terça-feira, 27 de setembro de 2016

Inspirado pelo prólogo do livro Gracias Por El Fuego, do autor uruguaio Mario Benedetti (1920-2009), o espetáculo Naturaleza Muerta estreia dia 8 de outubro, na Vila Maria Zélia. Com direção de Rodolfo Amorim (Grupo XIX de Teatro), a peça é ambientada em um restaurante fora do país, onde quatro mulheres estão em um local decadente sem que se saiba por qual motivo, simplesmente não saem pela porta da frente. Durante a peça, as atrizes cozinham e comem um puchero, ensopado tradicional de vários países latinos. A plateia é acomodada como se fizesse parte do ambiente. A peça trata sobre questões como a falta de reconhecimento da nossa própria história e a valorização da cultura americana e europeia em detrimento dos países latinos. As sessões são gratuitas.




Obra do uruguaio Mario Benedetti é ponto de partida para peça Naturaleza Muerta, que estreia na Vila Maria Zélia, dia 8/10



Inspirado no prólogo do livro Gracias Por El Fuego, do uruguaio Mario Benedetti (1920-2009), o espetáculo Naturaleza Muerta estreia dia 8 de outubro, sábado, às 20h, no Armazém, do Grupo XIX de Teatro, na Vila Maria Zélia. As sessões são gratuitas, de sábado a segunda-feira. Excepcionalmente, dia 12 de outubro, quarta-feira, haverá espetáculo, às 19h seguido de um bate-papo sobre o tema Ser Latino-americano com o sociólogo e professor Jean Tible e a socióloga Carla Cristina Garcia.

Com direção de Rodolfo Amorim (do Grupo XIX de Teatro) o elenco é formado por Gabi CostaJuliana SanchesMaria Carolina Dressler e Tatiana Ribeiro, que também assina o texto.

Ambientada em um restaurante fora do país, quatro mulheres se encontram enclausuradas em um local decadente sem que se saiba por qual motivo, simplesmente não saem pela porta da frente. Na obra de Benedetti, quinze uruguaios, parte deles desconhecidos entre si, jantam num restaurante latino na 5ª Avenida, em Nova York. Enquanto conversam, valorizam a cultura europeia e norte-americana sempre aliada em detrimento da sua própria cultura e de seus desconhecidos vizinhos latinos.

Em Naturaleza Muerta, as mulheres estão resignadas, padronizadas, vestem roupas com as mesmas cores, convivem normalmente com insetos e animais rastejantes, alimentam-se da mesma comida, leem o mesmo livro, embora não entendam o sentido do enredo. Durante a peça, as atrizes cozinham e comem um puchero, ensopado tradicional de vários países latinos onde os ingredientes são cozidos juntos, e com temperos, numa mesma panela.

A plateia é acomodada como se fizesse parte do ambiente. “Convidamos o público a dividir a mesa. O histórico resumido e aleatório de cada personagem é servido aos poucos, em meio a tentativas de diálogos para evitar o constrangimento do silêncio diante de um desconhecido. Nesse jantar dançante de gosto duvidoso, percebemos nossas identidades definidas ou condicionadas por padrões e comportamentos que pouco parecem nos pertencer, mas que, ainda assim, definem nosso modo de interagir com a vida”, explica o diretor Rodolfo Amorim.
A dramaturga e atriz Tatiana Ribeiro ressalta que “a falta de reconhecimento da sua própria história perpetua ideias conservadoras, apresentando um povo que se mantém atrasado nas questões sociais, ainda sob uma política patriarcal, machista, misógina, escravocrata, homofóbica e racista”. Para composição do texto, Tatiana buscou outras referências como o manifesto antropofágico de Oswad de Andrade (de 1928) e o livro Moby Dick, do escritor norte-americando Herman Melville (1819-1891.
Contemplados com o edital do Proac Primeiras Obras, a proposta para a montagem surgiu durante o núcleo de pesquisa América Vizinha, coordenado pela atriz Juliana Sanches, do grupo XIX de Teatro, em 2014. “Fizemos a leitura do primeiro capítulo do romance de Mario Benedetti, que nos impressionou pela atualidade (apesar de ter sido escrito em 1965), por tratar de maneira bem contundente sobre o ‘complexo de vira-latas’ da América Latina em relação aos Estados Unidos. Num determinado momento, percebemos que, por se tratar de quatro atrizes em cena, a questão feminina era muito forte e o texto não a abarcava. Então, abrimos o processo e propomos cenas com a temática feminina e latino-americana”, conta a atriz Juliana Sanches.

