quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SUPERPRODUÇÃO BRASILEIRA DE ‘O MÁGICO DE OZ’ CHEGA A SÃO PAULO

Charles Möeller e Claudio Botelho dirigem elenco de 35 atores e 16 músicos, incluindoHeloisa Perissé, Lucio Mauro Filho, André Torquato, Nicola Lama, Luiz Carlos Miéle e Malu Rodrigues como Dorothy


Depois de encenar ícones como ‘Hair’, ‘A Noviça Rebelde’, ‘Gypsy’ e ‘Um Violinista no Telhado’, Charles Möeller e Claudio Botelho tiveram o desafio de encarar aquele que talvez seja o mais celebrado musical de todos os tempos em seu 31º espetáculo. Escrito há mais de um século por L. Frank Baum, ‘O Mágico de Oz’ ganhou fama com o célebre longa-metragem estrelado por Judy Garland em 1939 e, de lá para cá, nunca esteve fora do centro da indústria mundial de entretenimento, em uma série de adaptações e também como referência para os mais variados criadores. A partir de 22 de fevereiro, o palco do Teatro Alfa receberá a versão autoral de Möeller & Botelho para o clássico, vista por mais de 80 mil espectadores na temporada carioca. Com apresentação do Bradesco, patrocínio da GMAC e RedeDor, Apoio Cultural Apsen, e tendo a CVC como Operadora Oficial e Gloob como Canal Oficial, a empreitada é considerada a produção mais grandiosa da Aventura Entretenimento.

A montagem é baseada na única adaptação autorizada para o teatro, feita pela Royal Shakespeare Company, seguindo praticamente todo o roteiro do filme, vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora e Canção Original (‘Over the Rainbow’).

Como é de praxe, a dupla Möeller & Botelho teve total liberdade para adaptação da obra. Além de pensar em uma concepção mais adulta para o espetáculo, eles incluíram um número (‘Jitterbug’) cortado do longa, o Mágico (vivido por Miéle) ganhou uma canção inédita, com letra de Botelho sobre música de Harold Arlen, e toda a concepção visual e coreográfica é nova, fruto do trabalho em conjunto da direção com Rogério Falcão (cenários), Fause Haten (figurinos), Paulo Cesar Medeiros (iluminação) e Alonso Barros (coreografia).

A equipe artística – que tem a coordenação de Tina Salles – enfrentou o desafio de reler cenas que se tornaram lendárias no cinema, como o furacão que leva Dorothy a Oz, a aparição das Bruxas e o famoso vôo de balão com o personagem-título. ‘Esta é, sem dúvida, a nossa maior produção. O resultado desta montagem atesta a maioridade e a independência das produções nacionais no universo do teatro musical’, afirma Aniela Jordan, diretora da Aventura Entretenimento.

Para dar vida a figuras míticas – como o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde – e uma história recheada de forte carga imagética, mais de 150 profissionais trabalharam na produção de 14 cenários diferentes, nas mais de 300 peças que compõem o figurino e na preparação de efeitos cênicos.

‘O Mágico de Oz’ faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições, etc. ‘Aplicar no segmento cultural conceitos de ativação de marcas, produtos e serviços tem sido gratificante. Nestes quase quatro anos construímos diversos ‘cases’ em conjunto com os nossos patrocinadores que confirmam a vocação do teatro como evento e ferramenta de marketing, não só para aproveitamento institucional como para venda de produtos e serviços’, afirma o empresário de mídia e entretenimento Luiz Calainho.
Um elenco sob medida

A curiosidade em torno das aventuras da menina Dorothy Gale já foi detectada com o anúncio das audições para o musical. A quantidade de inscritos ultrapassou os três mil e causou, em um único dia, a queda do site do projeto pelo volume de acessos.

Malu Rodrigues (Dorothy) foi escolhida para liderar um elenco de 35 atores e 16 músicos. Aos 18 anos, a atriz já pode ser considerada veterana em musicais e tem no currículo participações em ‘A Noviça Rebelde’, ‘7 – O Musical’, ‘O Despertar da Primavera’, ‘Beatles num Céu de Diamantes’ e ‘Um Violinista no Telhado’, todos com direção de Möeller & Botelho.

Ela dividirá o tablado com Lucio Mauro Filho, que faz sua estreia no gênero, André Torquato – revelado em ‘Gypsy’ (2010) e estrela de ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’ (2012) – e Nicola Lama, elogiado pelo desempenho em ‘Um Violinista no Telhado’. Os três vão encarnar, respectivamente, o Leão Covarde, o Espantalho e o Homem de Lata, o trio de amigos que ajuda Dorothy a seguir pela estrada mais conhecida da história do cinema: a Estrada dos Tijolos Amarelos.

Heloisa Perissé faz sua estreia no teatro musical como a atrapalhada Bruxa Má do Oeste, enquanto Bruna Guerin – revelação em Hair como a mãe do protagonista Claude – será Glinda, a Bruxa Boa. Fernando Vieira dá vida ao Tio Henry e o múltiplo Luiz Carlos Miéle é o Mágico, personagem que comanda indiretamente toda a saga de Dorothy. Pela primeira vez, Möeller & Botelho terão um animal em cena. Quatro cães vão se alternar no ‘papel’ de Totó, o cachorro que, de tão famoso, originou o apelido para cachorros de todo o mundo.

