quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vespa, a exposição do ano em São Paulo. Imperdível no Musu da Casa Brasileira!

Visitação: até 3 de agosto

Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo, com apoio de Embaixada da Itália, apresentam Vespa: um ícone italiano - História, Cultura e Design até o dia 3 de agosto. A primeira exposição da motoneta Vespa no Brasil perpassa a trajetória do veículo desde a sua criação, no final dos anos 1940, por meio de vídeos, fotos, painéis com a linha do tempo e informações, além de modelos históricos cedidos por colecionadores.


Sob a curadoria do Istituto Europeo di Design - IED São Paulo, coordenada por Ricardo Peruchi, a mostra é uma oportunidade para o público brasileiro conhecer a história da Vespa que, em período de intensas transformações sociais e econômicas, foi importante protagonista não só na Itália, onde foi criada, mas em toda a Europa e em outros países ao redor do mundo. "A exposição dedicada à Vespa no Brasil pretende ir além do significado relativo à tecnologia e à engenharia mecânica. Por trás das formas muito familiares do simpático scooter surge a nítida sensação da marca italiana", afirma Renato Poma, diretor do Instituto Italiano de Cultura. "O certo é que deixa todos curiosos para saber onde estão as raízes de um sucesso tão extraordinário". Desde o seu lançamento, em 1946, mais de 17 milhões de unidades da Vespa foram comercializadas em todo o mundo. 

 "Essa mostra revela o quão significativo pode se tornar um produto para além das questões técnicas e de mercado intrínsecas ao universo da produção industrial", explica Miriam Lerner, diretora geral do MCB. "São valores culturais construídos a partir de um produto que atravessa gerações em decorrência da qualidade de seu design."

Inicialmente, "Vespa: um ícone italiano" situa o visitante no tempo em que a motoneta foi desenhada, passando pelo lançamento e comercialização pela companhia Piaggio, em abril de 1946. A exposição apresenta detalhes da tecnologia e design empregados na produção da Vespa ao longo das últimas décadas. Fãs da motoneta e o público em geral poderão conferir de perto modelos históricos, além de conhecer os principais momentos de sua trajetória no Brasil.


Relacionada ainda a emancipação da mulher no fim da Segunda Guerra, a Vespa se tornou símbolo da independência feminina por meio da publicidade, como é mostrado na exposição em cartazes de cinema, anúncios publicitários e outras imagens, entre elas a aparição de Audrey Hepburn e Gregory Peck no filme "Roman Holiday - A princesa e o plebeu", montados na motoneta que virou objeto de desejo, capaz de passar por sete décadas sem perder o charme.

A primeira exposição da Vespa do Brasil é uma realização do MCB e do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo, em colaboração com a Fondazione Piaggio di Pontedera, do Museo Piaggio, do Centro Multimediale del Cinema e da Scooteria Paulista, com produção da Arteon Inteligência Cultural.



História da Vespa no Brasil
Produzida em pequena escala pela primeira vez em Gênova no ano de 1946, a Vespa foi concebida pelo engenheiro Corradino D'Ascanio, da indústria Piaggio de Pontedera, para ser prática e funcional. Com inovações mecânicas que simplificavam a direção e manutenção, logo ela se tornou um sucesso comercial do pós-guerra e um meio de locomoção de massa.

Presente no Brasil desde o final dos anos 1950, a motocicleta foi o transporte de famílias inteiras, com uso diversificado tanto para o lazer como para fins utilitários, constituindo um capítulo marcante no crescimento do país e alimentando sonhos de muitos brasileiros. Entre 1958 e 1964, por meio da empresa Panauto - licenciada pela fabricante original Piaggio -, os primeiros modelos da Vespa foram montados no Brasil. Foi nos anos 1980, no entanto, que a motoneta viveu seu apogeu no país, com a Motovespa, companhia que chegou a ter 140 revendas autorizadas espalhadas desde Manaus, onde os veículos eram produzidos, até Porto Alegre. Os brasileiros viviam, neste período, a redemocratização política em que difundiram-se muito os ideais de juventude e liberdade. Nesse cenário, foi natural a popularização da Vespa, símbolo italiano no qual estes conceitos eram facilmente identificáveis, pois esta era, à época, o transporte de duas rodas mais fam oso do mundo.

