domingo, 26 de março de 2017

O CIRCUITO INDIE FESTIVAL chega na sua terceira e consecutiva edição em 2017, no mês de abril, no SESC São Paulo em seis unidades: Araraquara, Campinas, Piracicaba, Rio Preto, Santos e Santana (na capital). O Circuito é um dos desdobramentos da parceria entre a ZETA FILMES e o SESC SP na realização do festival INDIE que acontece há 11 anos em São Paulo (CineSESC) e há 17 anos em Belo Horizonte.
Este ano, o CIRCUITO INDIE FESTIVAL traz como novidade dois filmes que fazem parte da seleção CLÁSSICA. Nela, obras seminais do cinema de arte ou do cinema cult são relançadas em cópias que foram restauradas, e relançadas nos cinemas: BLOW UP de Michelangelo Antonioni que comemora 50 anos de seu lançamento; e ESTRANHOS NO PARAISO, realizado há 33 anos atrás, do diretor norte-americano Jim Jarmusch.
Na seleção contemporânea do CIRCUITO INDIE FESTIVAL dois grandes diretores asiáticos consagrados: o coreano Hong Sang Soo em CERTO AGORA, ERRADO ANTES e o japonês, mestre de um tipo de cinema de gênero, Kiyoshi Kurosawa, com seu filme, CREEPY. E ainda dois novos diretores europeus, apontados como os mais proeminentes talentos de sua geração atual, o catalão Albert Serra em A MORTE DE LUÍS XIV  e a francesa, Mia Hansen Løve em O QUE ESTÁ POR VIR. A programação exibe ainda NA VENTANIA do diretor Martti Helde uma história sobre o holocausto soviético na Estônia através de uma técnica com tableaux vivants. E um documentário especial sobre uma grande personagem que marcou a história do rock and roll, JANIS JOPLIN: LITTLE GIRL BLUE, dirigido pela norte-americana Amy J. Berg, sucesso de público.
Circuito Indie Festival
Abril nas unidades do SESC Araraquara, Campinas, Piracicaba, Rio Preto, Santos e Santana (na capital)
Confira a programação no site do SESC >www.sescsp.org.br

SESC ARARAQUARA
Estranhos no paraíso
2/4, domingo, 14h
Blow up
4/4, terça, 20h
Certo agora, errado antes
9/4, domingo, 14h
Creepy
11/4, terça, 20h
A morte de Luís XIV
18/4, terça, 20h
O que está por vir
23/4, domingo, 14h
Na ventania
25/4, terça, 20h
Janis - little girl blue*
30/4, domingo, 14h
*exibição dentro da SESSÃO ZOOM no Cine Lupo - Rua Gonçalves Dias, nº 543, Centro, Araraquara-SP.
SESC CAMPINAS
Certo agora, errado antes
4/4, terça, 17h
Creepy 
4/4, terça, 19h30
Estranhos no paraíso 
11/4, terça, 17h
Janis: little girl blue 
11/4, terça, 19h30
Na ventania 
18/4, terça, 17h
O que está por vir 
18/4, terça, 19h30
A morte de Luís XIV 
25/4, terça, 17h
Blow up 
25/4, terça, 19h30
SESC PIRACICABA
Janis: little girl blue 
2/4, domingo, 17h30
Blow up 
4/4, terça, 20h
A morte de Luís XIV 
9/4, domingo, 17h30
Certo agora, errado antes 
11/4, terça, 20h
 O que está por vir 
16/4, domingo, 17h30
Na ventania 
23/4, domingo, 17h30
Estranhos no paraíso 
25/4, terça, 20h
Creepy 
30/4, domingo, 17h30
SESC RIO PRETO
Janis: little girl blue
5/4, quarta, 20h
Certo agora, errado antes
6/4, quinta, 20h
Creepy
12/4, quarta,  20h
Estranhos no paraíso
13/4, quinta, 20h
O que está por vir
20/4, quinta, 20h
Na ventania
21/4, sexta,  17h
Blow up
26/4, quarta, 20h
A morte de Luís XIV
28/4, sexta, 20h
SESC SANTOS
Certo agora, errado antes
2/2, domingo, 17h
Na ventania 
8/4, sábado, 16h
Creepy 
9/4, domingo, 15h
Estranhos no paraíso
9/4, domingo, 17h
Blow up
15/4, sábado, 16h
Janis: little girl blue 
16/4, domingo, 15h
A morte de Luís XIV 
16/4, domingo, 17h
O que está por vir 
22/4, sábado, 16h
SESC SANTANA
O que está por vir* 
4/4, terça, 20h
Certo agora, errado antes 
5/4, quarta, 20h
Na ventania*
11/4, terça, 20h
Creepy 
12/4, quarta, 20h
 Estranhos no paraíso*
18/4, terça, 20h
A morte de Luís XIV 
19/4, quarta, 20h
Janis: little girl blue* 
25/4, terça, 20h
Blow up 
26/4, quarta, 20h
* Mediação de Celso Sabadin após cada sessão de terça-feira dentro do projeto Escola e Artes.