“Juntos, procuramos fazer desse processo, um espaço onde cada participante pôde colocar suas questões e confrontar suas identidades, construídas e contornadas por padrões externos que rejeitamos, mas que definem cada um de nós, como um limite, uma barreira, uma porta quase nunca agradável de ser atravessada”, completa o diretor. 

A ação se passa num futuro próximo, onde a negação às suas origens já se consuma absoluta. No final do prólogo do livro de Benedetti, as personagens recebem a notícia de que uma catástrofe natural dizimou o Uruguai e entram em estado de retomada e valorização de seu passado. As mulheres de Naturaleza Muerta, resgatam o que lhes foi suprimido por meio da presença de uma nova estrangeira, que ainda mantém características de suas origens e, pelo anúncio da apresentação, naquele restaurante, de uma banda chamada Las Manzanas, que já em seu nome escancara uma latinidade desprezada e forçadamente esquecida.

“Quando essa relação é saturada, e o que de fato inquieta e move cada uma dessas figuras transborda, por meio da dança e da libertação de seus corpos, compartilhamos da liberdade inspiradora, que por vezes escapa em meio a repressão”, conclui o diretor.

Ficha técnica:
Texto: Tatiana Ribeiro. Direção: Rodolfo Amorim. Assistente de direção: Bruno Canabarro. Elenco: Gabi Costa, Juliana Sanches, Maria Carolina Dressler e Tatiana Ribeiro. Produção: Vanessa Candela. Figurinos: Juliana Sanches. Cenografia: Cristiano Panzarin. Iluminação: Daniel Gonzalez. Preparação de ator: Inês Aranha. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Fotografia e arte gráfica: Jonatas Marques. Provocador de pesquisa: Jean Tible. Palestrantes: Jean Tible e Carla Cristina GarciaCoreografia: Jhennifer Peguim. CostureiraNoemi Azevedo Costa. Contrarregragem: Luciano Morgado. Idealização: Cia La Desdeñosa.

Serviço:
NATURALEZA MUERTA – Estreia dia 8 de setembro às 20h no Armazém da Vila Maria Zélia.
Temporada: De 8 a 30 de outubro - Sábados, domingos e segundas-feiras, às 20h.
Ingressos: Grátis. (Necessário retirar os ingressos com 1 hora de antecedência).
Duração: 60 minutos. Classificação etária: 16 anos. Capacidade: 50 lugares.
Dia 12 de outubro, às 19h seguido do debate Ser Latino-americano com o sociólogo e professor Jean Tible e a socióloga Carla Cristina Garcia.

Vila Maria Zélia - Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone: (11) 2081-4647. Acesso para deficientes físicos. Informações e reservas, de terça a sexta-feira das 14 às 17hEstacionamento: gratuito.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Espetáculo A Reunificação das Duas Coreias é composto por 18 cenas independentes que abordam o amor sob diversos pontos de vista. Inédita em São Paulo, a peça escrita pelo francês Joël Pommerat foi sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, cumprindo agora temporada paulistana no Teatro MorumbiShopping




A Reunificação das Duas Coreias, de Joël Pommerat (autor homenageado na Mostra Internacional de Teatro de SP – 2016, e que abriu o evento com a peçaCinderela), tem direção de João Fonseca e produção de Maria Siman, da Primeira Página Produções. O texto mergulha no mundo onírico e controverso das relações amorosas. Os atores Leticia IsnardBianca ByingtonSolange Badim, Marcelo ValleGustavo MachadoVerônica Debom Reiner Tenente se revezam em 47 diferentes personagens protagonizando as 18 histórias que mostram o que há de mais cômico, trágico e dramático nas relações afetivas. A estreia paulistana acontece dia 16 de setembro, sexta-feira, às 21h, no Teatro MorumbiShopping.