Fantasia, aventura e efeitos

A aventura fantástica dá o tom de toda a encenação, dirigida por Möeller, que, entre outras referências, pinçou elementos do cinema de Tim Burton e Fritz Lang (1890 – 1976). Assim como no filme original, a montagem terá uma clara diferença visual entre a primeira e a segunda parte, ou seja, entre a pacata vida de Dorothy no Kansas e sua intensa aventura por Oz. Se na primeira etapa tudo vai parecer com menos cor (o filme era em sépia), a segunda representa uma virada estética, que poderá ser vista nos cenários de Rogério Falcão e nos figurinos, a cargo de Fause Haten.

Acostumado a criar grandiosas cenografias (‘Um Violinista no Telhado’, ‘Gypsy’, ‘7 – O Musical’), Falcão projetou 14 cenários que servirão de palco também para um desfile de efeitos especiais, como explosões, projeções, voos, fogos e fumaça, usados especialmente na cena do tornado. O iluminador Paulo Cesar Medeiros e o engenheiro de som Marcelo Claret também trabalharam em conjunto para que os efeitos se integrassem à cena.

Com larga experiência no mundo da moda e apaixonado por teatro musical, o estilista Fause Haten aceitou na hora o convite da dupla para desenhar os figurinos. Entre seus desafios, esteve a recriação dos conhecidíssimos sapatos vermelhos de Dorothy, objeto de desejo da Bruxa Má. Ele e equipe colaram manualmente centenas de cristais svarovski sobre a peça. A armadura do Homem de Lata e a roupa da Bruxa – desta vez, toda feita de ataduras pretas – são outros pontos altos do trabalho. Junto com Fause, o visagista Beto Carramanhos (‘7 – O Musical’, ‘Judy Garland – O Fim do Arco-Íris’, ‘Gyspsy’, entre muitos outros) deu o toque final nas composições.

Uma história sem fim

Ao lançar ‘O Maravilhoso Mágico de Oz’ em 1900, L. Frank Baum (1856-1919) costumava citar suas principais referências literárias: os Irmãos Grimm, Hans Christian Andersen e Lewis Caroll. Na época, sua ideia era ‘atualizar’ os contos de fada e contar histórias mais dinâmicas e modernas, que pudessem interessar crianças e jovens da época.

‘Chegou a hora de novos ‘contos maravilhosos’, nos quais os personagens do gênio, fada e do anão estereotipado sejam eliminados, junto com todo aquele derramamento de sangue criado por seus autores para demonstrar uma terrível moral em cada história (...) A história de O Mágico de Oz foi escrita puramente para agradar as crianças de hoje. Essa história aspira ser um conto de fadas moderno, no qual o deslumbramento e a alegria são assegurados, e o sofrimento e os pesadelos são deixados de fora’, escreveu na época.

Ele escreveu outros quatorze livros sobre Oz e seus personagens e viu suas histórias renderem uma série de derivações. Antes mesmo do célebre longa da MGM, outras oito versões foram filmadas. Não demorou para que surgissem teorias e estudos sobre os significados ocultos da saga de Dorothy, algumas sublinhando o aspecto teosófico da obra – religião na qual Baum era iniciado – ou mesmo detectando críticas políticas e sociais no enredo.

No último século, cineastas, músicos, diretores e estudiosos continuaram se debruçando sobre ‘O Mágico de Oz’. Referências estiveram presentes no trabalho de artistas tão diferentes como Elton John, David Lynch, Pink Floyd (o álbum ‘The Dark Side of the Moon’ pode ser tocado em sincronia com o filme) e o seriado ‘Os Simpsons’. Em março de 2013, chega aos cinemas ‘Oz: The Great and Powerful’, que contará a história da chegada do Mágico a Oz. Dirigido por Sam Raimi, o longa terá James Franco, Michelle Williams, Rachel Weisz e Mila Kunis no elenco.

Sinopse resumida: Dorothy Gale (Malu Rodrigues) tem uma vida pacata com seus tios Henry (Fernando Vieira) e Em (Bruna Guerin) em uma fazenda no Kansas. Após um tornado, ela – acompanhada de seu cachorro Totó – vai parar em Oz, onde conhece o Espantalho (André Torquato), o Homem de Lata (Nicola Lama) e o Leão Covarde (Lucio Mauro Filho). Juntos, os três seguem a Estrada de Tijolos Amarelos em busca do Mágico de Oz (Luiz Carlos Miéle) e enfrentam as vilanias da Bruxa Má (Heloisa Perissé).



O MÁGICO DE OZ

Um espetáculo de CHARLES MÖELLER & CLAUDIO BOTELHO

Elenco:

HELOISA PERISSÉ – BRUXA MÁ DO OESTE

LUCIO MAURO FILHO – LEÃO COVARDE

MALU RODRIGUES como DOROTHY

ANDRÉ TORQUATO – ESPANTALHO

NICOLA LAMA – HOMEM DE LATA

BRUNA GUERIN – GLINDA / TIA EM

FERNANDO VIEIRA – TIO HENRY

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

LUIZ CARLOS MIELE – MÁGICO

COM:

