terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Com trajetória consolidada no teatro, no cinema e na televisão, o atorHenrique Taubaté Lisboa comemora seus 50 anos de carreira no novo espetáculo da COMMUNE, a comédia “Na Cama Com Molière”, dirigida pelo encenador inglês John Mowat. Estão previstas 30 apresentações, que acontecem no Teatro COMMUNE, entre 9 de fevereiro e 21 de abril, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).


O texto é uma adaptação de “O Doente Imaginário”, a última peça escrita por Molière (1622-1673) e que marcou a derradeira vez que ele subiu aos palcos. O dramaturgo francês sofria de uma tuberculose em estágio avançado e morreu algumas horas depois de concluir a quarta apresentação da montagem original.
Publicada em 1673, a obra narra as peripécias de Aragão, um velho hipocondríaco que é incentivado por seu médico a testar novos tratamentos e remédios para todas as suas doenças imaginárias. Além disso, a segunda esposa de Aragão é a interesseira Beline e ele sonha casar sua filha Angélica com o filho de um amigo médico – só para ter um doutor na família.
A encenação, que acontece toda em cima de uma cama em um hospital, cria uma reflexão sobre o medo iminente da morte, a solidão do mundo contemporâneo e outros temas comuns à obra do autor, como a cobiça, o egoísmo, a charlatanice e a arrogância.  Trata-se de uma sátira bem atual sobre a poderosa indústria da medicina.

O diretor John Mowat desenvolve um teatro que comunica ideias levando em conta o aspecto visual da cena, sem deixar de criar um diálogo efetivo entre o lado cênico, o texto e as sonoridades das produções. Em suas montagens, nenhum elemento se sobrepõem ao outro. “Eu me interesso muito pelo equilíbrio entre o físico e o visual no teatro. A Commedia Dell ’Arte é algo que está sempre presente nas minhas montagens”, diz o diretor.
“A maneira como o John conduz as improvisações do teatro físico é interessante. E, para mim, do alto dos meus 73 anos, tenho que prestar muita atenção para ir juntando tudo no cérebro, para filtrar e ver como conduzo, como resolvo. Trabalhar com o John é aquilo que eu digo: o ator tem sempre as suas surpresas. Seja de onde vier a opinião, o diretor ou o espectador, o ator está sempre aprendendo”, conta Taubaté.
Para dar vida à história, o elenco escolhido foi Henrique Taubaté Lisboa, Wilma de Souza, Augusto Marin, Fabricio Garelli, Dulcinéia Dibo e Paulo Dantas. “Nós trabalhamos juntos jogando e brincando até formarmos a peça a partir destas improvisações. Não tem truques ou segredos, é apenas uma questão de bagunçar tudo”, afirma Mowat.