Apesar de o título remeter a questões políticas, A Reunificação das Duas Coreias aborda a temática do amor em suas diversas formas e manifestações. O título é uma licença poética extraída da fala de uma das personagens que explica à mulher sem memória como os dois se amavam quando se conheceram: “Foi como se a Coreia do Sul e a Coreia do Norte abrissem suas fronteiras e se reunificassem e que as pessoas que tinham sido impedidas de se ver durante anos se reencontrassem”.

A Reunificação das Duas Coreias foi apresentada à produtora Maria Siman (Primeira Página Produções), em 2014, por uma amiga francesa que enviou o texto com um bilhete que dizia “você vai amar esta peça”. Como previsto, Maria se encantou e iniciou as negociações para a compra dos direitos.

Em fevereiro de 2015 o espetáculo voltou aos palcos de Paris e ela teve a oportunidade de assistir à montagem original, dirigida por Pommerat e encenada por sua companhia, Louis Brouillard. Foi quando finalizou as negociações e assumiu a produção, convidando o diretor João Fonseca, com quem já trabalhara em outros espetáculos (entre os quais O Grande Circo Místico e Maria do Caritó), para liderar a equipe: “Maria me chamou e eu adorei a peça, achei que era tudo que eu queria fazer nesse momento, essa coisa do amor e desamor. Me encantou a possibilidade de fazer pela primeira vez um trabalho com cenas fragmentadas. Foi um presente”, declara o diretor.

“Falar de amor em suas diversas possibilidades é urgente e necessário. Através da brilhante dramaturgia de Pommerat fazemos um passeio pelas diversas formas em que o amor, o afeto e a falta deles se manifestam”, declara a produtora Maria Siman.

A Reunificação das Duas Coreias é um marco na carreira do autor. Acostumado a escrever espetáculos mais focados em questões socioeconômicas e menos sentimentais, Pommerat se rende aos relacionamentos humanos. Como o autor de teatro diz em Galea e Pommerat, “Só temos tempo de captar um pouco do real quando o fabricamos poeticamente” (2005, p. 59).

Joël Pommerat escapa de todas as armadilhas e brinca com as convenções para impor um universo singular, entre naturalismo e onirismo, para falar sobre o amor.  “O espetáculo encanta, emociona e surpreende o público”, diz Maria Siman. As 18 cenas curtas que compõem o texto não estão ligadas entre si, a não ser pelo tema Amor.

A peça é fragmentada, com cenas que necessariamente não se fecham, não são continuações, mas se completam. Fala de amor falando do desamor, sempre de maneira inusitada e surpreendente. Como define João Fonseca, “todas as cenas têm nomes emblemáticos – Divórcio, Separação, Casamento. Bom frisar que o diretor evita o lugar comum, o clichê. A forma como aparecem as discussões e a questão do amor é sempre inusitada. Não é porque está na moda, mas eu acho tão necessário e tão bacana falar desse encontro e reencontro”, diz João.

Para o elenco, Maria Siman e João Fonseca optaram por atores mais maduros, que já tivessem trabalhado com o diretor: “Quando entrei no projeto, já havia a Bianca, com quem eu nunca tinha trabalhado e de quem sempre fui fã! Já tinha dirigido a Solange, o Marcelo, Gustavo, Reiner (que também assina a assistência de direção) e, olhando o texto, achei que era a cara de cada um deles. É uma peça que precisa de excelentes intérpretes e temos sete maravilhosos atores”.

Segundo João, o critério de seleção de elenco priorizou profissionais mais maduros, com exceção da talentosa caçula Veronica Debom, e com espírito de companhia. “Porque a peça foi escrita para e em conjunto com a companhia de teatro de Pommerat. E esses atores com um longo histórico de teatro são fundamentais. Na temporada de São Paulo ganhamos a maravilhosa Leticia Isnard", conta o diretor.