BLOW-UP
um filme de Michelangelo Antonioni, 111 min., 1966, Reino Unido/Itália/EUA, DCP. Classificação indicativa:14 anos
Um fotógrafo de moda tira fotos de um casal em um parque londrino. Escondido, Thomas fotografa o que aparentemente é uma relação romântica. Quando a mulher o procura e exige os negativos, ele se recusa. Instigado pela insistência dela, ele examina as fotografias e as amplia, Thomas está convicto que resolverá o enigma de um crime a partir das fotos. Em seu primeiro filme em inglês, baseado num conto de Julio Cortázar, Antonioni explora tanto a interação entre o indivíduo e os conceitos de realidade, ilusão e aparência, quanto a veracidade da imagem.
Michelangelo Antonioni nasceu em Ferrara, no norte da Itália, em 29 de setembro de 1912, em uma família burguesa, estudou economia na Universidade de Bolonha. Foi primeiro crítico de cinema de uma revista local antes de se mudar para Roma para seguir os cursos do Centro Experimental de Cinema e colaborar com a revista "Cinema", considerados um foco de resistência ao fascismo. Recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1964 por O Deserto vermelho; Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1967, por Blow up; prêmio especial do júri em Cannes em 1982, porIdentificação de uma mulher e recebeu o Oscar em 1995 e o Leão de Ouro em Veneza em 1997, ambos pelo conjunto da obra. Seu estilo se afirmou na trilogia de seus filmes mais célebres: A Aventura (1960), A noite (1961) e O eclipse (1962), interpretadas pela atriz Monica Vitti, sua companheira e musa por cerca de dez anos. Em 1975, fez O passageiro - profissão: repórter, com Jack Nickolson e Maria Schnneider. Morreu em 2007, em Roma.
CERTO AGORA, ERRADO ANTES
um filme de Hong Sang-soo, 121 min., 2015, Coréia do Sul, DCP. Classificação indicativa: 12 anos
O diretor de cinema Ham Chunsu chega à cidade de Suwon um dia antes de uma sessão, seguida de debate, de um de seus filmes. Com tempo livre, ele visita um antigo e restaurado palácio, onde conhece a artista plástica Yoon Heejung. Dividido em duas partes, o filme acompanha Chunsu e Heejung ao longo de um dia. Juntos eles visitam o estúdio da pintora, comem sushi no jantar, bebem soju com os amigos dela e veem crescer a intimidade entre eles. Quando a artista lhe pergunta se ele é casado, o diretor não tem outra opção senão revelar a verdade. Na segunda parte do filme, uma história similar de "encontro e diversão" se desenrola. Eles vão nos mesmos lugares, mas algo ali se revela.
Hong Sang-soo nasceu em 1960, em Seul, Coreia do Sul. Teve sua formação como cineasta dividida entre a Chung-Ang University e as norte-americanas CalArts e Art Institute of Chicago. É um dos principais nomes do cinema sul-coreano contemporânero. Participou da competição de Berlim com Noite e dia (2008) e a de Cannes com A mulher é o futuro do homem (2004), Conto de cinema (2005) e A visitante francesa (2012). Vencedor da Un Certain Regard em Cannes pelo filme Hahaha, de 2010, e o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Locarno por Our Sunhi, de 2013.