ANELITA GALO

ARTHUR ROZAS

AUGUSTO ARCANJO

BETO VANDESTEEN

BIANCA ANDREOLLI

CARLOS MARTIN

DANIEL NUNES

DANILO GAMBINI

DIEGO BIAGINNI

DIEGO MEJÍA

DITTO LEITE

ESTELA RIBEIRO

FLAVIO ARCO-VERDE

GIOVANNA MOREIRA

JANA AMORIM

JHEAN ALEX

JULIA DUARTE

JULIANA ROMANO

JUNIOR ZAGOTTO

KARINA MATHIAS

KOSTYANTYN BIRIUK

MARIA NETTO

MARIANA BARROS

NATACHA TRAVASSOS

OTAVIO ZOBARAN

PEDRO ARRAIS

VANESSA COSTA

e SAGE como TOTÓ

Direção Musical e Regência: MARCELO CASTRO

Supervisão Musical: CLAUDIO BOTELHO

Coreografia: ALONSO BARROS

Cenografia: ROGÉRIO FALCÃO

Figurinos: FAUSE HATEN

Iluminação: PAULO CESAR MEDEIROS

Design de Som: MARCELO CLARET

Visagismo: BETO CARRAMANHOS

Realização: AVENTURA ENTRETENIMENTO

SERVIÇO:Estreia dia 22 de fevereiro
Temporada de 22 de fevereiro a 26 de maio
Sextas, às 21h30. Sábados, às 16h e 20h. Domingos, às 15h e 19h.
Classificação: Livre
Duração: 150 minutos (intervalo de 15 minutos)

Ingressos:

Sextas:
R$ 40 (Balcão 2), R$ 70 (Balcão 1), R$ 120 (Plateia) e R$ 140 (Vip).
Sábados e Domingos:
R$ 60 (Balcão 2), R$ 110 (Balcão 1), R$ 160 (Plateia) e R$ 180 (Vip).
Teatro AlfaR. Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro
Telefones: 11 5693.4000 e 0300 789 3377

Sobre o Teatro Alfa:

O Teatro Alfa destaca-se no circuito cultural de São Paulo por sua excelente infraestrutura, que respeita os mais rigorosos padrões técnicos internacionais. Inaugurado em abril de 1998, o espaço acolhe espetáculos de dança, óperas, orquestras, música popular, teatro, musicais, além de eventos corporativos, como congressos e seminários. Projetado e construído para uso diversificado, o Teatro Alfa é conduzido por uma equipe experiente e extremamente profissional que conquistou a admiração de artistas, produtores, companhias e também do público. O Teatro Alfa dispõe também de um Centro de Documentação e Memória (CDM), um espaço dinâmico de estudos, pesquisas, preservação e difusão da informação sobre os espetáculos apresentados no Teatro Alfa desde sua criação e sobre a história do próprio teatro, particularmente de seus projetos e ações culturais e educativas. A agenda do Teatro Alfa conta ainda com ações pedagógicas em que são desenvolvidos programas e atividades específicas de preparação do público infantil e de educadores.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Comédia CRÂNIO estreiou dia 18 de janeiro no Teatro Cleyde Yáconis

Com direção de Noemi Marinho, peça reúne os atores Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli no elenco. Na ficha técnica estão, ainda, Daniel Maia (trilha sonora), Wagner Freire (iluminação) e Theodoro Cochrane (cenário e figurino). Texto de Lúcia Carvalho

 

Uma funcionária distraída está em apuros depois de trocar o valor de um contrato milionário. Este é o mote da comédia Crânio, direção de Noemi Marino para texto de Lúcia Carvalho,que estreia dia 18 de janeiro, sexta-feira, às 21h30, no Teatro Cleyde Yáconis.

 

No elenco estão os atores Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli. A trilha sonora de Daniel Maia, a iluminação de Wagner Freire e os figurino e cenário de Theodoro Cochrane completam a ficha técnica. A realização é da Mesa 2 Produções, com assistência de direção de Tathiana Marinho.

 

Ana Helena (Patrícia Gasppar) e Thielli (Renato Caldas) trabalham no departamento de vendas da empresa de ar condicionado Fresh Air. Sheila (Noemi Gerbelli) é a extravagante executiva, chefe de ambos. Desatenta, Ana Helena se confunde e troca o valor do contrato a ser assinada pelo sr. Salim (Fábio Herford), o viúvo árabe, importante cliente da Fresh Air.  A situação pode causar um prejuízo de 100 mil reais à empresa.

Thielli sugere que a amiga Ana Helena conquiste Salim, fazendo com que ele assine o contrato com o valor correto. Tudo está planejado para acontecer em uma festa na casa de Sheila, em que uma relíquia usada como objeto de decoração - um crânio mexicano - chama a atenção dos convidados.   

Patrícia Gasppar, que interpreta Ana Helena na trama, conheceu o texto há três anos. “O texto de Lúcia Carvalho nos motivou. É uma comédia leve sobre assuntos do dia-a-dia comum do público”, conta ela. “Ana Helena é uma personagem romântica à moda antiga, que tem o sonho de reconstruir sua vida, como se fosse uma garota aos 15 anos de idade.”

A diretora Noemi Marinho teve o primeiro contato com o texto quando os atores a chamaram para uma leitura no MASP. “Logo depois, a Mesa 2 me convidou para dirigir a montagem”, relembra Noemi.

A montagem
O cenário de Theodoro Cochrane se divide entre o escritório da Fresh Air e a casa de Sheila. “Criei um cenário que se transforma. De um lado, todo o ambiente de um escritório com pastas, arquivos empilhados e gavetas. Do outro, a casa de Sheila, onde acontece a festa. Para dialogar com a personagem exuberante, criei uma casa com tons vermelhos bem fortes e impactantes.”
  
