domingo, 15 de setembro de 2019

Na noite deste sábado, O CULT Ritchie e a banda Black Tie fizeram show animado no projeto Oca Cultural, que reuniu música e gastronomia na Oca Tupiniquim, na Vila Madalena. O menu de culinária contemporânea com ingredientes brasileiros foi assinado pela chef Raphaela Homem de Melo. Fashionistas, amantes da música, arquitetos, críticos de música e de gastronomia passaram por lá.

Ritchie e Black Tie comandam noite animada na 
Oca Tupiniquim
 
Richard David Court "Ritchie" nasceu no dia 6 de março de 1952, em Beckenham, Condado de Kent, sul da Inglaterra. Filho de pai militar, viveu em vários países,[1] como QuêniaDinamarcaItáliaAlemanhaIêmen do Sul e Escócia.
Embrenhou-se na música cantando no coral de uma igreja na Alemanha. Foi interno na Tormore School e Sherborne School para, alguns anos depois, ingressar no curso de literatura inglesa na Universidade de Oxford. Com 20 anos, abandonou os estudos para tocar flauta na banda londrina Everyone Involved,[2] com que gravou o LP-protesto Either/Or junto com outras bandas que contestavam a construção de um viaduto sobre Picadilly Circus, em West End.[3] O LP foi distribuído gratuitamente. Durante as gravações desse disco, Ritchie foi apresentado a um grupo de brasileiros pelo guitarrista Mike Klein. Entre eles, estavam Lucinha Turnbull, Rita Lee e Liminha, estes dois últimos, dos Mutantes, em visita à capital inglesa para comprar instrumentos. Ficaram amigos e o convite para conhecer o Brasil foi feito.
No final de 1972, Ritchie desembarcou em São Paulo, onde formou a banda Scaladácida com o baterista Azael Rodrigues, o guitarrista Fabio Gasparini e o baixista Sérgio Kaffa. O grupo fez vários shows na cidade e foi sondado pela gravadora Continental. Mas Ritchie ainda não tinha o visto de permanência e o contrato não pôde ser assinado. Scaladácida terminou suas atividades no final de 1973 e Ritchie se mudou com apenas 21 anos de idade, já casado, para o Rio de Janeiro com a arquiteta e estilista Leda Zuccarelli, com quem é casado até hoje.
Na capital fluminense, deu aulas de inglês para músicos como Egberto GismontiPaulo Moura e a cantora Gal Costa,[4] e integrou o grupo de jazz-rock Soma (Bruce Henry, baixo; Alírio Lima, percussão; Tomás Improta, piano) como backing vocal e flautista.
Em 1975, reforça os quadros d’A Barca do Sol como flautista,[3] grupo então composto por Nando Carneiro (violão, guitarra e vocal), Muri Costa (violão, viola e vocal), Jaques Morelenbaum (celo, violino e vocal), Beto Rezende (viola e percussão) e Alain Pierre (baixo e percussão).
“Em determinado momento, sugeri que eu cantasse em vez de tocar flauta e fui prontamente despedido da banda!”, confessou em seu site oficial.
Ainda em 75, juntou-se à segunda escalação do progressivo Vímana e assumiu, finalmente, os microfones para cantar em inglês. A banda, formada por Lobão (bateria), Luiz Simas (teclados), Lulu Santos (guitarra) e Fernando Gama (baixo), participou da peça musical A Feiticeira, de Marília Pêra, e fez shows, principalmente, no Museu de Arte Moderna, no Teatro Galeria e no Teatro Tereza Rachel, todos no Rio.
“Fomos convidados para fazer um teste no que seria o primeiro estúdio de 24 canais no Brasil. A fita chegou a ser realizada com um material que daria um LP, e, posteriormente, chegaram a ser fabricadas algumas cópias de um compacto simples com uma música minha em parceria com o Lulu e o Ritchie, chamada ‘Zebra’. Garanto a vocês que era patético... mas foi muito engraçado”, declarou Lobão, que integrou a banda como baterista aos 17 anos.