Devido ao desenho inovador para a época, a Vespa já foi exposta em inúmeros museus de design, arte moderna e ciência e tecnologia. Ela faz parte do acervo permanente do Triennale Design Museum, em Milão, e do Museum of Modern Art (MOMA), em Nova York.



Sobre o Museu da Casa Brasileira
Museu da Casa Brasileira se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Dentre suas inúmeras iniciativas, destaca-se o Prêmio Design MCB, realizado desde 1986, e o projeto Casas do Brasil, que promove um inventário sobre as diferentes tipologias de morar no país.

Sobre o Instituto Italiano de Cultura
Istituto Italiano di Cultura de São Paulo, fundado em 1945, é um órgão oficial do Governo Italiano, com sede na histórica mansão de Av. Higienópolis, 436. O edifício, construído nos anos 20, em estilo neoclássico, hospeda os escritórios administrativos e dispõe de uma sala biblioteca e um espaço destinado à sala multimídia. A presença de 25 milhões de italianos e descendentes de italianos no Brasil confere ao Istituto uma tarefa importante e delicada: manter vivas e reativar os valores da tradição e as ligações com a cultura de origem da comunidade que aqui chegou por ocasião do primeiro fluxo migratório em 1880 e que nunca mais se interrompeu; e enriquecer o panorama cultural com iniciativas voltadas não somente à promoção da língua e cultura italianas, mas também com ações de cooperação entre italianos e brasileiros em uma mútua troca de competências, experiências que visam a favorecer um eficaz câmbio intercultural. 

SERVIÇO:
Exposição "Vespa: um ícone italiano - História, Cultura e Design
Visitação: até 3 de agosto

Realização: MCB e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo
Produção: Arteon Inteligência Cultural
Apoio: Embaixada da Itália no Brasil, Fondazione Piaggio di Pontedera, Museo Piaggio, Centro Multimediale del Cinema e Scooteria Paulista

Local: Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2.705 - Jd. Paulistano
Tel.: (11) 3032-3727

Visitação
De terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada)
Gratuito aos sábados, domingos e feriados

Acesso a pessoas com deficiência / Bicicletário com 20 vagas
Estacionamento pago no local

Visitas orientadas: (11) 3032-2564 / agendamento@mcb.org.br

terça-feira, 29 de julho de 2014

Estréia peça Submarino em Sao Paulo

Em Submarino, Léo Moreira assina
texto inédito em nova montagem
do diretor Pedro Granato

A trama acontece o tempo todo dentro de uma piscina cenográfica. A peça é o resultado da primeira parceria entre o diretor Pedro Granato e o autor Léo Moreira (da Cia Hiato). O texto inédito foi criado para o projeto Conexões 2013, uma produção da Escola Superior de Artes Célia Helena em parceria com o Teatro Pequeno Ato

Uma turma de adolescentes sempre se encontra na piscina onde praticam natação. Uma morte inesperada abala a relação de todos. Agora, o grupo de amigos precisa lidar com aperplexidade, entendimento e superação da perda. Texto inédito de Léo Moreira com direção de Pedro Granato - que dirigiu recentemente Quanto Custa?; de Bertolt  Brecht e Il Viaggio; adaptação de Marcelo Rubens Paiva para texto inédito de Federico Fellini -, a peça Submarino estreia dia 2 de agosto, sábado, às 20 horas, no Teatro Cultura Inglesa, em Pinheiros.

No elenco, Bárbara SgarbiCelina VazGabriel TavaresJonatan JustolinManuela PereiraMatheus PolimenoPedro Monteiro e Victoria Martinez. A temporada segueaté 17 de agosto, com sessões aos sábados, às 20h e domingos, às 19h.

A montagem investe na plasticidade das cenas e nos movimentos coreografados para contar uma história sensível de superação do luto e do surgimento de novos sentimentos. O local de encontro da turma tem como único cenário a piscina onde praticam natação.