50 ANOS DE CARREIRA DE HENRIQUE TAUBATÉ LISBOA


Henrique Taubaté Lisboa e John Mowat no ensaio de “Na cama com Molière”
 Crédito: Jamil Kubruk
“Cinquenta anos... Sendo ouvido, assistido e aplaudido. Vi, abrir e fechar muitos panos. Agora que tenho mais tempo, pra assistir, ouvir e aplaudir.... perdi minhas ferramentas de espectador (mas não as ‘ferramentas’ de Ator)! Portanto, continuo e continuarei dentro dessa caixa mágica que sempre amei! Ator não tem idade, sexo ou ‘deficiência’, o Ator está acima disso. O Ator se transforma, e é transformador”, diz Taubaté.
Henrique Taubaté Lisboa iniciou sua carreira de ator em 1968, quando fundou o Grupo de Teatro da Cidade (GTC) em Santo André, ao lado de Heleny Guariba, Sônia Guedes, Antônio Petrin, Silvia Borges, Sonia Braga e outros. Hoje, aos 72 anos, ele mantém uma vida teatral ativa, mesmo com problemas de audição e visão.
Ao longo desses anos, atuou em mais de 40 espetáculos, como “Evangelho Segundo Zebedeu” (Cezar Vieira), “O Barbeiro De Sevilha” (Beumarchais), “Jesus Homem” (Plínio Marcos), “O Mercador De Veneza” (Willian Shakespeare) e “Bixiga” (Um Musical na Contramão de Enéas C. Pereira, Edu Salemi e Ana Saggese).
Ele também participou de mais de 30 filmes, entre eles “Nasce Uma Mulher” (Dir. Roberto Santos), “A Marvada Carne” (Dir. André Klotzel), “O Príncipe”  (Dir. Ugo Giorgetti), “Os Narradores De Javé” (Dir. Eliane Caffé), “Mário” (Dir. Hermano Penna), “Família Vende Tudo” (Dir.Alan Fresnot), “Causa E Efeito” (Dir. André Marouco), e em várias novelas, seriados e programas da TV Cultura.
“Eu tenho muito orgulho de ter completado 50 anos nesta profissão e de ter vivido somente como ator. Foi exatamente isso que me deu essa felicidade de, aos 73 anos, estar nos palcos, nos tablados da vida”, comenta Taubaté.
OFICINA COM JOHN MOWAT
Além de dirigir “Na Cama Com Molière”, o diretor inglês John Mowat ministra a “Oficina de Comédia Física e Visual” no Teatro COMMUNE, entre 11 e 15 de fevereiro, das 19h às 23h. O objetivo da atividade é criar personagens e cenas a partir da linguagem física e visual, explorando e pesquisando recursos corporais e vocais.
Para se inscrever é preciso pagar uma taxa com preço promocional de R$750 até 30 de janeiro e R$850 após essa data. A matrícula pode ser parcelada no cartão de crédito (basta efetuar o pagamento no teatro todos os dias das 12h às 20h) ou feita mediante depósito na seguinte conta: Itaú – Agência 0347 – CC 33.830-3. Em seguida, é preciso enviar o comprovante de pagamento para cursos@commune.com.br.
SOBRE JOHN MOWAT
John Mowat nasceu em Londres, onde estudou escultura na Royal Academy Schools e mímica corporal com Ronal Wilson na City Literary Institute e na Escola de Jacques Lecoq. Seu trabalho com teatro começou em 1980, quando apresentou o primeiro trabalho solo.
Em 1994, foi um dos criadores da companhia londrina Oddbodies Theatre. Como ator e diretor já viajou por mais de cinquenta países apresentando uma comédia altamente visual. Dirigiu cenicamente a Orquestra Sinfônica de Londres e foi parceiro de Nola Rae e Matthew Ridout em vários espetáculos. Durante 17 anos dirigiu a Companhia do Chapitô, de Lisboa (Portugal), criando espetáculos como, “Édipo Rei”, “Macbeth”, “A Tempestade”, “Romeu e Julieta”, “Medeia”, “Tartufo”, “Jekyll and Hyde”, “Drákula”, “O Grande Criador”, entre outros. Ele também foi reconhecido pela mídia internacional como um dos principais mímicos do mundo.
SINOPSE
Inspirada na peça “O Doente Imaginário”, de Molière, a comédia se passa em um hospital e narra as peripécias de Aragão, um velho hipocondríaco que é enganado pelo seu médico, Dr. Boa Morte, que alimenta suas doenças imaginárias. Além disso, sua esposa é a interesseira Beline e ele sonha casar sua filha Angélica com o filho do Dr. Boa Morte – só para ter um médico na família.
SOBRE A COMMUNE - COLETIVO TEATRAL
Fundada em 2003, a COMMUNE - Coletivo Teatral cria espetáculos de palco e rua com base na pesquisa sobre a comicidade, o teatro popular, as máscaras da Commedia Dell Arte, a música em cena e os temas contemporâneos.
Algumas das principais produções do grupo estão “O Inspetor Geral” (2004), “A Verdadeira história de Adão e Eva” (2006), “Arlecchino” de Dario Fo (2007),  “Nem todo Ladrão vem para Roubar”de Dario Fo (2009), “O Mentiroso de Goldoni” (2010), “3 vezes A Igreja do Diabo” (2011), “A Greve das Pernas Cruzadas” (2012),  “Ton Sur Ton e Dois Pra Lá, Dois Prá Cá” de Mario Viana (2014), “Uma Roça de Verão” (2015 ), “A História do Amor da Donzela Teodora e o Valente Jeremias no Sertão de Lampião” (2015), “Anti-Comics, Descontruindo Super Heróis” de Sonia Daniel (2016), “Revisitando o Teatro de Revista – Oba!” (2016), “Histórias de Verão” (2017) e “Otelo” (2018) com direção de John Mowat.
Em 2014, o COMPRESP e Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo declarou a COMMUNE um Bem Imaterial do Município de São Paulo, ao lado de outros 22 grupos teatrais da cidade. 