O compacto, lançado em 1977 pela Som Livre, trazia “Zebra” e “Masquerade” (esta com letra em inglês, do Ritchie. No ano seguinte, passaram a tocar como banda de apoio do tecladista suíço Patrick Moraz (Yes, Moody Blues). Insatisfeito, Lulu deixou a banda para seguir carreira-solo. O Vímana segurou o fôlego até 1978, quando encerrou os ensaios de uma vez.
Em 1980, Ritchie recebeu o convite de Jim Capaldi, do Traffic, para regressar a Londres e participar de seu álbum solo, Let the Thunder Cry,[2] como vocalista (backing vocal) e arranjador. No elenco desse disco, figuram o saxofonista Mel Collins (King Crimson), o percussionista Reebop Kwaku-Baah (Traffic) e os bateristas Andy Newmark (John Lennon) e Simon Kirke (Free, Bad Company)[1].
De volta ao Brasil, em 1982, procurou Bernardo Vilhena, letrista do Vímana, para compor seu primeiro trabalho-solo cantado somente em português. Liminha, naquele momento produtor da Warner, ajudou a gravar em 4 canais a demo de "Menina Veneno". As vendas do compacto simples (CBS), lançado em fevereiro de 1983 com "Menina veneno" e "Baby, meu bem", ultrapassaram as 500 mil cópias, um marco na história do mercado fonográfico brasileiro.[2]
Porém, o sucesso chegou mesmo com o LP Vôo de Coração (Epic/CBS), em junho de 1983. Um milhão e duzentas mil cópias do álbum ("Menina veneno", "A vida tem dessas coisas", "Casanova", "Pelo interfone" e a faixa-título) evaporaram das lojas.
Além de Ritchie (voz, Casio MT40 e flauta), o disco contou com os músicos Lulu Santos, Liminha e Steve Hackett (guitarras), Lauro Salazar (piano e sintetizadores), Liminha (baixo), Lobão (bateria), Zé Luis (sax), Chico Batera (percussão) e a turnê de divulgação do álbum circulou por mais de 140 cidades.
Em 1984, ganhou o Troféu Imprensa na categoria Cantor do Ano, onde concorria com Roberto Carlos e Tim Maia.[5] Nesse ano, lançou E a Vida Continua (EPIC/CBS), que manteve a parceria com Bernardo Vilhena (“A Mulher Invisível”, com Steve Hackett), “Insônia” e “O Homem e a Nuvem”, “Trabalhar é de lei”, “Mulheres!”, “Sopra o Vento” (tema da novela da Globo A Gata Comeu de 1985) além de novas parcerias com Chris Moore (na faixa, “Gisella”), e os comparsas Lobão (em “Bad Boy”) e Liminha (em “Bons amigos”), este último produtor do álbum, além das autorais e a faixa-título.
A partir de 1985, interessou-se pela música eletrônica e à produção de arquivos MIDI de ritmos brasileiros para uso digital. Nesse ano, engatou seu terceiro disco solo, Circular, o último pela CBS.
Em 1986, a música “Transas”, de Nico Resende e de Paulinho Lima, tecladista e empresário de Ritchie, respectivamente, tornou-se tema da novela Roda de Fogo, da TV Globo. O compacto foi premiado com o Troféu Villa Lobos, por ter sido o mais vendido do ano.[2]
Já em nova gravadora (Polygram), Ritchie lançou em 1987 o LP Loucura & Mágica, que embalsamou o sucesso do ano anterior, “Transas”, e promoveu uma curiosa parceria com Cazuza (“Guerra civil”). No cardápio, “Tudo normal”, “Mentira” e (todas com Bernardo Vilhena, e a última, com a colaboração de Lauro Salazar), “Forças de dentro” (Kiko Zambianchi), “Me gusta la rumba” (Paulinho Lima e Torcuato Mariano) e “Meantime” (navamente co Steve Hackett nas guitarras.