Para os figurinos, Theodoro se inspirou no color block (tendência de combinar cores vibrantes no mesmo look). “Estou usando combinações que causam estranhamento, mas se harmonizam em cena”, conta ele. 

Para a diretora Noemi Marinho, “o mérito do texto é o olhar apurado para os detalhes corriqueiros. A autora observa pequenas coisas, como palavras, pronúncias e gestos, e leva para a comédia. Não temos pretensão em ser didáticos ou passar  mensagens. Trata-se de uma comédia leve. Crânio é filhote do besteirol, como ficou conhecido o movimento teatral que ganhou força na década de 80, desprovido de preconceito e com uma caricatura do comportamento cotidiano”, finaliza Noemi Marinho.


Sobre Lúcia Carvalho
Nascida em São Paulo em 1962, Lúcia Carvalho é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), é também cronista, escritora e dramaturga. Uma de suas crônicas – “Mulheres, Mães e Mindinhos” – foi publicada no livro Buscando o seu Mindinho – um Almanaque Auricular, do escritor Mário Prata. Outro de seus textos – “Vinte e Um” – foi encadernado nas Satyrianas 2007, com Celso Melez e José Trassi, sob direção de Dídio Perini, e publicado no Dramamix 2007, da Coleção Primeiras Obras, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Lúcia Carvalho também participa do Livro do Diretor: Espaços e Pessoas – editado pelo Cadec em 2002, sobre espaços escolares, que foi distribuído pelo MEC para diretores de escolas públicas do país – com dez crônicas suas, cada uma delas abrindo um capítulo do livro. Tem um site de crônicas – Frankamente – e publica eventualmente como colaboradora crônicas na Folha de S. Paulo e no Moda Almanaque.

Sobre Noemi Marinho

Atriz formada pela Escola de Arte Dramática - EAD/USP, em 1977. Nos anos 80 e 90, trabalhou com os grupos Mambembe e Tapa. Começou a escrever para teatro no Seminário de Dramaturgia para Atores, ministrado por Chico de Assis. Para este Seminário, escreveu seu texto de estreia "Fulaninha e Dona Coisa", montado várias vezes com enorme sucesso. Em 1991, escreve e dirige "Almanaque Brasil". Em seguida, dirige "Corte Fatal", de Paul Portener, apresentado no Brasil e em Portugal e "Os Reis do Improviso", de Jandira Martini e Marcos Caruso. Além de dirigir peças teatrais, Noemi dirigiu também espetáculos de música popular (Edson Cordeiro, Cia. Reduzida de Variedades) e lírica (Patrícia Endo e Everton Gloeden). Para televisão, escreveu textos para programas educativos - "Revistinha", da TV Cultura -, programas de Humor - "Brava Gente", Tv Bandeirantes, "Balacobaco", TV Record e "Sai de Baixo", da TV Globo, e a telenovela "Seus Olhos", do SBT. Recebeu o Prêmio APCA 1978 (Revelação de Atriz), Prêmio Mambembe 1988 (Melhor Atriz), Prêmio Apetesp 1988 (Revelação de Autor), Prêmio Shell 1991 (Melhor Autor) e Prêmio Apetesp 1993 (Melhor Autor).


Sobre Mesa 2 Produções

Criada em 1996, a Monteiro e Sá nasceu do encontro de Roberto Monteiro e João Fernando Cardoso de Sá, que uniram sua experiência em televisão e teatro para atuar como produtores de vídeo. A partir de 2001, a Monteiro e Sá ampliou seu leque de atividades e passou também a empresariar e agenciar artistas. O tempo passou, os trabalhos se seguiram, a Monteiro e Sá transformou-se em MESA 2 e firmou-se como produtora não só de teatro, mas também na área musical. Além disso, paralelamente aos projetos que desenvolve, a MESA 2 é responsável pela administração e coordenação artística do Teatro Cleyde Yáconis, antigo Teatro Cosipa Cultura, cuja proposta é oferecer uma programação que privilegie espetáculos inéditos em São Paulo e estreias nacionais.   Hoje, no cast de atores que a MESA 2 empresaria estão nomes consagrados como Joana Fomm, Débora Falabella, Lucinha Lins e revelações como Sidney Santiago e Cynthia Falabella, entre outros. Na área musical, a empresa administra as carreiras das cantoras Virgínia Rosa (quatro CDs lançados), Lucinha Lins (CD lançado pela Biscoito Fino) e Eugenia Mello e Castro (cantora portuguesa com vinte CDs lançados no Brasil).
FICHA TÉCNICA
Texto: Lúcia Carvalho. Direção: Noemi Marinho. Assistência de direção: Tathiana Marinho. Elenco: Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli. Trilha Sonora: Daniel Maia. Ilumincação: Wagner Freire. Cenário e Figurino: Theodoro Cochrane. Fotos: João Caldas. Produtora Executiva: Silmara Deon. Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro. Realização: Mesa 2 Produções.

