SUCESSO DE PÚBLICO E CRÍTICA, “O HOMEM, A BESTA E A
VIRTUDE” – COMÉDIA DE PIRANDELLO QUE
DIVERTE TODA A FAMÍLIA – CHEGA NO MEMORIAL DA AMÉRICA
LATINA, A PARTIR DE 26 DE ABRIL, GRÁTIS
A atriz Débora
Duboc, idealizadora do projeto, faz o mesmo papel vivido por
Fernanda
Montenegro na
única montagem anterior da peça no Brasil, em 1962, pelo Teatro dos Sete
Sucesso de público e crítica por
palcos brasileiros, desde a estreia em novembro de 2007, a montagem “O Homem,
A Besta e A Virtude” – comédia de Luigi Pirandello (1867–1936), com
direção e encenação de Débora Duboc e Marcelo Lazzaratto – volta
em cartaz em São Paulo, para curta temporada, desta vez no Memorial da
América Latina. As sessões acontecem nos dias 26, 27,
28 e 30 de abril e 01 e 02 de maio, com entrada
gratuita.
Com tradução do ator, diretor e
dramaturgo Marcus Caruso, a comédia que faz rir e diverte toda a família,
traz no elenco Débora Duboc, Gabriel Miziara, Fernando Fecchio e
Thiago Adorno.
Educação e Arte – Por
conta do patrocínio da PIRELLI, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a
essa curta temporada terá uma novidade: o programa Escola Em Cena, da
FDE, que destina em algumas sessões ingressos grátis para professores e
estudantes da rede pública. “Sou filha de uma educadora e queria muito
apresentar este espetáculo para professores e alunos da rede pública. Sinto que
a educação tem que estar apoiada na arte. É a arte que abre um ‘portal’, o
universo pra gente. A educação sem a arte pode formar seres humanos tacanhos,
pequenos’”, diz Débora Duboc.
Nesses cinco anos, “O Homem, A
Besta e a Virtude” já passou por palcos do Rio de Janeiro, principais capitais
brasileiras, além de cidades da Grande São Paulo e interior do estado, sempre
com sessões lotadas.
Sinopse - “O Homem, A
Besta E A Virtude” conta a história da Senhora Perella, mulher virtuosa de um
capitão de navio (a Besta), que está sempre viajando e que, por isso, há muito o
casal não tem relações ‘maritais’. Perella tem um caso com o professor (o Homem)
do filho e na véspera de uma esporádica visita do Capitão, ela conta ao
Professor que está grávida.
A partir daí, os dois amantes se
desdobram em um plano maluco para fazer com que o Capitão tenha relação com a
esposa e pense que o filho que ela espera é dele, pois em sua próxima visita a
mulher já estará com a barriga muito grande. A tentativa de esconder o adultério
e a gravidez gera uma espiral de cenas hilariantes, nas quais a hipocrisia da
moral burguesa é desmascarada.
Montagem - São onze
personagens em cena, três femininos interpretados por Débora Duboc e os
masculinos divididos entre os atores. “Pirandello não tem pudor. Em O Homem, a
Besta e a Virtude entramos num mundo completamente erudito e ao mesmo tempo
popular”, diz Débora Duboc. “Os quatro atores representam diversos papéis e
criam um divertido jogo cênico para o público. O mesmo intérprete da personagem
que elabora o plano faz depois a personagem que sofre o plano”, detalha a atriz.
Marcos Caruso, tradutor da peça,
analisa o enredo: “A hipocrisia e a educação são questões que pontuam o
desenrolar da história. Esse texto prima pela comunicação ao trazer em sua
estrutura uma forte presença e releitura da comédia Dell’ Arte. É popular e ao
discutir o tema da hipocrisia, contemporâneo.”. Débora Duboc completa: “Queria
um texto popular, queria uma comédia que fizesse rir e também pensar.
Encontrei-me com esta obra única e passei imediatamente a conceber o espetáculo,
buscando refletir sobre a questão pirandelliana da
autenticidade”.
Os figurinos são compostos por
sobreposições de peças que se transformam quando os atores, em cena, trocam de
personagens. Na abertura do espetáculo, o elenco aparece usando máscaras criadas
pelo diretor de arte da montagem Chico Spinosa, a partir de um estudo na obra de
Picasso, em clara referência à frase de Pirandello, na qual o dramaturgo afirma
que a vida é uma grande mascarada: “Todos nós, por alguma razão, mentimos, não
por dever ou por profissão, sobre um palco, mas na vida”, dizia o dramaturgo.