Nos anos seguintes, lançou Pra Ficar Contigo (1988) e Sexto Sentido (1990), todos pela Polygram, mas o sucesso do primeiro álbum, de 1983, passou longe desses.
Segundo Ritchie, um dos fatores que explicam sua queda de popularidade, foi o desentendimento que teve com Leleco Barbosa, filho de Abelardo ‘Chacrinha’ Barbosa, em 1984.
"Não pude fazer um dos shows que os artistas que apareciam no programa do Chacrinha faziam pelo subúrbio do Rio. O Leleco me baniu do programa ... Senti que eu era carta marcada para sair de cena. Incomodou muito o fato de um estrangeiro ser eleito cantor do ano. Estavam começando a falar que o Ritchie vendia mais discos do que o Roberto Carlos. Com o Plano Collor decidi sair mesmo", declarou ao Jornal da Tarde em 2002.
Mesmo com a carreira-solo pendurada, Ritchie integrou a banda Tigres de Bengala,[3] ao lado de Cláudio Zoli, Vinícius Cantuária, Mu & Dadi (A Cor do Som) e Billy Forghieri (Blitz). O combinado lançou um álbum homônimo em 1993, pela Polygram.[2]
Em 1995, ele cantou juntamente com Paula Toller, da banda Kid Abelha a música "Como eu quero" no Jazzmania (RJ) durante a turnê do álbum Meio Desligado.
Cada vez mais interessado por computadores e menos à vontade com a indústria musical no país, Ritchie se tornou websound designer e assinou a criação e a implantação de softwares de áudio em sites como o da Usina do Som, o do portal international Yahoo!Digital e o da página do poeta Carlos Drummond de Andrade e o site do Lulu Santos[2], este último indicado entre os melhores sites de música pelo iBest em 1997.
No ano de 1999, foi convidado por Thomas Dolby (o artista, produtor e fundadador da Beatnik Inc.) para desenhar e implementar a sonorização dos websites da Yahoo! Digital e Beatnik.[2]
Mas, em 2002, 12 anos após sua última investida solo no universo fonográfico, Ritchie aceitou o convite do jovem produtor Rafael Ramos (João Donato, Ultraje a Rigor, Los Hermanos) para fazer um novo álbum.
Ao contrário de outros artistas oitentistas que reapereceram no início de 2000 com regravações dessa época, Ritchie apostou no ineditismo. O álbum Auto-fidelidade (Deck Disc) revelou parcerias com Erasmo Carlos, Bernardo Vilhena, Nelson MottaRonaldo Bastos e Alvin L.. São 14 faixas (5 cantadas em inglês) em que a crença pop do artista se mostrou intacta, apesar da instrumentação e dos arranjos revelarem a evolução estética pela qual Ritchie passou.
Em 2005, Ritchie participou do bem sucedido DVD, "Multishow Anos 80 Ao Vivo", junto de outros artistas da época, e fez muitos shows Brasil afora com a turma do disco, Leo JaimeLeoniKid VinilNasi, entre outros.
Em 2008, Ritchie fundou seu próprio selo e gravadora, a PopSongs, e lançou, em julho de 2009, o CD, DVD e Bluray independente, "Outra Vez (ao vivo no estúdio)", com regravações de seus maiores sucessos, além de duas inéditas, a faixa-título, "Outra Vez", em parceria com Arnaldo Antunes e "Cidade Tatuada", com letra de Fausto Nilo. "Ritchie - Outra Vez (ao vivo no estúdio)" é o primeiro disco Bluray do artista (e o primeiro Bluray musical a ser 100% produzido e fabricado no Brasil).
Três anos após seu DVD, comemorando 60 anos de idade e 30 de carreira solo, Ritchie lançou seu primeiro álbum como interprete, intitulado "60". Nesse disco, o cantor interpreta canções da década de 60 menos conhecidas do grande público.