CREEPY
um filme de Kiyoshi Kurosawa, 130 min., 2016, Japão, DCP, Classificação indicativa: 14 anos
Takakura era detetive da polícia de Tóquio, se aposentou por causa de um grave incidente que o deixou traumatizado, e agora é professor de psicologia criminal na universidade. Ele e sua esposa Yasuko se mudam para um tranquilo bairro no subúrbio. Embora Takakura tenha se afastado completamente do trabalho policial, ele não pode conter sua curiosidade quando Nogami, seu ex-colega, pede um conselho sobre um caso sem solução: o estranho desaparecimento de uma família. Um dia, Takakura é abordado pela filha do vizinho, que lhe diz: "Aquele homem na minha casa não é meu pai... Ele é um completo estranho".
Kiyoshi Kurosawa nasceu em Hyogo Prefecture, em 19 de julho de 1955, estreou na direção comKandagawa Wars, em 1983. Mas foi com Cure, realizado em 1997, que despertou atenção internacional e participou de diversos festivais. Com Pulse recebeu o Prêmio FIPRESCI do Festival de Cannes em 2001. Tokyo Sonata, recebeu o Prêmio do Júri do Un Certain Regard, de 2008, em Cannes. Entre seus últimos filmes estão Real (2013), selecionado para competitiva de Locarno, e Seventh Code (2013), vencedor do prêmio de Melhor Diretor no Festival de Roma. Em 2015, Para o outro lado foi agraciado com o prêmio de Melhor Diretor na Un Certain Regard, em Cannes.
ESTRANHOS NO PARAÍSOum filme de Jim Jarmusch, 90 min., 1984, EUA, DCP. Classificação indicativa: 12 anos
Willie é um imigrante húngaro que vive em Nova York. Quando ele recebe a visita inesperada de sua prima Eva, que acabou de chegar de Budapeste e está a caminho de Cleveland para morar com a tia, Willie a trata com total hostilidade e indiferença. Mas um ano depois, Willie e seu melhor amigo Eddie decidem visitar Eva. Os três decidem então partir juntos em uma viagem de Clevaland a Miami. Estranhos no paraíso é dividido em três partes: O novo mundo, Um ano depois e Paraíso. Estranhos no paraíso foi o segundo longa de Jim Jarmusch e o impulsionou a se tornar um diretor fundamental para o cinema independente americano.
Jim Jarmusch é considerado uma figura fundamental do cinema independente norte-americano. Nascido em Akron, Ohio, em 1953, Jarmusch foi aluno da Universidade de Columbia, onde estudou literatura e poesia, porém, foi o tempo vivendo em Paris, frequentando a Cinémathèque Française, que acendeu a sua paixão pelo cinema. Após retornar aos Estados Unidos, estuda no programa de cinema da Tisch School of the Arts, da Universidade de Nova York, onde trabalhou como assistente de Nicholas Ray, além de escrever e dirigir seu primeiro filme, Permanent Vacation, que ganhou o prêmio Sternberg von Josef em Manheim, na Alemanha, em 1980. Últimos filmes:Amantes eternos (2013); Paterson (2016); Gimme Danger (Doc, 2016).
Faz parte do projeto Clássica de viabilizar o lançamento nos festivais e nos cinemas brasileiros de filmes antigos, clássicos ou cults, em cópias digitais restauradas.
JANIS: LITTLE GIRL BLUEum filme de Amy J. Berg, 107 min., 2015, EUA, DCP. Classificação indicativa: 14 anos
Ela criou um lugar para as mulheres no mundo do rock. Ela foi a pioneira. Seu nome: Janis Joplin. A garota branca com uma voz feroz, com soul, que invadiu a cena musical dominado pelos homens. Nascida em uma pequena cidade do Texas, Janis, que morreu em 1970, aos 27 anos, ganha agora um documentário que revela a história de um ícone, uma mulher em uma América ultra-conservadora, lutando contra seus demônios interiores e vícios, e que em apenas poucos anos de carreira marcou para sempre a história do rock and roll. O filme demorou sete anos para ser concluído e tem narração de Chan Marshall (mais conhecida como Cat Power).