“No cenário, Chico Spinosa trouxe a própria questão da relatividade da verdade,
com muita beleza e exuberância carnavalesca”, diz Débora. Spinosa tem em seu
currículo vários títulos do Carnaval São Paulo, contribuindo na montagem com seu
‘olhar popular’.
A trilha sonora é assinada por
Gustavo Kurlat e Ruben Feffer, dupla conhecida por suas músicas para cinema e
teatro, e traz o chorinho genuinamente brasileiro, que se apresenta no
espetáculo miscigenado ao tango e ao blues.
Virtude - Uma curiosidade
é que peça só foi montada no Brasil anteriormente uma única vez, em 1962, pelo
Teatro dos Sete, grupo formado por Fernanda Montenegro – que interpretava
Virtude, mesmo papel de Débora Duboc – ítalo Rossi, Gianni Ratto e Sérgio
Britto. “Quando estava gravando a novela “Passione”, na Rede Globo, fazia parte
do núcleo da Fernanda Montenegro, com quem pude trocar muitas informações sobre
a peça. Quem assistiu aquela montagem pode perceber que nossa concepção é bem
diferente”, relembra Débora Duboc.
PERFIS
DÉBORA
DUBOC
No teatro, foi uma
das realizadoras do projeto estético do coletivo teatral Cia Razões Inversas,
dirigida por Marcio Aurélio, com quem montou vários clássicos da dramaturgia
ocidental, entre eles, “Ricardo II” de W. Shakespeare, “A Bilha Quebrada” de H.
Kleist, “Arte da Comédia” de Edoardo de Fellipo e “Srta. Else” de Schnitzler.
Por esse último espetáculo recebeu os prêmios Shell, APCA e APETESP de Melhor
Atriz, em 1997.
Fez também “O Homem
das Galachos”, em 1998, que o autor e diretor Vladimir Capella escreveu para
atriz. Esse espetáculo lhe rendeu mais um prêmio APCA de Melhor Atriz.
Protagonizou “A Cabeça”, de Alcides Nogueira e direção de Márcia Abujamra,
“Liberdade, Liberdade” de Millôr Fernandes, dirigida por Cibele Forjaz e
produzida por Paulo Goulart e Nicete Bruno, em homenagem aos 40 anos do texto,
“As Três Irmãs” de Tchecov, dirigida por Enrique Dias. Em TV, fez “Passione” de
Silvio de Abreu.
Montou em 2000 sua
própria companhia, a Olhar Imaginário – Núcleo de Teatro, com a qual produziu as
“Mostras de Dramaturgia Contemporânea” e o musical contemporâneo “Espírito da
Terra”. Em 2002, juntamente com Renato Borghi, Luah Guimarãez e Élcio Nogueira
Seixas, com os quais divide a idealização e curadoria, recebe os prêmios
especiais da crítica Shell e APCA, pela realização da “Mostra Contemporânea de
Dramaturgia”. Recentemente esteve em cartaz com “JT - Um Conto de Fadas Punk”,
texto de Luciana Pessanha, com direção de Paulo José.
Em cinema, atuou em curtas e nos
longas metragens “Através da Janela” de Tata Amaral, “Memórias Póstumas” de
André Klotzel, “Tapete Vermelho” e “As 12 Estrelas” de Luiz Alberto Pereira e
“Filmefobia” de Kiko Goifman. Protagonizou os filmes “Latitude Zero” (Melhor
Atriz nos Festivais internacionais de cinema 5º Brazilian Film Festival of Miami
e 36° Festival Internacional De Kiev), “Cabra Cega” (Melhor atriz nos festivais
2º Prêmio Fiesp/Sesi-SP do Cinema Paulista e 1º Prêmio Contigo Pantene do Cinema
Brasileiro)
e “Estamos Juntos” de Toni
Venturi.
MARCELO LAZZARATTO
É um novo talento da direção da
cena do teatro paulista. Aplaudido pela crítica vem conquistando espaço pela
seriedade e beleza de suas montagens. Formado pelo Departamento de Artes Cênicas
da ECA – USP é Mestre em Artes Cênicas pela UNICAMP onde desenvolve nesse
momento seu Doutorado. É professor de Interpretação Teatral no Teatro Escola
Célia Helena e no Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP.
Em 2000 criou a Cia. Elevador de
Teatro Panorâmico, na qual exerce a função de diretor artístico, tendo
realizado, entre outros, os espetáculos: A Ilha Desconhecida, adaptação
da obra de José Saramago, Loucura, compilação de textos a respeito do
tema e A hora em que não sabíamos nada uns dos outros, de Peter Handke e
do espetáculo processual Amor de Improviso, Peça de Elevador, de
Cássio Pires e Ponto Zero, a partir da obra de Salinger, Kerouac e
Godard.