A versatilidade também faz parte das escolhas de João, que costuma dirigir obras muito diferentes entre si, desde comédias e musicais até clássicos e tragédias. “Procuro sempre por obras inéditas e especialmente brasileiras. Pomerrat traz ineditismo e o fato de misturar vários gêneros teatrais”, complementa.

Luz e figurino

Tentando não descaracterizar uma das marcas de Pommerat, que é a iluminação aureolada, João Fonseca, ao lado do designer de luz Renato Machado, trabalha com um clima cinematográfico, mágico, porém possibilitando a visibilidade das feições do elenco. "Procurei um aspecto cinematográfico, mágico, que acho que os espetáculos do Pommerat possuem. Para atingir os climas surreais propostos pelo autor optei por usar um desenho de luz menos sombreado e mais solar".

O iluminador Renato Machado complementa: “Trabalhei a luz com uma base que se mantém por baixo dos recortes, permitindo uma visibilidade maior da cena que somente silhuetas. Nessa base talvez faça uso de laterais forçadas para manter uma luz contrastada e não chapada, dando nuance à cena, mesmo quando não houver os recortes”.

O figurino composto por Antônio Guedes segue a linha minimalista: “Não costumo ser minimalista nas minhas criações, o que me animou por ser um desafio. São 47 personagens, divididos entre sete atores e as trocas são rápidas. Então criei um sistema de roupas base minimalistas, neutras, mas também elegantes, que recebem as peças de figurino que pertencem aos personagens”.

A Reunificação das Duas Coreias é o segundo espetáculo do autor montado por brasileiros.  A primeira companhia a montar uma obra de Joël foi A Cia Brasileira de Teatro, em 2012, com Esta Criança, que teve participação de Renata Sorrah e direção de Márcio Abreu. João assistiu a montagem e conta que se sentiu muito tocado pela dramaturgia original e inteligente do autor.

Nos dias de hoje, Joël Pommerat continua sua exigente busca artística sobre as relações humanas, sobre o existencial, reinventando sem cessar. Isto proporciona uma escrita sensível, uma arte da percepção que revela a intensidade do comum. O teatro de Joël tem um grande teatro que clareia sobre a dificuldade de amar e prova, mais uma vez, o talento inegável de um dos maiores autores e diretores atuais.  

O diretor João Fonseca se prepara atualmente para dirigir o espetáculo Pressa, de Otávio Martins, com a companhia Os Fodidos Privilegiados e a quarta temporada do programa Vai que Cola, do canal Multishow.

A Reunificação das Duas Coreias segundo o elenco

Bianca Byington

Bianca considera Pomerrat um dos autores mais expressivos do teatro contemporâneo. Para ela, o desafio que ele impõe é o da atuação na fronteira entre o dramático e o cômico. “Para os atores é um tom bastante difícil de alcançar porque possui um falso coloquialismo, ficando numa zona de permanente ambiguidade”, diz.

Após assistir os dois espetáculos apresentados por Pomerrat e a compagnie Louis Brouillard na Mostra Internacional de Teatro (MIT) deste ano, Cendrillon Ça Ira, Bianca destacou o trabalho sutil nas lacunas da incompreensão, que criam uma atmosfera instigante e misteriosa.

Atualmente a atriz se dedica a Casa Quintal, um novo centro cultural na Lapa que está sendo criado por ela com inauguração prevista pra outubro. Em teatro, Bianca se prepara para dirigir duas peças no ano que vem: um texto da francesa Léonore Confino para dois atores, em que ela também atua, e uma livre adaptação do livroSete Anos Bons, do israelita Etgar Keret, considerado pela crítica literária como “o Amos Óz de sua geração”.

Sobre algumas de suas cenas preferidas, Bianca destaca a seguinte: “Gosto muito de fazer a médica que desaconselha veementemente o amor a uma jovem grávida, papel que originalmente era para ser feito por um homem. Sendo uma mulher, acho que a cena ficou mais interessante”.