Amy J. Berg nasceu em Los Angeles, Estados Unidos, em 1970. Diretora, produtora e roteirista, Berg dirigiu diversos documentários, entre eles, Deliver Us from Evil (2006), que foi indicado ao Oscar em 2007; e o filme de ficção Every Secret Thing (2014). Janis: Little Girl Blue é seu quinto filme documental.
A MORTE DE LUIS XIVum filme de Albert Serra, 105 min., 2016, França/Portugal/Espanha, DCP.Classificação indicativa: 12 anos (a confirmar)
Agosto 1715. Depois de uma caminhada, Luís XIV sente uma dor na perna. Nos próximos dias, o Rei continua a cumprir seus deveres e obrigações, mas seu sono é intranquilo, ele tem febre, mal se alimenta e está cada dia mais fraco. Albert Serra reconstrói os dias da lenta agonia do maior Rei da França, interpretado magistralmente por Jean-Pierre Léaud, rodeado em seu quarto por seus fiéis seguidores e pelos médicos, e que marcará o fim de um reinado de 72 anos do Rei Sol.
Albert Serra, cineasta e artista catalão, nasceu em Banyoles, em 1975. Estudou filosofia e literatura, escreveu peças de teatro e produziu diversos trabalhos em vídeo. Tornou-se internacionalmente reconhecido com seu primeiro longa-metragem, Honor of Knights, exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, em 2006. Em 2013, Serra recebeu o Leopardo de Ouro em Locarno por seu filme, História da minha morte, inspirado nas memórias de Casanova. Filmografia: Story of my Death (2013); Birdsong (Quinzena dos Realizadores, 2008); Honor of the Knights (Quinzena dos Realizadores, 2006).
O QUE ESTÁ POR VIRum filme de Mia Hansen-Løve, 102 min., 2016, França, DCP. Classificação indicativa: 14 anos
Nathalie ensina filosofia em uma escola secundária em Paris. Ela é apaixonada por seu trabalho e gosta particularmente de passar a seus alunos o prazer de pensar. É casada, tem dois filhos e divide o seu tempo entre a família, os antigos alunos e a sua mãe possessiva. Um dia, o seu marido anuncia que está deixando-a por outra mulher. De repente, Nathalie se percebe em completa liberdade e tem de reinventar a sua vida.
Mia Hansen-Løve nasceu em 1981 e atuou em dois filmes de Olivier Assayas, Fin Août, Début Septembre (1998) e Les Destinées Sentimentales (2000). Estudou no Conservatório Municipal de Arte Dramática de Paris em 2001; no período de 2003 a 2005 escreveu críticas para a Cahiers du Cinéma, enquanto filmava diversos curtas-metragens, tais como: Après mûre reflexion (2003), Un pur esprit (2004), Offre spéciale (2005) eLaisse passer l’été (2005). Em 2007, estreou na direção com Tout est pardonné, que foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes e recebeu o Prêmio Louis Delluc de Melhor Filme. Seu trabalho seguinte, Le Père de mes enfants (2009), ganhou o Prêmio Especial na Un Certain Regard, em Cannes. Un amour de jeunesse, seu terceiro longa-metragem, recebeu Menção Especial do Júri no Festival de Locarno (2011), enquanto o quarto, Eden (2014), foi selecionado para o Festival de Toronto.
NA VENTANIA
um filme de Martti Helde, 87 min., 2014, Estônia, DCP. Classificação indicativa: 12 anos
Erna vive com seu marido e sua filha em uma bela propriedade no campo, na Estônia, até que durante a Segunda Guerra Mundial o país é invadido por Stalin. Erna e sua filha são enviadas para uma fazenda de trabalhos forçados, na qual devem viver com apenas um pedaço de pão por dia. A estudante tenta se comunicar com seu marido, enviado a uma prisão, ou Gulag, através de cartas. Martti Helde filma a história de Erna em belos planos estáticos, ou tableaux vivants, desconstruindo e construindo o cinema como arte da imagem em movimento.

Martti Helde nasceu em Tallinn, na Estônia. Realizou seu primeiro curta metragem aos 16 anos, e desde então, se formou na Baltic Film and Media School e fez cursos de direção na Europa e nos Estados Unidos. Martti dirigiu dois curtas e várias peças publicitárias, mas Na ventania é seu primeiro longa metragem.


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