Ministério
da Cultura
apresenta
Banco do
Brasil
apresenta e
patrocina
Musical
de
Anna
Toledo
Direção
Musical
Guilherme
Terra
Direção Geral
André
Dias
Com
Ana Carolina Machado, Andrea Marquee, Anna
Toledo,
Jonathas
Joba, Luciano Andrey e Sérgio
Rufino
Músicos
Guilherme
Terra/Jonatan
Harold
(Piano),
Jeferson
de Lima (Violão) e
Ricardo Berti
(Percussão)
Produção
Morente
Forte Produções Teatrais
Direção de
Movimento: Kátia Barros. Cenários e Figurinos: Fábio Namatame. Iluminação:
Wagner Freire. Designer de Som: Fernando Fortes
“Tive
mulheres que me fizeram bem e mulheres que me fizeram mal.
As
que me fizeram bem, eu esqueci.”
Lupicinio
Rodrigues
A obra de
Lupicínio Rodrigues, um dos mais populares e geniais compositores de todos os
tempos da Musica Brasileira, é o ponto de partida para o espetáculo musical
Vingança, que será encenado no palco do
Centro
Cultural Banco do Brasil a partir do dia 30 de
abril.
Lupicínio
Rodrigues era um paisagista dos sentimentos. Seu universo era feito da noite, de
paixões impossíveis, da boemia alegre e dos desencontros amorosos – e os
personagens mais assíduos de suas canções eram “os homens infiéis e as mulheres
más”. Lupicínio Rodrigues foi o inventor da expressão “dor-de-cotovelo”. Foi
numa de suas crônicas no jornal Ultima Hora que a expressão surgiu pela primeira
vez, usada para descrever a dor da solidão, provocada pelo tempo em que o
sujeito solitário passava com o queixo apoiado sobre o cotovelo no balcão do
bar.
Fã confessa da
obra e escritos de Lupicínio, a atriz, cantora - e agora dramaturga -
Anna Toledo mergulhou nesse mundo,
idealizou e criou VINGANÇA, o musical que recria, através da música, do drama,
da ironia e do sarcasmo, o universo de paixões descrito em Vingança, Volta, Esses moços, Maria Rosa, Nunca,
Cadeira vazia, Ela disse-me assim, Foi assim, Nervos de aço, Quem há de dizer,
Felicidade, Se acaso você chegasse, clássicos do cancioneiro
brasileiro e paisagens riquíssimas da alma humana.
Na montagem, o
diretor André Dias recria a atmosfera do Sul do Brasil dos anos 50, reforçada
nos figurinos de Fábio Namatame.
Vingança
narra a história de três triângulos amorosos, tendo como pano de fundo a
efervescência passional do "samba-canção". A música, a boemia e a paixão são o
fio condutor de uma trama onde os papéis de
traído e traidor alternam-se numa intrincada ironia do
destino.
No vértice dos
triângulos está a dançarina Maria Rosa (Ana
Carolina
Machado), uma mulher envolvente e sedutora. Ela vive
sob a proteção de Alves (Luciano
Andrey), um perigoso contraventor, homem possessivo
e violento.
Maria Rosa
trabalha como dançarina no cabaré de Orlando (Sérgio Rufino), e é lá que conhece Liduíno
(Jonathas Joba), um respeitável homem de família e
boêmio notório, com quem inicia um tórrido caso de amor. Liduíno é casado com Luzita
(Anna
Toledo), mulher vitimizada e reprimida, que carrega
a amargura da traição. Luzita
tem segredos no
seu passado e aos poucos descobre que a paixão que Orlando, o melhor amigo de
seu marido, nutre por ela pode ser usada a seu
favor.
Mas ainda há
mais um vértice
neste polígono amoroso:
Linda (Andrea
Marquee), uma mulher
humilde, mas ambiciosa, que trabalha de dia na casa de Luzita e Liduíno, como
empregada doméstica, e à noite como cantora no cabaré de Orlando. Linda é
apaixonada por Alves, seu antigo amante, e fará de tudo para afastá-lo da fatal
Maria Rosa, sem medir as conseqüências de seus
atos.