Noite foi dedicada a canções do inglês Cat Stevens. Menu especial do evento foi assinado pela chef Raphaela Homem de Melo


Do pop ao clássico, do folk ao erudito. Esse foi o clima da noite deste sábado, na Oca Tupiniquim, que reuniu música e gastronomia com show de Ritchie e a banda Black Tie. Passaram por lá para conferir o novo álbum do cantor fashionistas, como a consultora de moda Helena Montanarini, a arquiteta Fernanda Nasser, a crítica gastronômica Carla Palmieri, designers, jornalistas, produtores culturais, amantes da música e da boa gastronomia.


Angela Soares, idealizadora e diretora da OCA Tupiniquim, Sao Paulo.





A Oca Tupiniquim, comandada pela empresária Ângela Soares, oferece, desde 2007, toda a infraestrutura para eventos sociais e corporativos. A casa promove agora também eventos autorais. O selo Oca Cultural incentiva o diálogo da gastronomia com outras expressões artísticas. Na estreia do projeto, folk-rock com uma roupagem erudita. A casa recebeu o cantor britânico radicado no Brasil, Ritchie. Compositor do grande HIT brasileiro dos anos 1980 “Menina Veneno”, entre outors mais,  Ritchie se apresentou com canções do conterrâneo inglês Cat Stevens e arranjos de música de câmara, acompanhado pelo trio Black Tie. Tocaram com Ritchie: Swami Jr. (baixo), Mario Manga (violoncelo), Fabio Tagliaferri (viola), Tuco Marcondes (violão de aço, mandolin e banjo) e René Parise (viola).  O repertório do show foi o seu mais recente álbum, Wild World – The Songs of Cat StevensCanções de Cat Stevens, sucesso nos anos 1960 e 1970: “Wild World”, “Moonshadow”, “Morning Has Broken”, “Oh Very Young”, “Where do The Children Play?”, “Father and Son” e “Sad Lisa”.
 
Banda Black Tie e Ritchie
No menu de jantar preparado pela chef Raphaela Homem de Melo, da Oca, uma culinária contemporânea, com ingredientes brasileiros. O menu de seis tempos foi composto por: entradas (Tartar de Beterraba, Brandade de Palmito Pupunha e Purê de Cabotiá Defumada e Couve-Flor), pratos principais (Riz de Carreteiro com Amêndoas Torradas, Banana-da-Terra e Azeite Aromático, com opção vegetariana, e Bobó de Camarão, Arroz de Coco e Farofa de Dendê, com versão vegetariana feita com cogumelos) e sobremesa (Terrine Crocante de Chocolate e Avelãs com Sorvete de Tangerina). Para harmonizar, sugestões de drinques bem brasileiros, como a carta de gim-tônicas: Tupiniquim (gim, tônica, mexerica e lasca de pimenta de cheiro), Caeté (gim, tônica, limão-siciliano e capim santo), Potiguara (gim, tônica e cajuína) e Xavantes (gim, tônica, frutas vermelhas e hortelã). Noite com música no palco, pratos da cozinha brasileira nas mesas e drinques pelos jardins da casa.

Nas fotos acima - galeria de Ali Karakas, vemos as presenças, 
entre outros, de:
Andre_e_Cristiana_Vieira-Carla_Palmieri.Debora_Mendeleh_e_Salvatore_Ferraro.Bruno_Giovannetti. Fabio_Tagliaferri_e_Magda_de_Melo.Fernanda_Nasser-; Helena Montanarini_angela soares.Jeanne_de_Castro.o show com a banda black tie.jpg ; Chef Raphaela_Homem_de_Melo-2. Marco_Lauria_e_Glaucia_TessariRitchie_

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Brian ou Brenda?, de Franz Keppler, discute identidades a partir do polêmico caso real de David Reimer Com direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, peça estreia dia 27 de setembro no CCSP. Elenco conta com Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos

Cada vez mais pulsante na sociedade, a discussão sobre identidade de gênero ganha uma abordagem surpreendente em Brian ou Brenda?, com dramaturgia de Franz Keppler e direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, que recria com liberdade ficcional o polêmico caso de David Reimer. O espetáculo tem sua temporada gratuita de estreia no Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho, entre 27 de setembro e 20 de outubro, e, em sequência, segue para uma temporada popular no Viga Espaço Cênico, de 25 de outubro a 17 de novembro, com ingressos a R$20.

