos esses temas tão duros e atrozes para que os erros que provocaram tanto sofrimento no passado não se repitam. É necessário e quase que um dever recordarmos as atrocidades do holocausto nazista, para que a história vivida no final dos anos trinta e início dos quarenta, não volte a nos assombrar. Para que as novas gerações, não testemunhas deste período da história, saibam o que aconteceu e onde a intolerância pode nos conduzir. Auschwitz e outras tristes lembranças do holocausto, podem até escapar da memória, mas jamais deixarão os corações de quem viveu a tragédia, especialmente de quem se atribui a responsabilidade de manter viva, por gerações, as imagens da perversidade humana. Uma das formas de evitar a repetição de tais tragédias coletivas é recordá-la, para que não ressurjam no horizonte, sinais do restabelecimento de ódios raciais, extremismos comportamentais e ideologias sectárias, formando o caldo cultural do qual o nazismo se alimentou e  cresceu”, completa Ricardo Grasson.
... É fácil esquecer para quem tem memória; difícil esquecer para quem tem coração”...
Gabriel Garcia Marques

Sobre Ricardo Grasson – diretor
Ator, diretor e produtor de teatro, formado em cinema pela "NUCT" Nuova Università dell cinema e della televisione - Roma – Itália. Como produtor nos últimos anos levantou mais de 40 espetáculos na cidade de São Paulo ao lado de diretores como Caco Ciocler, Eric Lenate, Marco Antônio Rodrigues, Vanessa Bruno, Michele Ferreira, Wolf Maya, José Possi Neto, entre outros. Durante cinco anos fez parte da Cia Club Noir, como ator, assistente de direção e produtor nos espetáculos: PEEP CLASSIC ÉSQUILO, As Suplicante, Prometeu e Agamenon, Mostra Brasileira de Dramaturgia Contemporânea, Hieronymus nas Masmorras, Aqui, Happycinio, Procurado e Agro Negócio, H.A.M.L.E.T., Burguer King, Casa, Pinokio, A Construção. Foi assistente de direção nos espetáculos, 45 minutos, A Construção, Tríptico Samuel Beckett. Como ator, participou das montagens Pirandello per sempre. No Centro de Pesquisa Teatral, participou do processo de criação dos espetáculos: Medéia, O Canto de Gregório e O Jardim da Cerejeiras. Também atuou nos espetáculos Sit Dow Drama, de Michele Ferreira e Fim de Partida, de Samuel Becket ambos com direção de Eric Lenate.
No cinema atuou nos filmes: Labanda del Giardulo direção de Lucca Guardabaccio - Itália, Tasck Forse, direção de Mauro Mathia RAI Itália, Tacco di donna, Banana Rossa, Bolle di sapone, Uriele, Room servisse, La resistenza nell lazio e Destroy, direção de Franceco D'apprile Itália. Recebeu o prêmio de melhor ator por sua atuação no filme, Uriele de Nana Frozzina - Festival de Marsala- Sicilia, ator revelação pelo mesmo filme  no  Glob Festival de Roma- Itália.
Sobre Luccas Papp – autor, ator e produtor
Formado em filosofia pela FFLCH/USP, Luccas Papp tem mais de 20 textos registrados como autor teatral, como os premiados O Estranho Atrás da Porta e A Trágica Antologia Familiar. Foi professor e diretor de teatro da escola Fundação Bradesco por oito anos até abrir sua própria oficina de atores em 2019.  Atuou e dirigiu mais de 25 espetáculos. Na televisão, atuou em Nove Milímetros, na Fox, e foi antagonista em Brilhante FC, na Nickelodeon. Filmou Eldorado, média-metragem de Paula Goldman, e Lula, o Filho do Brasil, de Fábio Barreto. Esteve no ar no elenco de A Mira do Crime, no FX e na Record, e fez uma participação especial em Felizes Para Sempre, exibido pela Rede Globo e dirigido por Fernando Meirelles. Em 2018, estreou a novela As Aventuras de Poliana, no SBT, interpretando o atrapalhado vilão Mosquito.
Ficha Técnica
Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata (sessão nos dias 7, 8, 9, 28 e 29/2 e 1º/3), Martina Gallarza (sessão nos dias (31/01, 1º, 2, 14, 15, 16, 21, 22 e 23/2), Ando Camargo e Luccas Papp. Voz em off: Eric Lenate. Cenografia e visagismo:Kleber Montanheiro. Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel. Desenho de luz: Wagner Freire. Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Operação de Som: Rodrigo Florentino. Operação de Luz: João Delle Piagge. Camareira: Elizabeth Chagas. Posticeria Facial: Feliciano San Roman. Contra Regra: Roberto Oliveira, Willian Felix, Pedro Didiano e Hel Prudencio. Cenotécnico: Alicio Silva. Aderecista: Ronaldo Dimer. Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa. Alfaiataria: JC. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Assistente de Figurino: Eduardo Dourado. Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto. Conteúdo Histórico: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo. Assessoria Linguística e Fonética de Liturgia Judaica: Beto Barzilay. Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Produção: LPB Produções e NOSSO cultural. Direção de produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Laís Bittencourt e Heitor Garcia. Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Leekyung Kim.
Serviço:
O OVO DE OURO
De 31 de janeiro a 1º de março – Sextas e sábados às 20h. Domingo às 19h.
Ingressos: R$ 70,00 plateia / R$ 50,00 balcão/frisas.
Classificação: 14 anos.
Duração: 90 minutos.
TEATRO PORTO SEGURO
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3226.7300.

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Por Ovadia Saadia , Publisher- Sao Paulo
Bilheteria:
Até 12 de janeiro - bilheteria fechada.
De 13 a 18 de janeiro - de segunda a sexta, das 12h às 18h.
A partir de 21 de janeiro - terças e quartas, das 12h às 18h. Quintas, sextas e sábados, das 12h às 20h. Domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 508 lugares.
Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.
Bicicletário – grátis.
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