As
canções de Lupicínio são executadas ao vivo, em novos arranjos criados por
Guilherme Terra especialmente para o espetáculo, na formação instrumental de
piano, violão e percussão e arranjos vocais para o elenco
O gênero
musical que consagrou Lupicínio Rodrigues foi, sem dúvida, o samba-canção –
gênero disseminado a partir do final dos anos 30, popularizado pela rádio, por
seu caráter romântico, que carrega influências de outros ritmos latinos, como o
bolero. Nenhum outro autor brasileiro compôs tantos sucessos dentro deste estilo
– o ritmo dançante, as melodias carregadas de drama e as letras altamente
inflamáveis de canções como Ela Disse-Me
Assim, Volta e
Vingança, marcaram os anos 40 e
50. Ainda assim, o compositor gaúcho também escreveu sambas, marchinhas de
carnaval, valsas, xotes (e o Hino do Grêmio Futebol Clube, para o qual torcia).
A produção musical de Lupicínio Rodrigues é prolífica, representativa de uma
época (pré-Bossa Nova) incrivelmente fértil e com uma identidade dramática
acentuada.
A música
Vingança foi o maior sucesso
comercial de Lupicínio Rodrigues. Composta por Lupicínio como um desabafo diante
da traição de Mercedes, uma de suas muitas namoradas, a música foi gravada por
Linda Batista em 1951 e fez sucesso até no Japão. Com o dinheiro que ganhou
naquele ano, Lupicínio comprou um carro e batizou-o de
“Vingança”.
“Toda vez que
uma mulher me trai, eu ganho dinheiro”, costumava dizer Lupicínio Rodrigues,
afirmando que só escrevia sobre experiências vividas por ele ou por seus amigos.
“As mulheres boazinhas nunca me deram dinheiro, só as que me
traíram”.
Apesar de
tantas aventuras amorosas narradas em suas canções – supostamente
autobiográficas – Lupicínio Rodrigues era pai de família e marido dedicado de
Dona Cerenita, com quem viveu até o ano de sua morte, 1974. Para ela, Lupicínio
compôs a canção Exemplo, sucesso
na voz do cantor Jamelão, que diz: “é melhor brigar juntos do que chorar
separados”.
Sinopse
para roteiro
A ação se passa
nos anos 50, no Sul do Brasil, e tem como pano de fundo a vida boêmia de um
cabaré. O enredo narra a história de três triângulos amorosos, onde um boêmio de
vida dupla, quer manter a esposa e as amantes, mas nada sai como o planejado
quando ele se envolve com uma mulher fatal.
VINGANÇA
Centro Cultural
Banco do Brasil
Rua Álvares
Penteado, 112. Centro
3113. 3651 /
3113.3652
Acessos:
Estações Sé e São Bento do Metrô. Praças do Patriarca e da
Sé.
Acesso e
facilidades para pessoas com deficiência física / Ar-condicionado /
Estacionamento: Estapar Estacionamento – Rua da Consolação, 228 (Edifício
Zarvos) – (R$ 15,00 pelo período de cinco horas. Necessário carimbar tíquete na
bilheteria do CCBB - Van faz o traslado gratuito no trajeto estacionamento –
CCBB – estacionamento).
Terças, Quartas
e Quintas às 20h.
Ingressos: R$
6,00.