Gustavo Machado

Após rodar o Brasil ao lado de Ingrid Guimarães, Marcelo Faria e Aline Fanju com a peça Razões Para Ser Bonita, também dirigida por João Fonseca, o ator Gustavo Machado se desafia a encarar os vários personagens de A Reunificação das Duas Coreias. Na sua concepção, esses personagens simbolizam muito do inconsciente humano. “Eles são concretos, mas abstratos na forma. Há mistério, elementos do absurdo, mas que mesmo assim não saem da seara do realismo”, opina.

Gustavo também destaca o fato da peça não permitir acúmulos: “Nos espetáculo tradicionais interpretamos um só personagem, então podemos nos ‘acumular’ dele durante o espetáculo. Nessa, não há essa possibilidade. Precisamos desligar de um para entrar em outro completamente diferente com rapidez”, destaca, ressaltando a carga dramática de uma de suas cenas, chamada Amizade, em que  dois amigos começam uma discussão perturbadora e insólita sem motivo aparente.

Com estreia prevista para novembro deste ano, o filme Elis (direção de Hugo Prata) tem Gustavo Machado no elenco como Ronaldo Bôscoli (1928 – 1994), compositor e produtor que foi casado com Elis Regina (interpretada por Andréia Horta) durante cinco anos. O filme tem ainda participação de Caco Ciocler, Lúcio Mauro Filho, Rodrigo Pandolfo e grande elenco. Ainda para o cinema, Gustavo se prepara para o lançamento de O Banquete, com direção de Daniela Thomas, que deve estrear em 2017 e tem participação de Drica Moraes, Bruna Linzmeyer, Chay Suede e Mariana Lima, entre outros.

Letícia Isnard

Depois de interpretar Simoa, dona de uma taberna na novela Liberdade, Liberdade, Letícia Isnard recebeu o convite da produtora Maria Siman para ingressar na temporada paulistana em substituição à Louise Cardoso. “Sou superfã da Louise, cresci vendo TV Pirata e é uma honra imensa assumir seu lugar”, diz. A atriz considera o elenco e o diretor um dream team. Letícia conta já ter trabalhado com João por um ano pela companhia Os Fodidos Privilegiados e com Marcelo Valle na peça Como é Cruel Viver Assim.

Segundo ela, as maiores dificuldades do texto estão nos seus tons, pois se tratam de situações limites, tragédias de vidas cotidianas. “É um texto complexo, violento e ao mesmo tempo sutil. As cenas não são óbvias, aliás são surpreendentes e muitas vezes misteriosas”, diz Letícia.

Afirmando que é um luxo dizer as palavras de Pomerrat, que já entrou para o “hall dos clássicos”, Letícia destaca algumas cenas em que participa: Divórcio, uma homenagem a um trecho de Cenas de um Casamento, do cineasta sueco Ingmar Bergman, Memória, em que um casal sofre pelo agressivo processo de perda de memória de uma mulher, e Valor, que recorta de forma original as disputas de valores e poder entre os sexos.

Atualmente a atriz está gravando o filme Tio Imperfeito, de Pedro Antonio, ao lado de Marcus Magella (Porta dos Fundos) e a série policial adaptada do livro de contos de Rubem Fonseca Lucia McCartney, com direção de José Henrique Fonseca, no GNT.

Marcelo Valle

Preparando-se para viver o primeiro protagonista no cinema no filme Como é Cruel Viver Assim, de Fernando Ceylão, com direção de Júlia Rezende, e compondo o elenco da série sobre a ex-prostituta Bruna Surfistinha que estreará em outubro na Fox, Marcelo se divide em oito personagens no espetáculo de Pomerrat. O ator destaca que a peça não tenta dar conta de trajetórias e que seus 18 quadros violentos trabalham pungências e entrelinhas, destacando muito no que não está em cena.