Em 1965, nascem os gêmeos Brian e Bruce, que são submetidos a uma cirurgia de fimose aos 8 meses. Durante esse procedimento, o pênis de Brian é acidentalmente cauterizado. Atônitos, os pais procuram o psiquiatra John Money, que defende a tese de que os bebês nasceriam neutros e teriam seu gênero definido pela criação. Ele aconselha a família a fazer em Brian uma operação de redesignação sexual e a educá-lo conforme uma menina. 
A criança passa a ser chamada de Brenda. O resultado é uma menina que cresce infeliz em um corpo que não é seu e, ainda adolescente, tenta se matar. Os pais decidem contar a verdade e, então, Brenda resolve ir em busca da real identidade que nunca havia deixado de ter. 
Conhecida como um dos casos mais polêmicos da psiquiatria, a violência sofrida por David Reimer é usada por pesquisadores e instituições de todo mundo para fomentar a discussão sobre identidade de gênero. Os grupos conservadores argumentam que este é um exemplo de que uma pessoa biologicamente nascida com o sexo masculino sempre se identificará como um homem. Já os teóricos de gênero defendem que o sofrimento causado pela tentativa de impor uma identidade a David é o mesmo pelo qual as pessoas transgêneras passam na sociedade conservadora que tenta impor seus padrões.
A encenação mescla fatos reais e ficcionais para propor uma reflexão sobre gênero e o direito às escolhas e desejos de cada um, bem como os limites dos tratamentos médicos e psiquiátricos. O grupo faz questão de frisar o respeito pelas diferentes identidades, colocando a pauta, inclusive, na boca de David. Ao final da trama, por exemplo, ao ser questionado em uma entrevista, ele afirma que não é contra a cirurgia de redesignação sexual, se isso for um desejo de uma pessoa que se sente no corpo errado, contrapondo essa possibilidade ao que aconteceu.
Para celebrar a diversidade e contribuir ainda mais com essa discussão, o elenco escolhido traz Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos, pessoas com diferentes origens, condições físicas, etnias e identidades de gênero.
O texto começou a ser escrito em 2015, quando Franz Keppler foi contemplado em um edital de dramaturgia do ProAC – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Em 2018, o grupo foi contemplado na 1ª edição do Prêmio Cleyde Yáconis, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
SINOPSE
Baseada em um episódio conhecido como um dos mais trágicos da psiquiatria, a peça conta a história de Brian. Depois de uma operação malsucedida logo após o nascimento, em que seu pênis é cauterizado, ele é submetido a uma redesignação sexual e passa a ser educado como menina: Brenda. A imposição de crescer em um corpo que não é seu, no entanto, afeta a sua própria vida e a de todos ao seu redor.
FICHA TÉCNICA
Texto: Franz Keppler
Direção: Yara de Novaes e Carlos Gradim
Assistência de direção: Ronaldo Jannotti
Elenco: Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos
Cenário: André Cortez
Figurino: Cassio Brasil
Iluminação: Aline Santini
Trilha sonora original: Dr. Morris
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Visagismo: Louise Helène
Direção de produção: Ronaldo Diaféria e Kiko Rieser
Produção executiva: Marcos Rinaldi
Assistente administrativa: Juliana Rampinelli
Fotografia: Heloísa Bortz
Design gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Helô Cintra)
Realização: Rieser Produções Artísticas, Diaferia Produções e Da Latta Cultura

SERVIÇO
Brian ou Brenda?, de Franz Keppler
Classificação etária: 14 anos
Duração: 100 min

Centro Cultura São Paulo (CCSP) – Sala Jardel Filho – Rua Vergueiro, 1000, Paraíso
Temporada: 27 de setembro a 20 de outubro
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h
Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes de cada sessão