A história se passa durante um ano e mostra como cada personagem lidou com a situação e como suas vidas e sentimentos foram transformados. A peça trata de questões que envolvem a morte e de como as pessoas atravessam um acontecimento trágico como a perda de uma pessoa tão jovem. Algo que deixa marcas em todos os envolvidos.

O texto revela fragmentos da vida dos personagens com grandes saltos temporais. Os atores usam seus próprios nomes para se apropriar melhor da história que estão contando e parte dos ensaios aconteceram numa piscina de verdade o que foi fundamental para definir movimentos e sensações em cena.

Para o diretor, Pedro Granato, o texto é muito provocativo. “Trata-se de um tema denso e profundo que não é normalmente associado aos adolescentes. Os diálogos são sensíveis e as marcações muito sugestivas, pois deixam espaço para criação. O fato da peça toda se passar em uma piscina é um grande desafio para a encenação, por isso também assino a luz e o cenário, pois estava intrinsicamente ligado a direção. É um espetáculo muito visual”, comenta.

Léo Moreira - autor e diretor da Cia Hiato, premiado três vezes com o Prêmio Shell de melhor autor - escreveu a peça especialmente para o Projeto Conexões, uma parceria entre o National Theatre de Londres, British Council e Cultura Inglesa com realização da Escola Superior de Artes Célia Helena.
Submarino é a primeira parceria entre Pedro Granato e Léo Moreira. O diretor comemora o resultado da união desses dois universos.  “Léo é um dramaturgo generoso. Ele não define como as cenas têm que ser. Mesmo sendo diretor ele deixa muito espaço para ser completado e isso é um prazeroso desafio de inventar a peça visualmente, achar o equivalente em música, imagem e movimento para rubricas livres e poéticas”.

Cenografia e Figurino
Com estética minimalista, o cenário é uma plataforma de madeira forrado com lona de piscina. Os atores utilizam a parte superior e inferior do cenário sugerindo diferentes espaços de até 8 raias. Nas extremidades tem um trampolim e uma escada. Os figurinos seguem a mesma paleta de cores criando uma impessoalidade entre os personagens e sua fusão com o ambiente da peça. Maiôs de banho, toalhas e camisetas em tons entre o preto e azul, além de todos os elementos cênicos, remetem aos tons azulados e ao universo da natação. O único elemento vermelho é uma toalha submersa que personifica a morte de um personagem.

A iluminação propõe um jogo sinestésico ao investir em diversos tons de azul para ressaltar a piscina. Um ciclorama preenche o fundo e cada raia tem luzes independentes manipuladas pelos atores. Os cubos cobertos de azulejos de fundo de piscina reforçam a sensação de solidão e a claustrofobia que a água traz após o afogamento.

“Como na peça sugerimos mergulhos e nados, busquei imagens fortes que pudessem indicar essas ações. Criei um cenário que sugere mudanças de ângulo. Em alguns momentos, é como se você estivesse vendo a piscina de cima. Outras vezes, o cenário é um trampolim e uma raia ou até mesmo o fundo da piscina. E para transformar o cenário foi fundamental o recorte da iluminação. Por isso, utilizo luzes que os próprios atores manipulam e o ciclorama para dar a sensação de estar imerso”, explica Granato.

Sobre Leo Moreira
Leo Moreira é dramaturgo e diretor da Companhia Hiato, de São   Paulo,  mestre  em  Dramaturgia pela   Universidade de São Paulo. Estreou como autor e diretor com a peça Cachorro Morto (2008) e com o texto seguinte, Escuro, recebeu o Prêmio Shell 2011 de Melhor Autor. Com O Jardim recebeu 19 indicações aos principais prêmios do país e venceu o Prêmio Shell 2012 como Melhor Autor, além do Prêmio APCA 2012 de Melhor Direção, Prêmio Governador do Estado de São Paulo – Melhor Espetáculo, e Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro – Melhor Autor e Melhor Espetáculo. Também são de sua autoria Bagagem (finalista do Prêmio Luso Brasileiro de Dramaturgia), Dois PássarosPrometheus – a Tragédia do Fogo (espetáculo selecionado a participar dos Festivais de Avignon e Edimburgo e indicado a três Prêmios Shell 2012, indicado a Melhor Autor Prêmio CPT 2012,) e Menor que o Mundo, da Cia Nau de Ícaros, que também dirigiu. Dirigiu o espetáculo O Silêncio Depois da Chuva (indicado a 2 Prêmios Shell 2012) e escreveu e dirigiu o Projeto Ficção e Ficções II, da Companhia Hiato. É um  dos  roteiristas  do  longa-metragem A  noite  do  Halley   e de séries para a televisão.