Após turnê em 2008 com a peça Um Certo Van Gogh (2008) ao lado dos atores Bruno Gagliasso, Pedro Garcia Netto e Larissa Bracher, Marcelo repete a parceria com João Fonseca, que também o dirigiu nesta ocasião. “João é um diretor generoso. Cria a peça e os personagens em conjunto com o ator”, destaca.

Sem descanso para o teatro, Marcelo já está envolvido na direção do espetáculo A Invenção do Amor (roteiro de Teresa Falcão), que terá Guilherme Piva e Maria Clara Gueiros no elenco. A peça é uma comédia sobre um casal pré-histórico e suas diversas invenções neste período.

Reiner Tenente

Fundador do Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical (CEFTEM), no Rio de Janeiro, um dos atores mais jovens do elenco teve de adaptar o seu corpo para sair da lógica expansiva dos musicais e entrar na graça sutil, e às vezes dramática, do texto de Pomerrat. “O humor é uma evidência clara no meu trabalho e, nesta peça, mesmo que haja cenas bem humoradas, tudo é muito ponderado”, explica.

O ator ressalta que tem sido muito especial encarar diversos papeis tão diferentes num só espetáculo, pontuando relações muito profundas com pouco tempo para estabelecê-las. Reiner se diz especialmente impactado pela cena Valor, em que uma prostituta interpretada por Letícia Isnard começa a pechinchar serviços com o seu personagem.

A parceria de Reiner com o diretor João Fonseca existe há cerca de cinco anos. As principais produções em que trabalharam juntos foram Tim Maia, Vale Tudo – O Musical(Reiner interpretou Roberto Carlos e Nelson Motta), O Grande Circo Místico e Bilac Vê Estrelas.

Solange Badim

A relação de Solange Badim com o diretor João Fonseca começou em 2009 com a peça musical Oui Oui...A França é Aqui! (Gustavo Gasparini), que rendeu neste ano indicação de Melhor Atriz à Solange. Em A Reunificação das Duas Coreias, que define como um texto sem “nenhuma facilidade”, a atriz ressalta a contenção no modo de atuar para que as cenas inusitadas não se transformem numa comédia pastelão e também do cuidado para que não se revele as estranhezas antes do final das histórias.
O que mais fascina Solange no processo de criação de Pomerrat é que ele escreve a partir dos ensaios com a companhia. “O texto vem de uma experimentação, dialoga com o ator”, explica. Nesta peça, Solange encara o texto como uma folha em branco, algo que não dá ideia de onde pode levar. “Não há nenhuma pista”, enfatiza.
Atualmente Solange está planejando a montagem de um texto para dois atores do inglês Simon Stephens para o segundo semestre de 2017. A temática é a arte dos encontros possíveis. A atriz está em conversações com Francisco Cuoco.
Verônica Debom
Integrante do Tá no Ar – A TV na TV (direção geral de Maurício Farias e redação final de Marcius Melhem e Marcelo Adnet), da Rede Globo, desde 2014, Verônica Debom é a integrante mais nova do elenco de A Reunificação das Duas Coreias.
A atriz diz que mesmo apresentando temas universais, como desencontros amorosos, confusões sentimentais, desvalorizações e frustrações, a peça é inteiramente atravessada por ambiguidades. “Justificativas psicológicas não permeiam as ações e as falas dos personagens, e isso certamente é um desafio. Me sinto numa corda bamba entre o psicologismo e o esvaziamento”, diz.
Contracenando com Bianca Byington em uma história intitulada Grávida, Verônica ressalta o grande prazer trabalhar com a atriz, um ídolo para ela. Na cena, Verônica interpreta Aninha, uma personagem jovem que traz à tona o embate do coração X razão.
Sob direção de Felipe Joffily, Verônica está no elenco de Minha Família, longa-metragem que deve estrear nos próximos meses. O filme conta ainda com a participação de Isabelle Drummond, Rafael Infante e Victor Lamoglia, entre outros.