Também como diretor encenou,
entre outras, Terror e Miséria no 3º Reich, de Bertolt Brecht, Mal
Necessário, de Cássio Pires, que participou da Mostra de Dramaturgia
Contemporânea do SESI-SP; O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht;
Enamorados, adaptação de “Fragmentos de um Discurso Amoroso”, de Roland
Barthes; A Peça Didática de Baden Baden sobre o Acordo, de Bertolt
Brecht; Noite de Reis de William Shakespeare; Sobretudo Beckett,
reunião de 7 peças curtas de Samuel Beckett; O Jardim das Cerejeiras , de
Tchecov; Comédia da Vaidade, de Elias Canetti; O Sonho, de August
Strindberg; As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller; Intersecções:
Peças Curtas de Harold Pinter; A Morta, de Oswald de Andrade, A
Entrevista, de Samir Yazbek indicada ao Prêmio Shell 2005, Pai, de
Cristina Mutarelli e Esperando Godot, de Samuel Beckett.
LUIGI PIRANDELLO
(1867–1936)
Luigi Pirandello foi um grande renovador do teatro, com
profundo sentido de humor e originalidade. Estudou filologia na Universidade de
Roma e doutorou-se na Universidade de Bonn, Alemanha, país onde também estudou
filosofia. Em 1894 Pirandello radicou-se em Roma, onde dava aulas de italiano.
Dedicado à literatura, de início escolheu a poesia, mas logo optou pela
narrativa e pelo romance realista. Escreveu os romances "O Falecido Mattia
Pascal" e "Um, Nenhum e Cem Mil", além dos contos "Novelas para Um
Ano".
Foi com o teatro, entretanto, que Pirandello tornou-se célebre. Após o êxito com "Assim É, Se Lhe Parece" (1917), foi consagrado com "Esta Noite Se Representa de Improviso", "Cada Um a Seu Modo" e "Seis Personagens à Procura de Um Autor", três peças que deram origem ao chamado "metateatro" ou "teatro dentro do teatro". Inovador do drama moderno, o autor adotou como temas centrais a volubilidade humana e as coincidências entre a vida e a ficção.
Foi com o teatro, entretanto, que Pirandello tornou-se célebre. Após o êxito com "Assim É, Se Lhe Parece" (1917), foi consagrado com "Esta Noite Se Representa de Improviso", "Cada Um a Seu Modo" e "Seis Personagens à Procura de Um Autor", três peças que deram origem ao chamado "metateatro" ou "teatro dentro do teatro". Inovador do drama moderno, o autor adotou como temas centrais a volubilidade humana e as coincidências entre a vida e a ficção.
Pirandello ganhou o Prêmio Nobel de literatura de 1934. O dramaturgo morreu em Roma, em 10 de dezembro de 1936. Sua obra é farta e diversificada: são mais de 300 novelas, fato que é às vezes esquecido, em geral, graças a seu prestígio como dramaturgo.
FICHA
TÉCNICA
Texto: Luigi
Pirandello
Direção e Encenação:
Marcello Lazzaratto e Débora Duboc
Elenco: Débora Duboc,
Gabriel Miziara, Fernando Fecchio e Thiago
Tradução: Marcos
Caruso
Direção de Arte: Chico
Spinosa
Música Original: Gustavo
Kurlat e Ruben Feffer
Patrocínio principal:
Pirelli
Produção: Toni Venturi e
Débora Duboc / Olhar Imaginário – Núcleo Teatro
Produtora Associada:
Palipalan Arte e Cultura
Apoio Institucional: ProAC
– Lei de Incentivo à Cultura
SERVIÇO
ESPETÁCULO
aL
Dias: 26/04
(20h30), 27/04 (20h30), 28/04 (19h), 30/04 (20h30),
01/05 (17h) e 02/05 (20h30)
Local: Memorial da
América Latina - Auditório
Capacidade: 876
lugares
Duração: 80 minutos
Classificação: 12
anos
Ingressos:
Grátis – retirada
na bilheteria com 2 horas de antecedência
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade,
664
Telefone para
informações: (11) 3823-4600
Fernando Feccio, Debora Duboc, Gabriel Miziara, Thiago Adorno
Gabriel Miziara, De¦übora Duboc, Thiago Adorno- Credito Joao Caldas
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