Sobre Pedro Granato
Formado  pelo  Curso  de   Cinema  e  Vídeo  da  ECA/USP.  Dirigiu  as  peças:  Quanto   Custa?, de Bertolt  Brecht;;  Il  Viaggio,  de  Marcelo   Rubens  Paiva,  inspirado  em  roteiro  inédito  de Fellini; Navalha  na  Carne,  de  Plínio  Marcos,  com  Gero  Camilo,   Gustavo  Machado  e  Paula Cohen; Criminal,  texto  do   argentino  Javier  Daulte;  O  Grande  Mágico  Mistério   escrito  em parceria  com  os  mágicos  Ricardo  Malerbi  e   Celio  Amino,  selecionado  como  melhores  do  ano no   Teatro  Alfa;  Made  in  Brazil,  a  partir  de  texto  de   Chico  Buarque.  Montagem indicada  a Melhor  Direção  no   Prêmio  Nascente  em  2002,  entre  outros.

Dirigiu o grupo  IVO  60  por  13 anos,  sendo   contemplado  5  vezes  pelo  Programa  Municipal  de Fomento   ao  Teatro,  criando 5 peças  apresentadas  por  todo  país.   Foi  assistente  de  direção de Laís  Bodanzky  em Menecma, de  Bráulio  Mantovani  com  estreia  no  Teatro  do  SESI  – Paulista. No  cinema  dirigiu  o  curta-metragem  Uma   Tragédia  Brutal,  premiado  como  Melhor  Direção  no 1o.  Panorama  Latino Americano  de  Cinema  Universitário,   realizado  em  2004,  Melhor  Filme  do Festival  MUV-MAES  do  Espírito  Santo  e  Menção  Honrosa  no  Santa  Maria  Cine   e  Vídeo  no Rio  Grande  do  Sul em  2005.  Atualmente   leciona Interpretação na  Escola  Superior  de  Artes   Célia Helena e no Teatro-Escola Célia Helena.

Escola Superior de Artes Célia Helena
Dirigida pela atriz Ligia Cortez, a Escola Superior de Artes Célia Helena – ESCH, desde o início de suas atividades em 2008, tem como umas das ações mais importantes dar continuidade ao programa de estudos e de investigação prática e teórica sobre as artes cênicas instauradas há 37 anos pelo Teatro-escola Célia Helena. Fomentar o diálogo e a interface do teatro com as diversas linguagens artísticas, promover e estimular a autonomia criativa e a participação em processos de criação são alguns dos fundamentos artístico-pedagógicos desenvolvidos pela instituição.

FICHA TÉCNICA:
Direção, luz e cenário: Pedro Granato.  Dramaturgia: Léo Moreira. Figurinos:  O grupo. Trilha sonora original: Pedro Monteiro. Assistente de direção: Gabriela Gama.Operação de Luz: Matheus Heck. Elenco: Bárbara Sgarbi, Celina Vaz, Gabriel Tavares, Jonatan Justolin, Manuela  Pereira, Matheus Polimeno, Pedro Monteiro e Victoria Martinez.  Cenotécnico: Mateus Fiorentino. Realização: Escola Superior de Artes Célia Helena e Pequeno Ato.

Teatro Cultura Inglesa - Rua Dep. Lacerda Franco, 333. Pinheiros. Temporada: 2 a 17 de agosto - Sábados, às 20h e domingos, às 19h.Entrada franca. Retirada de ingressos uma hora antes de cada espetáculo. Duração: 50 minutos. Classificação: 14 anos.