Ficha Técnica
Texto: Joël Pommerat. Tradução: Beatriz Ittah. Direção: João Fonseca. Direção de produção: Maria Siman e Ana Lelis. Elenco: Leticia Isnard, Bianca Byington, Solange Badim, Marcelo Valle, Gustavo Machado, Veronica Debom e Reiner Tenente. Luz: Renato Machado. Figurinos: Antonio Guedes.Cenários: Nello Marrese. Direção Musical: Leandro Castilho. Direção de movimento: Alex Neoral.Assistente de Direção: Reiner Tenente e Pedro Pedruzzi. Produção executiva e administração: Ana Lelis. Assessoria de imprensa: Arteplural. Designer gráfico e fotos: Victor Hugo Cecatto. Realização: Primeira Página Produções. Gênero: Comédia Dramática. Facebook: A reunificação das duas Coreias.

O projeto A Reunificação das duas Coreias é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura e conta com o Patrocinio Porto Seguro.

Serviço
A Reunificação das Duas Coreias. Estreia dia 16 de setembro, sexta-feira, às 21h, no Teatro MorumbiShoppingTemporada: Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h. Até 23 de outubro.Ingressos: Sextas e domingos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25 (meia). Sábados: R$70 (inteira) e R$35 (meia). Classificação: 12 anos. Duração: 105 minutos. Capacidade: 250 lugares.

Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a quinta, das 13h às 20h. Sexta e sábado, das 13h às 21h e domingo, das 13h às 19h. Telefone: 5183-2800. Estacionamento Comum: até 2 horas – R$ 15,00. Demais horas: R$ 3,00. Estacionamento Valet: até 1 hora – R$ 18,00. Demais horas ou fração adicional – R$ 8. Estacionamento Motos: a cada 4 horas – R$ 10. Teatro MorumbiShoppingEndereço: Av. Roque Petroni Junior, 1089, Estacionamento do Piso G1, Jardim das Acácias, São Paulo.

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  • Presidente FEBRACOS- Federação dos Colunistas Sociais do Brasil
  • Presidente APACOS- Associação dos Colunistas Sociais do Estado de São Paulo

O Núcleo OMSTRAB de dança está comemorando 20 anos de carreira com várias atividades no Centro Cultural São Paulo, de 14 a 18 de setembro. Tem show com as músicas que foram trilhas dos espetáculo, exposição de figurinos e fotos, exibição de documentário e estreia do espetáculo novo Fluxo Invisível. Uma das inspirações para a criação do novo trabalho foi a recente crise hídrica que acontece na cidade de São Paulo.



Núcleo OMSTRAB comemora 20 anos com estreia


do espetáculo Fluxo Invisível e programação especial no CCSP





Além de espetáculo novo, haverá lançamento de livro e vídeo com registro da trajetória, apresentação de show com lançamento de CD e exposição. Todas as atrações são gratuitas.







Link para fotos - http://migre.me/uK4vT





Com duas décadas de trabalho na dança, o Núcleo OMSTRAB comemora sua trajetória com uma série de atividades no Centro Cultural São Paulode 14 a 18 de setembro, dentro do projeto Semanas de Dança 2016.





Dia 14 de setembro, quarta-feira, às 19h, acontece o show de lançamento do CD OMSTRAB, formado por canções autorais que fizeram parte da trilha sonora dos espetáculos do grupo; abertura de exposição de fotos, figurinos, vídeos e a exibição do documentário OMSTRAB 20 ANOS, além do lançamento do livro com depoimentos, fotos, registros dos espetáculos e entrevistas. Dia 15 de setembro, quinta-feira, às 19h, estreia o espetáculo Fluxo Invisível, com direção de Fernando Lee. Uma das inspirações para a criação do novo trabalho foi  a recente crise hídrica que acontece na cidade de São Paulo. Toda a programação é gratuita.





Fluxo Invisível mescla música e dança contemporânea, tendo como fonte de inspiração a relação do homem com a água. A partir de uma pesquisa sobre os rios ocultos de São Paulo e toda a problemática hídrica, criou-se uma dinâmica onde os fluxos sonoros e de movimento trazem à tona, de forma poética, uma das questões mais urgentes do mundo contemporâneo. A montagem tem sessões de quinta a sábado às 20h e domingo às 19h até 18 de setembro.