FICHA TÉCNICA
Texto: baseado na peça “O Doente Imaginário”, de Molière
Direção Geral e Concepção: John Mowat
Codireção e Assistentes de Criação: Augusto Marin e Wilma de Souza
Elenco: Henrique Taubaté Lisboa (Aragão), Wilma de Souza (Belinha - esposa de Aragão), Augusto Marin (Dr. Boa Morte e Cleison - Enamorado), Fabricio Garelli (Tonha - empregada), Dulcinéia Dibo (Angélica - enamorada) e Paulo Dantas (Taiguer - filho do Dr. Boa Morte)
Desenho e Operação de Luz e Som: Agnaldo Nicoletti
Cenários, Figurinos e Adereços: Nilton Araújo e Paulo Dantas
Ilustrador: Eloar Guazzelli
Designer: Rony Costa
Assessoria de Imprensa: Bruno Motta Mello e Verônica Domingues – Agência Fática
Redes Sociais: Luccas Garcia e Jussara Moreira
Fotos / Videos: Jamil Kubruk
Contrarregragem: Cyça Santos e Manoel Cabral
Tradutor: André Gama e Mariana Morena
Direção de Produção: Augusto Marin
Prod. Executiva: Luccas Garcia
Administração: Silvia Luvizotto e Tati Teixeira
Realização: COMMUNE

SERVIÇO
Na Cama com Molière, baseado em “O Doente Imaginário”, de Molière
Teatro COMMUNE – Rua da Consolação, 1218 (ao lado do metrô Higienópolis – Mackenzie – Linha 4 – Amarela) – Estacionamento ao lado
Temporada: 9 de fevereiro a 21 de abril, às sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h (no dia 15 de fevereiro não haverá apresentação)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Informações: (11) 3476-0792
Classificação: a partir de 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 99 lugares
Gênero: Comédia

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

AEROPLANOS, com Antonio Petrin e Roberto Arduin, reestreia em temporada gratuita no Teatro Municipal Alfredo Mesquita. Escrita pelo argentino Carlos Gorostiza, a comédia tem direção de Ednaldo Freire e propõe ao espectador uma delicada e divertida reflexão sobre a amizade. Antonio Petrin comemora seus 80 anos de vida com esta nova temporada.





Na sexta-feira, 01 de fevereiro, reestreia no Teatro Municipal Alfredo Mesquita o espetáculo AEROPLANOS, escrito pelo premiado dramaturgo argentino Carlos Gorostiza. Com direção de Ednaldo Freire, a comédia traz no elenco os veteranos Antonio Petrin e Roberto Arduine fica em cartaz até o dia 10 de março, de sexta a domingo.




Ao retratar um dia especial na vida desta dupla inseparável, a peça propõe ao espectador uma delicada e divertida reflexão sobre a amizade e o envelhecimento. “Com humor, sensibilidade e diálogos inteligentes, o espetáculo reflete sobre a existência, a partir do ponto de vista dos idosos. O medo da morte, a solidão, a perda de independência e a sempre irrefreável e humana vontade de viver intensamente cada minuto são temas essenciais desse grande texto da dramaturgia argentina contemporânea”, lembra Petrin, que também assina a tradução e adaptação da obra. 


Velhos Protagonistas


Primeira montagem brasileira do texto de Gorostiza, AEROPLANOS é o terceiro espetáculo do projeto Velhos Protagonistas iniciado em 2000, quando Antonio Petrin completou trinta e cinco anos de carreira profissional. A peça escolhida para abrir o projeto foi A Última Gravação de Krapp, de Samuel Beckett. Em 2004, o ator produziu e interpretou Um Merlin, texto escrito especialmente para ele por Luis Alberto de Abreu.


A escolha de AEROPLANOS para finalizar o projeto, segundo Petrin, é uma consequência natural, já que “essa é uma das mais profundas e comoventes peças da atual dramaturgia argentina, enfocando a velhice com humor, poesia e delicadeza”.


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AEROPLANOS – de 01 de fevereiro a 10 de março (EXCETO dias 15, 16 e 17 de fevereiro e 01, 02 e 03 de março). Sextas e sábados às 21h e domingos às 19h. Teatro:  Teatro Municipal de Santana Alfredo Mesquita. Texto: Carlos Gorostiza. Tradução: Antonio Petrin. Direção: Ednaldo Freire. Elenco: Antonio Petrin e Roberto Arduin Cenografia: Antonio Petrin. Criação de Luz: Wagner Freire. Direção de produção: Sonia Kavantan. Realização: Proa Produções Artísticas do ABC. Duração: 70 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: grátis. Gênero: comédia

facebook.com/aeroplanosteatro


“Este projeto foi contemplado pela 8ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura”.