Crânio - estreiou dia 18 de janeiro, sexta-feira, às 21h30 no Teatro Cleyde Yáconis. Avenida do Café, 277, Jabaquara. Estacionamento Rua Guatapará, 170 (R$ 15,00). Até 17 de março.  Telefones: (11) 5070-7018 - (11) 5070-7014 - (11) 5070-7011. Temporada: sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 18h. Ingressos: R$ 30 (sexta), R$ 50 (sábado) e R$ 40 (domingo). Capacidade: 288 lugares. Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 12 anos
Foto João Caldas




"O Terraço"


O Terraço, cuja história se passa na França. A mulher, Madeleine (Vera Zimmermann) surpreende o marido Etiènne (Marco Antônio Pâmio) com a notícia da separação e avisa que o apartamento será alugado. Tendo como atrativo um ensolarado e misterioso terraço, o imóvel passa a ser visitado por possíveis locatários, intermediados por uma habilidosa corretora. Os complexos e engraçados visitantes causam empatia e divertem por suas acentuadas características. A Corretora (Ilana Kaplan) esbanja desenvoltura e muita carência. O Sr. Astruc (Marat Descartes) é o que chamamos de folgado e espaçoso, trambiqueiro em busca da sobrevivência. O marido, Etiènne deixa-se levar pelas circunstâncias com uma mistura de sarcasmo e indiferença. Maurice (Henrique Stroeter) é a passionalidade levada à quinta potência. E o casal Dalloz (Hugo Coelho e Flávia Teixeira) é formado por um General cego e por uma mulher que tenta matá-lo sem sucesso. Dois personagens caem do terraço e não sofrem absolutamente nada: o General é empurrado e, milagrosamente, sobrevive; Maurice se joga num ato de paixão, mas o sacrifício é em vão.


Espetáculo: O Terraço
Texto: Jean-Claude Carrière
Tradução: Henrique Benjamin
Direção: Alexandre Reinecke
Assistente de direção: Carol Mariottini
Elenco: Vera Zimmermann (Madeleine), Ilana Kaplan (Corretora), Marat Descartes (Sr. Astruc), Marco Antônio Pâmio (Etiènne), Henrique Stroeter (Maurice), Flávia Teixeira (Sra. Dalloz) e Hugo Coelho (Sr. Dalloz).
Cenografia: Mira Andrade
Figurino: Paula Sabbatini
Iluminação: Fran Barros
Visagismo: Paula Sabbatini e Roberta Estevão
Sonoplastia: João Maya e Henrique Benjamin
Produção executiva: Fabio Hilst
Direção de produção: Beti Antunes
Coordenação geral de projeto: Henrique Benjamin
Design gráfico e fotos: Erik Almeida
Realização, idealização e produção: HB Produções
Produtora associada: Enjoy Arts
Patrocínio: 3M do Brasil
Copatrocínio: Vedacit
Apoio: Porto Seguros
ProAC - Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo
Estréia para convidados: 14 de janeiro – segunda-feira – às 21 horas
Estréia: 18 de janeiro – sexta-feira – às 21h30
Teatro Nair Bello (Shopping Frei Caneca)
Rua Frei Caneca, 569, 3º Piso, 401A – Consolação/SP – Tel: (11) 3472-2414
Temporada: sexta (21h30), sábado (21h) e Domingo (19 horas) – Até 31/3/13
Ingressos: R$ 40,00 (sexta), R$ 60,00 (sábado) e R$ 50,00 (domingo)
Bilheteria: 3ª a 5ª = 13h30 às 19h30 / 6ª a dom. das 15h até início das sessões
Gênero: Comédia – Duração: 80 min – Capacidade: 200 lugares – Classificação: 10 anos
Ingressos antecipados: www.ingresso.com.br (4003-2330).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

18/1 ESTREIA STELLA MIRANDA E LUIZ SALEM - GOZADOS TEATRO ITÁLIA




GOZADOS

às 21h30, no Teatro Itália.

Stella Miranda e Luiz Salem são os

GOZADOS

“Tanto Stella Miranda quanto Luiz Salem são ótimos atores,

e as atuações dos dois são por isso mesmo uma espécie de momentos de lazer de seus talentos.

“Gozados” não foi concebido para almas refinadas que não aprovem

o uso de um vocabulário bem pouco rígido;

mas dentro do que se propõe, é engraçado e divertido.

Barbara Heliodora
O Globo |28.AGO.2012

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

TEATRO- ESTREIA EM SAO PAULO "GUERRA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS"

Batalha de Arroz num Ringue para Dois 
 
A comédia Batalha de Arroz num Ringue para Dois.Texto de grande sucesso, escrito por Mauro Rasi em 1984,e direção de Jacqueline Laurence estreia nos palcos paulistanos, no Teatro das Artes no Shopping Eldorado com Nívea Stelmann e Maurício Machado que vivem as alegrias e situações hilariantes das bodas de um casamento.Com participação especial em off de Miguel Falabella e Heloisa Périsse.

A comédia Batalha de Arroz num Ringue para Dois é um exemplo original de que o assunto ainda dá muito pano para manga.MauroRasi (1949 – 2003) abordou o tema despretensiosamente e fez com que seu texto, escrito em 1984, no auge da corrente denominada teatro-besteirol, se tornasse um clássico da comédia nacional e peça emblemática do gêneropelo tom de embate que o dramaturgo propõe para a vida a dois, sempre sob a ótica da comédiadeixando claras as transformações vividas por cada um e de uma forma bem-humorada das diversas fases do casamento.


BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS
Teatro das Artes (742 lugares)
Avenida Rebouças, 3970 – Shopping Eldorado, 3º piso
Bilheteria: terças e quartas das 14h às 20h; de quinta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. Aceita cartão de débito e crédito. Não aceita cheque.
Informações: (11) 3034-0075
Vendas pela internet: www.ingresso.com e por telefone: 4003-2330
Contatos para grupos: PABX - (11) 3885-5056

Sexta e Sábado às 21h30 | Domingo às 19h


Batalha de Arroz num Ringue para Dois
Capa-Comédia que estreia no Teatro das Artes no Shopping Eldorado com Nívea Stelmann e Maurício Machado e direção de Jacqueline Laurence que vivem as alegrias e situações hilariantes das bodas de um casamento.
Fotos Antonio Salani
 Presença de Maura Roth e da jornalista Deise Mireia



 Sempre presentes Rafael Cantos e Antônio Carlos Gomes da TV Altiora e Mera Teixeira e Marcelo Gadotti da TV Canal A.
 A irmã do escritor da peça Mauro Rasi a sraDineia e sua filha Gabriela Rasi 
com a diretora da peça Jacqueline Laurence.

 Sucesso os atores Nívea Stelmann e Maurício Machado 
com a atriz e produtora Lucélia Santos
 A atriz e produtora Tuna Duek foi conferir a peça.
 O ator global Thiago Luciano adorou a peça



domingo, 6 de janeiro de 2013

Morena Nascimento coloca público na piscina em Estudos para Clarabóia

Criado pelas bailarinas Morena Nascimento e Andreia Yonashiro, espetáculo de dança tem 10 intérpretes que desempenham sua performance no átrio central de 21 metros e piso transparente do Sesc Belenzinho. Plateia tem a opção de assistir de três pontos de vistas. Entre os recursos cênicos, são usados 18 litros de tinta, 7 quilos de pedrinhas coloridas e 2 quilos de penas brancas


Com o auxílio de uma boia, o espectador flutua vagarosamente pela piscina aquecida do Sesc Belenzinho. Sentado confortavelmente, posição de relaxamento, sente a leveza provocada pelo balanço da água contra seu corpo. A cabeça recostada para trás, mantém olhos fixos e atentos na ação que ocorre a alguns de metros de altura. Por meio da claraboia transparente que cobre o átrio central do edifício, o público enxerga o movimento dos 10 bailarinos.

A experiência é proporcionada pelo espetáculo de dança Estudos para Clarabóia, com direção e concepção das bailarinas Morena Nascimento e Andreia Yonashiro que volta em cartaz dia 15 de janeiro de 2013, terça, às 21h30. No elenco, os bailarinos Barbara Freitas, Chico Lima, Letícia Tadros, Lua Tatit, Lucas Delfino, Marília Coelho, Natalia Fernandes, Patrícia Árabe, Renato Vasconcellos e Willy Helm.

Eles dançam no piso transparente, parece que flutuam entre a piscina e o teto do átrio central do SESC Belenzinho, e em diferentes momentos do espetáculo, despejam 18 litros de tinta, 7 quilos de pedrinhas coloridas de diversos formatos, e 2 quilos de penas brancas que voam impulsionadas por ventiladores manipulados pelos bailarinos. Esses são só alguns exemplos de inúmeras interferências que surgem durante a coreografia de 1 hora de duração. Os bailarinos interagem com esses objetos, movimentando-se com a leveza e o inusitado da mesma água que cobre e embala seus corpos.

Uma parte do público pode assistir ao espetáculo de dentro da piscina, acompanhando a ação logo abaixo da claraboia onde os bailarinos dançam, enquanto outros espectadores podem assistir à dança do térreo, observando tudo de perto e do mesmo nível dos artistas ou de qualquer um dos andares acima do átrio, tendo um ponto de vista superior do espetáculo. O espectador da piscina recebe boias em formato de poltronas e deve comparecer em trajes de banho.

O espetáculo dialoga com a estrutura arquitetônica do Sesc Belenzinho, usando como palco a claraboia do grande átrio central do edifício, de mais de 16 metros de comprimento e 12 metros de largura, com um pé direito de 21 metros de altura. A relação da dança com o espaço arquitetônico propõe um jogo que inverte os pontos de visão dos movimentos.

As bailarinas Morena Nascimento e Andreia Yonashiro conceberam a primeira versão do espetáculo Clarabóia em 2010, como um solo da própria Morena (que já integrou a Companhia da renomada bailarina alemã Pina Bausch, precursora da dança contemporânea). Desta vez, a dupla decidiu trabalhar com a performance de dez intérpretes em um espaço maior para estudar as novas possibilidades artísticas que esta situação oferece.

Cada ponto de vista define recortes que transformam completamente a performance, onde homens e mulheres convivem com objetos, brincam com cores, formas e volumes. A luz - que atravessa a superfície de vidro transparente - ora evidencia a coreografia, ora o espaço vazio, ora o próprio público.

Esta situação, criada pelas inversões espaciais, dialoga, ainda, com o jogo da luz original de André Boll, a música de Natália Malo e a ágil mudança de cores dos figurinos de Lia Damasceno em um diálogo entre gesto, som, luz e cor. “A distância entre os movimentos e o público evoca uma dimensão onírica que, aos poucos, revela e surpreende por meio de composições imagéticas que questionam os limites que aparentemente separam realidade e imaginação”, explica Morena Nascimento.