Viga Espaço Cênico – Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros
Temporada: 25 de outubro a 17 de novembro
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Um pedaço da Bahia dentro do Palácio dos Bandeirantes.
Convidamos você e acompanhante para a abertura da exposição
”BAHIA BARROCA : TRADIÇÃO E CONTRASTES”
Fotografias FLAVIA K
As imagens dialogam com um expressivo e raro conjunto de peças dos séculos XVII e XVIII, da coleção de Arte Sacra do Palácio, proveniente da Bahia.
Dia 10 de setembro
às 19h00
Palácio dos Bandeirantes – Hall Nobre
Av. Morumbi , 4500 – térreo
Coquetel : MODI Gastronomia
Intervenção musical : Nara Couto
Produção da abertura : Claudia Odorissio
Por favor, confirme sua presença com nomes completos, seu e do acompanhante para o acesso ao evento.
Zezzo Fonseca e Vicente Negrão
Recomendamos ir de taxi/UBER


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

O artista multimídia Ca Cau já deu a largada para o lançamento do projeto Olho D'Água, em Campinas. A escultura de nove metros de altura, a ser inaugurada no Parque Portugal, tem uma parte sendo finalizada por usuários de nove instituições filantrópicas de Campinas que receberam a visita do artista. Ca Cau está promovendo ações de sensibilização e criação de objetos recicláveis sobre a temática da importância da água e do meio ambiente. “A ideia é que este projeto percorra várias cidades levando a sonoridade dos ventos, o que cria energia e faz fluir o líquido desta sociedade que precisa cada vez mais valorizar o planeta. É uma soma de cultura e sustentabilidade por tempos e cidades melhores”, afirma Ca Cau.

Ações educativas antecipam inauguração de escultura de 9 metros


Olho D'Água faz parte das comemorações dos 30 anos do Consórcio PCJ e dos 45 anos de fundação da Sanasa, responsável pelo serviço de abastecimento de Campinas. A inauguração e apresentação da escultura à população também contará com a presença de convidados e autoridades, no dia 28 (quarta-feira) às 9h30.
As instituições participantes do projeto Olho D'Água são: Associação Douglas Andreani, Fundação Eufraten, Assistência Vicentina Frederico Ozanam de Campinas, ACESA Capuava, Associação Nazarena Assistencial,  AEDHA – Guardinha, APAE Campinas, SORRI Campinas e Instituto Campineiro de Cegos Trabalhadores.


acima veja as Fotos de de Ca Cau em visita às instituições e com escultura em anexo. 
SERVIÇO 
Lançamento da escultura Olho D’Água
Data: quarta-feira, 28/08
Horário: 09h30
Local: Parque Portugal – Av. Dr. Heitor Penteado 1671, Taquaral – Campinas. 


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

MUSICAL “DONA IVONE LARA – UM SORRISO NEGRO” ESTREIA DIA 30 DE AGOSTO, EM SÃO PAULO



Sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, o Espetáculo Musical"Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro” aterrissa agora em São Paulo. A estreia acontece no próximo dia 29 de agosto (quinta-feira), às 20h horas, no Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista).

O Musical retrata a vida e a obra da cantora e compositora brasileira Yvonne Lara da Costa, mais conhecida como Dona Ivone Lara, e carinhosamente chamada de “A Rainha do Samba”.

No espetáculo, a história de Dona Ivone Lara será contada em dois atos que misturam três tempos diferentes, sem ordem cronológica, surgindo em cena com três idades, aos 12 anos, aos 26, e aos 80, épocas que marcaram sua vida, e explicam quem ela foi verdadeiramente.

No palco, o musical conta com 23 atores representando a dança afro, o sincretismo brasileiro e muito samba, do partido alto a sambas enredos retratando não apenas a vida e obra de Dona Ivone Lara, assim como também o empoderamento de mulheres que ao longo do tempo se fizeram presentes como Nize da Silveira, Zaira de Oliveira, Clementina de Jesus, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia e Gal Costa

“Iniciamos nossa trajetória pelas lembranças da adolescência, quando Ivone viveu como interna no Colégio Orsina da Fonseca, passando pela vida adulta quando ela se casa com Oscar Costa, filho de uma família tradicional da Serrinha, até atingir a maturidade já consagrada como artista”, declara o idealizador e produtor do espetáculo, Jô Santana.

"Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro" é um espetáculo com samba no pé, poesia na garganta e a linda história de uma heroína brasileira. Uma mulher que foi no miudinho, e encontrou o seu lugar na música popular brasileira, foi guerreira mais nunca deixou de ser uma dama. “São dois atos de muita dança, música e reverência a mulher brasileira. Um espetáculo que nos dias atuais dialoga com a mulher contemporânea”, afirma Jô Santana.

A montagem contou com a importante pesquisa de Nilcemar Nogueira e Desirré Reis; a Direção e Dramaturgia de Elísio Lopes e a Direção Musical de Rildo Hora.

O espetáculo faz parte também do Projeto “Trilogia do Samba”, projeto que consiste na montagem de três espetáculos musicais, “Cartola – O Mundo é um Moinho (2016/2017),visto por mais de 100 mil pessoas,  “Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro (2018/2019), lotação esgotada no Rio de Janeiro e Alcione – Marrom, O Musical  (2020/2021)", com Texto e Direção de Miguel Falabella.


SOBRE DONA IVONE LARA:

Dona Ivone foi sem dúvida um referencial para o empoderamento feminino no mundo do samba abrindo espaço para muitas outras mulheres que seguiram dando continuidade a seu trabalho, mas até chegar à liberdade de cantar suas músicas e ao sucesso que a consagrou, nossa estrela teve que vencer muitos desafios na vida.

Assim como muitas mulheres negras, Dona Ivone teve uma vida difícil tendo que associar seus deveres de esposa, mãe e profissional, sobrando muito pouco tempo para se dedicar a sua maior paixão, a música.

Sua história de luta começou bem antes do sucesso como compositora. Yvonne Lara da Costa, seu nome de batismo, teve uma formação musical  luxuosa, pois a mãe era cantora de rancho e o pai violonista, e tio materno, Dionísio, com quem ela foi morar após a morte dos pais, tocava violão de sete cordas, e fazia parte do grupo de chorões que reunia Donga e Pixinguinha. Com ele, Ivone aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba; a descoberta da música no convívio com as professoras Zaíra de Oliveira e Lucília Vilas Boas, e recebeu elogios do marido dela, o maestro Heitor Villa-Lobos. Aos 12 anos, foi presenteada pelos primos e futuros parceiros, Hélio e Fuleiro, com um pássaro "Tiê-sangue". O nome do pássaro e a expressão "Oialá-oxa", herdada da avó moçambicana, serviram de inspiração para o primeiro samba de partido-alto: "Tiê, Tiê".

Por muito tempo as mulheres não tiveram vez no mundo do samba, era comum encontrar mulheres em posições de menos destaque, seja nas cozinhas preparando deliciosos quitutes ou como pastoras, mas nunca como compositoras, pois as composições, o palco e o sucesso eram territórios dominados apenas por homens, e assim sua importância era minimizada. Dona Ivone Lara rompe com os protocolos "machistas" da época e torna-se a primeira mulher a assinar sambas, em especial sambas enredos. Foi pisando “devagarinho” que Dona Ivone foi conquistando seu lugar, e hoje é considerada a maior compositora do samba e da música brasileira. Nenhuma outra mulher teve tantas vozes cantando suas músicas ou gravadas como ela.

Aos 25 anos casou-se com Oscar Costa, filho de Alfredo Costa, presidente da escola de samba Prazer da Serrinha, com quem teve dois filhos, Alfredo e Odir. O marido de Ivone contra a entrada da esposa no mundo do samba, e por 28 anos eles dividiram a vida até a morte dele.