Para a criação do espetáculo, o grupo se inspirou na recente crise de falta de água enfrentada em São Paulo e no próprio corpo humano. “A pesquisa faz uma reflexão de como essa situação nos afeta já que somos um país tropical e estamos em uma cidade cheia de rios, riachos e nascentes que foram concretados na construção de vias como no Anhangabaú, Sumaré, 9 de Julho, entre outros lugares. Também existe a questão da água que predomina na formação do próprio corpo e está presente no sangue, lágrima, leite materno, em todo o lugar. Um mapa de fisiologia humana está muito mais próximo de um mapa hidrográfico do que pensamos”, conta o diretor.





A ambientação cenográfica e o figurino procuram absorver toda a atmosfera relacionada a esse universo. Em cena, a música ao vivo é criada por uma percussão experimental por meio de garrafas pet, tubos de pvc, instrumentos como flauta, violão, saxofone, kalimba. A coreografia se revela um jogo corporal com os caminhos que envolvem a água e entra em simbiose com texto e música. O resultado é um espetáculo múltiplo com a integração de linguagens.





Para Fernando Lee, a reunião de várias atividades no CCSP é uma retrospectiva dos pilares do trabalho realizado pelo OMSTRAB nos 20 anos de carreira. “Funciona como uma coletânea com o lançamento do CD autoral com músicas dos espetáculos, do livro com depoimentos, fotos, registros, além da abertura deexposição e da exibição do documentário. Desde o início procuramos mesclar o rural e o urbano, a raiz brasileira e o contemporâneo, as comunidades de cultura popular. Cada trabalho tem uma inspiração diferente, pode vir de um tema, música ou um texto. Sempre existe um novo desafio de inventar e desenvolver métodos de criação e de inter-relação com todos os elementos em cena”.



programação de 20 anos do OMSTRAB tem o apoio do Programa Municipal de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo.














Sobre o grupo


O Núcleo OMSTRAB, sediado na cidade de São Paulo, realizou onze produções em 20 anos de atividade. Durante este período, sempre desenvolveu trabalho de pesquisa seguindo um conceito de integração de linguagens – dança contemporânea, música ao vivo e teatro, dedicando-se à criação de um “Musical Brasileiro Contemporâneo”.





Ao longo de sua trajetória, o núcleo recebeu importantes prêmios como e se apresentou no exterior. Vem se apresentando regularmente em diversos teatros do país e participou dos mais significativos eventos culturais, como o Panorama RioArte, Mostra Internacional de Dança do Sesc SP, Festival Internacional de Londrina, Virada Cultural de São Paulo, Virada Cultural Paulista e Circuito Cultural Paulista, ambos da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.





Paralelamente ao trabalho de criação artística, realiza, regularmente, um trabalho didático e de formação de público por meio de oficinas, aulas-espetáculos, debates e performances em espaços públicos, teatros de bairro, CEUs, Casas de Cultura e Universidades.





FICHA TÉCNICA


Artistas: Alex MartinsFernando LeePedro PeuRossana BocciaThais DinizThiago Duar e Vagner Cruz.Direção geral: Fernando Lee. Vídeo: Daniel Lins. Direção de arte: Rodrigo Araújo. Pesquisa de Figurinos:Adriana Vaz Ramos. Iluminação: Marisa Bentivegna. Assistentes de produção: Bianca MunizEmilene Gutierrez e Nancy Silva. Produção executiva: Andrea Pedro. Realização: Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura.





Serviço:


Show lançamento CD + Exposição + lançamento livro-DVD OMSTRAB 20 ANOS.


Dia 14 de setembro, quarta-feira, às 19h.


Duração do show: 60 minutos.


Classificação etária: Livre.


Ingressos: Grátis.





Espetáculo FLUXO INVISÍVEL


Temporada: De 15 a 18 de setembro - Quinta a sábado às 20h e domingo às 19h.


Duração: 60 minutos.


Classificação estaria: 16 anos.


Ingressos: Grátis.



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