“Neste momento, pesquisamos a dimensão e a força da dança coletiva em uma situação de diálogo entre a performance e o espaço arquitetônico”, comenta Morena Nascimento. Para o ano de 2013, Morena pretende finalizar o projeto que começou esse ano por meio do Programa de Fomento à Dança da cidade de São Paulo, quando foi desenvolvido um vídeo em colaboração com a premiada cineasta Petra Costa, com lançamento previsto para fevereiro de 2013.


Ficha Técnica:
Direção: Morena Nascimento e Andreia Yonashiro. Intérpretes/Contrarregras: Barbara Freitas, Chico Lima, Letícia Tadros, Lua Tatit, Lucas Delfino, Marília Coelho, Natalia Fernandes, Patrícia Árabe, Renato Vasconcellos, Willy Helm. Concepção musical e sonorização ao vivo: Natalia Malo. Colaboração na pesquisa e provocação: Marina Guzzo. Desenho de luz: André Boll. Operação de luz: André Boll e Edson Reis. Consultoria e confecção de figurinos: Lia Damasceno. Assistente de figurino: Guilherme Furnari. Concepção, captação e edição de vídeo: Petra Costa. Assessoria de imprensa: Arteplural. Produção: Cais Produção Cultural. Direção de produção: José Renato F. Almeida. Assistente de produção: Beto de Faria.

Serviço:                                                                  
Duração: 60 minutos. Não recomendado para menores de 14 anos.
Temporada: Dias 15, 16, 17, 22, 23, 24, 29, 30 e 31 de janeiro de 2013.
Terças, quartas e quintas, às 21h30.

Ingressos para piscina: à venda na Rede Ingresso Sesc (nas unidades do Sesc). Preço: R$ 24,00 (inteira); R$ 12,00 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 6,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes).

É imprescindível a este público o uso de trajes de banho (sunga, maiô ou biquíni em material sintético e não transparente) e touca, recomendando-se chegar com ao menos meia hora de antecedência aos vestiários da piscina e não esquecer de levar seu cadeado para guarda dos pertences nos armários.

Para assistir ao espetáculo do térreo ou de algum dos andares do átrio, não é necessário adquirir ingressos, bastando comparecer à bilheteria da Unidade com alguma antecedência nos dias de espetáculo. Fotos Sandro Miano

Sesc Belenzinho – Área de Convivência – Átrio da Torre.
Rua Padre Adelino, 1.000 – Belenzinho.
São Paulo - SP - CEP 03303-000.
Telefone: (11) 2076-9700.



Comédia CRÂNIO estreia dia 18 de janeiro no Teatro Cleyde Yáconis

Com direção de Noemi Marinho, peça reúne os atores Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli no elenco. Na ficha técnica estão, ainda, Daniel Maia (trilha sonora), Wagner Freire (iluminação) e Theodoro Cochrane (cenário e figurino). Texto de Lúcia Carvalho

 

Uma funcionária distraída está em apuros depois de trocar o valor de um contrato milionário. Este é o mote da comédia Crânio, direção de Noemi Marino para texto de Lúcia Carvalho,que estreia dia 18 de janeiro, sexta-feira, às 21h30, no Teatro Cleyde Yáconis.

 

No elenco estão os atores Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli. A trilha sonora de Daniel Maia, a iluminação de Wagner Freire e os figurino e cenário de Theodoro Cochrane completam a ficha técnica. A realização é da Mesa 2 Produções, com assistência de direção de Tathiana Marinho.

 

Ana Helena (Patrícia Gasppar) e Thielli (Renato Caldas) trabalham no departamento de vendas da empresa de ar condicionado Fresh Air. Sheila (Noemi Gerbelli) é a extravagante executiva, chefe de ambos. Desatenta, Ana Helena se confunde e troca o valor do contrato a ser assinada pelo sr. Salim (Fábio Herford), o viúvo árabe, importante cliente da Fresh Air.  A situação pode causar um prejuízo de 100 mil reais à empresa.

Thielli sugere que a amiga Ana Helena conquiste Salim, fazendo com que ele assine o contrato com o valor correto. Tudo está planejado para acontecer em uma festa na casa de Sheila, em que uma relíquia usada como objeto de decoração - um crânio mexicano - chama a atenção dos convidados.   

Patrícia Gasppar, que interpreta Ana Helena na trama, conheceu o texto há três anos. “O texto de Lúcia Carvalho nos motivou. É uma comédia leve sobre assuntos do dia-a-dia comum do público”, conta ela. “Ana Helena é uma personagem romântica à moda antiga, que tem o sonho de reconstruir sua vida, como se fosse uma garota aos 15 anos de idade.”

A diretora Noemi Marinho teve o primeiro contato com o texto quando os atores a chamaram para uma leitura no MASP. “Logo depois, a Mesa 2 me convidou para dirigir a montagem”, relembra Noemi.

A montagem
O cenário de Theodoro Cochrane se divide entre o escritório da Fresh Air e a casa de Sheila. “Criei um cenário que se transforma. De um lado, todo o ambiente de um escritório com pastas, arquivos empilhados e gavetas. Do outro, a casa de Sheila, onde acontece a festa. Para dialogar com a personagem exuberante, criei uma casa com tons vermelhos bem fortes e impactantes.”
  
Para os figurinos, Theodoro se inspirou no color block (tendência de combinar cores vibrantes no mesmo look). “Estou usando combinações que causam estranhamento, mas se harmonizam em cena”, conta ele. 