Foi no Prazer da Serrinha onde Ivone conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, mas o começo da estrada foi difícil, pois o preconceito não aceitava mulher sambista. Ela compunha, mas quem assinava os sambas era o primo. Entrou para a ala de baianas e ala de compositores da escola de coração, o Império Serrano, e ajudou a compor um dos enredos mais bonitos da história da escola, "Os Cinco Bailes do Rio de Janeiro".

A música era só mais uma das paixões de Ivone. Com a mesma sensibilidade de sambista, ela também trabalhou como Enfermeira e como Assistente Social especializada em Terapia Ocupacional, e ajudava a cuidar de doentes em clínicas psiquiátricas. Aposentou-se aos 77 anos, e a partir daí passou a se dedicar integralmente a música.

Amadurecida pelas perdas e dores da vida, viúva e batalhadora, Ivone enfrentou o machismo, o racismo, as barreiras por ser pobre, os padrões de uma sociedade que não aceitava uma mulher como compositora, a dura batalha para sustentar seus filhos. E paralelo a isso compôs clássicos do samba como Sonho Meu, Acreditar, Sorriso Negro, Enredo do Meu Samba, entre muitos outros.

CURIOSIDADES

Dona Ivone Lara também trabalhou como atriz, com participação em filmes, e foi a Tia Nastácia em especiais do programa Sítio do Pica-Pau Amarelo.

1977 - Filme A Força de Xangô, interpretando Zulmira de Iansã
1982 - Especial Sítio do Pica-Pau Amarelo, interpretando Tia Nastácia
Ao longo de toda sua carreira musical Dona Ivone Lara lançou 15 CDs e 2 DVDS:

Suas músicas foram gravadas por grandes nomes da nossa MPB, entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Mariene de Castro, Roberta Sá, Marisa Monte e Dorina. Uma de suas composições mais conhecidas, em parceria com Délcio Carvalho, foi Sonho Meu, sucesso na voz de Maria Bethânia e Gal Costa em 1978, cujo álbum ultrapassou um milhão de cópias vendidas.

No ano de 2012, foi homenageada pelo Império Serrano, no grupo de acesso, com o enredo Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba. Em 2010 foi a homenageada na 21.ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Em dezembro de 2014 foi a homenageada na 19.ª edição do Trem do Samba. Em 2015, entrou para a lista das Dez Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio de Janeiro.

Em 2019 chega aos palcos paulistanos um Musical com 24 atores, dança afro e empoderamento da mulher negra brasileira.

SERVIÇO
Musical Dona Ivone Lara- Um Sorriso Negro
Estreia: 29 de agosto
Temporada: Quinta a domingo até 20 de outubro
Quinta, sexta e sábado: 20 horas
Domingo: 17 horas
Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo
Vendas: ingressorapido.com.br
Duração: 135 minutos
Classificação indicativa: 12 anos


FICHA TÉCNICA
Idealização e direção geral: Jô Santana
Dramaturgia e direção artística: Elisio Lopes Jr.
Direção Musical: Rildo Hora
Codireção Musical: Jarbas Bittencourt
Direção Coreográfica: José Carlos Arandiba Zebrinha
Direção Assistente/Residente: Ricardo Gamba
Assistente de Coreografia: Arismar Santos
Cenografia: Paula de Paoli
Figurino: Carol Lobato
Desenho de Luz: Valmyr Ferreira
Pesquisa: Nilcemar Nogueira




ELENCO
André Muato
Belize Pombal
Beto Mettig
Bruno Quixote
Di Ribeiro
Diogo Lopes Filho
Felipe Adetokumbo
Felipe Gomes Moreira
Fernanda Cascardo
Fernanda Jacob
Fernanda Ventura
Heloisa Jorge  - Nossa protagonista, está na novela a Dona do Pedaço, com a personagem Gilda, esposa de Marcos Palmeiras
Flavia Souza
Francisco Salgado
Guilherme Silva
Jeff Pereira
Larissa Noel
Larissa Carneiro
Nara Couto
Pedro Caetano
Rafa Leal
Sylvia Nazareth
Udilê Procópio


Segue alguns link do espetáculo:



https://www.youtube.com/watch?v=zzU-5k_5wL0