Para a diretora Noemi Marinho, “o mérito do texto é o olhar apurado para os detalhes corriqueiros. A autora observa pequenas coisas, como palavras, pronúncias e gestos, e leva para a comédia. Não temos pretensão em ser didáticos ou passar  mensagens. Trata-se de uma comédia leve. Crânio é filhote do besteirol, como ficou conhecido o movimento teatral que ganhou força na década de 80, desprovido de preconceito e com uma caricatura do comportamento cotidiano”, finaliza Noemi Marinho.


Sobre Lúcia Carvalho
Nascida em São Paulo em 1962, Lúcia Carvalho é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), é também cronista, escritora e dramaturga. Uma de suas crônicas – “Mulheres, Mães e Mindinhos” – foi publicada no livro Buscando o seu Mindinho – um Almanaque Auricular, do escritor Mário Prata. Outro de seus textos – “Vinte e Um” – foi encadernado nas Satyrianas 2007, com Celso Melez e José Trassi, sob direção de Dídio Perini, e publicado no Dramamix 2007, da Coleção Primeiras Obras, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Lúcia Carvalho também participa do Livro do Diretor: Espaços e Pessoas – editado pelo Cadec em 2002, sobre espaços escolares, que foi distribuído pelo MEC para diretores de escolas públicas do país – com dez crônicas suas, cada uma delas abrindo um capítulo do livro. Tem um site de crônicas – Frankamente – e publica eventualmente como colaboradora crônicas na Folha de S. Paulo e no Moda Almanaque.

Sobre Noemi Marinho

Atriz formada pela Escola de Arte Dramática - EAD/USP, em 1977. Nos anos 80 e 90, trabalhou com os grupos Mambembe e Tapa. Começou a escrever para teatro no Seminário de Dramaturgia para Atores, ministrado por Chico de Assis. Para este Seminário, escreveu seu texto de estreia "Fulaninha e Dona Coisa", montado várias vezes com enorme sucesso. Em 1991, escreve e dirige "Almanaque Brasil". Em seguida, dirige "Corte Fatal", de Paul Portener, apresentado no Brasil e em Portugal e "Os Reis do Improviso", de Jandira Martini e Marcos Caruso. Além de dirigir peças teatrais, Noemi dirigiu também espetáculos de música popular (Edson Cordeiro, Cia. Reduzida de Variedades) e lírica (Patrícia Endo e Everton Gloeden). Para televisão, escreveu textos para programas educativos - "Revistinha", da TV Cultura -, programas de Humor - "Brava Gente", Tv Bandeirantes, "Balacobaco", TV Record e "Sai de Baixo", da TV Globo, e a telenovela "Seus Olhos", do SBT. Recebeu o Prêmio APCA 1978 (Revelação de Atriz), Prêmio Mambembe 1988 (Melhor Atriz), Prêmio Apetesp 1988 (Revelação de Autor), Prêmio Shell 1991 (Melhor Autor) e Prêmio Apetesp 1993 (Melhor Autor).


Sobre Mesa 2 Produções

Criada em 1996, a Monteiro e Sá nasceu do encontro de Roberto Monteiro e João Fernando Cardoso de Sá, que uniram sua experiência em televisão e teatro para atuar como produtores de vídeo. A partir de 2001, a Monteiro e Sá ampliou seu leque de atividades e passou também a empresariar e agenciar artistas. O tempo passou, os trabalhos se seguiram, a Monteiro e Sá transformou-se em MESA 2 e firmou-se como produtora não só de teatro, mas também na área musical. Além disso, paralelamente aos projetos que desenvolve, a MESA 2 é responsável pela administração e coordenação artística do Teatro Cleyde Yáconis, antigo Teatro Cosipa Cultura, cuja proposta é oferecer uma programação que privilegie espetáculos inéditos em São Paulo e estreias nacionais.   Hoje, no cast de atores que a MESA 2 empresaria estão nomes consagrados como Joana Fomm, Débora Falabella, Lucinha Lins e revelações como Sidney Santiago e Cynthia Falabella, entre outros. Na área musical, a empresa administra as carreiras das cantoras Virgínia Rosa (quatro CDs lançados), Lucinha Lins (CD lançado pela Biscoito Fino) e Eugenia Mello e Castro (cantora portuguesa com vinte CDs lançados no Brasil).
FICHA TÉCNICA
Texto: Lúcia Carvalho. Direção: Noemi Marinho. Assistência de direção: Tathiana Marinho. Elenco: Patrícia Gasppar, Renato Caldas, Fábio Herford, Paulo Américo e Noemi Gerbelli. Trilha Sonora: Daniel Maia. Ilumincação: Wagner Freire. Cenário e Figurino: Theodoro Cochrane. Fotos: João Caldas. Produtora Executiva: Silmara Deon. Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro. Realização: Mesa 2 Produções.

Crânio - estreia dia 18 de janeiro, sexta-feira, às 21h30 no Teatro Cleyde Yáconis. Avenida do Café, 277, Jabaquara. Estacionamento Rua Guatapará, 170 (R$ 15,00). Até 17 de março.  Telefones: (11) 5070-7018 - (11) 5070-7014 - (11) 5070-7011. Temporada: sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 18h. Ingressos: R$ 30 (sexta), R$ 50 (sábado) e R$ 40 (domingo). Capacidade: 288 lugares. Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 12 anos. Foto Joao Caldas Fº