Duração: 100
minutos (com 10 minutos de
intervalo)
Recomendação:
16 anos
Gênero:
musical
Pré-estreia
dia 30 de abril
Temporada:
de 01 de maio até 04 de julho
Ficha
Técnica:
Canções
de Lupicínio Rodrigues (1914 -
1974)
Idealização e
texto de Anna
Toledo
Direção
Geral André
Dias
Direção Musical
e Arranjos Guilherme
Terra
Elenco
Ana Carolina Machado – Maria
Rosa
Andrea Marquee -
Linda
Anna
Toledo –
Luzita
Jonathas
Joba
-
Liduíno
Luciano Andrey
-
Alves
Sérgio Rufino –
Orlando
Guilherme Terra/ Jonatan Harold – Seu
Maestro
Músicos
em
cena: Guilherme Terra ou
Jonatan
Harold (Piano), Jeferson de Lima (Violão) e Ricardo
Berti(Percussão)
Pianista
Ensaiador Jonatan
Harold
Diretora de
Movimento Kátia
Barros
Cenário e
Figurino Fábio
Namatame
Designer de
Som Fernando Fortes
Iluminação
Wagner
Freire
Assistente de
Direção Carla
Masumoto
Assistente de
Direção de Movimento Patrícia Zveibil Rodrigues
Assessoria de
Imprensa Daniela Bustos e
Beth Gallo - Morente Forte Comunicações
Programação
Visual Cassiano
Pires
Fotos
João
Caldas
Camareira
Consuelo de
Cássia
Contrarregra Celso
Dornellas
Operador de som
Dug
Monteiro
Operador de
Luz Rafael Soares
Assessoria
Contábil Marina
Morente
Administração e
Assistente de Produção Jady
Forte
Assistente de
Produção Mariana São
João
Produção
Executiva Egberto
Simões
Produtoras
Selma Morente
e Célia Forte
Realização Morente
Forte Produções
Teatrais
O
compositor:
Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974)
foi um dos mais populares compositores brasileiros. Quarto filho numa família de
21 irmãos, Lupe, como era chamado desde pequeno, nasceu numa vila pobre
instalada no bairro da Cidade Baixa, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nunca
saiu da capital gaúcha, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o
ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu
universo. Mas isto nunca limitou o alcance de sua
obra.
Em 1932, já havia lançado o
sucesso “Felicidade”. Trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS, até
aposentar-se precocemente por motivos de saúde, em 1947. A esta altura, já era
um compositor consagrado nacionalmente, tendo suas músicas gravadas por estrelas
do rádio como Francisco
Alves, Ciro Monteiro e Linda Batista. Boêmio, foi proprietário
de diversos bares, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter,
antes do lucro, um local para encontro com os
amigos.
Lupicínio buscou em sua própria
vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre
juntos. Famoso pela franqueza com que expressava seus sentimentos na música, e
apesar de viver casado desde a juventude com a mesma mulher, acreditava que um
homem devia ter uma esposa dentro de casa e várias mulheres na boemia.
Constantemente abandonado pelas amantes, Lupicínio brincava dizendo: “cada vez
que sou traído, escrevo uma música e compro um carro
novo”.
Nos anos 70 sua música foi
redescoberta pela geração Tropicalista e MPB: Caetano Veloso gravou
“Felicidade”, Gal Costa gravou “Cadeira Vazia” e “Volta”, Gilberto Gil gravou
“Quem Há de Dizer”, Elis Regina gravou “Maria Rosa” e Paulinho da Viola fez
sucesso com “Nervos de Aço”. Nas décadas seguintes foi regravado por Fábio Jr,
Arnaldo
Antunes, Ivete Sangalo, Elza Soares, Paulinho da Viola e tantos
outros.
Deixou cerca de uma centena e meia
de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou
estão à espera de quem as resgate. Torcedor do Grêmio, compôs o hino do tricolor
em 1953. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do
clube. Na ocasião da sua morte, em agosto de 1973, uma multidão acompanhou o
cortejo fúnebre pelas ruas, cantando “Se Acaso Você Chegasse”. Neste dia, os
bares de Porto Alegre permaneceram fechados em homenagem ao seu boêmio mais
ilustre.
Em
Vingança, o musical
Dança
As canções que
fizeram a fama de Lupicínio também eram sucesso estrondoso nos salões de baile.
Combinando estas informações – a dança de salão, o conteúdo emocional das
canções – chegou-se à coreografia do espetáculo que pontua, de forma orgânica,
as cenas de sedução, amor e disputa.
O conceito
coreográfico do espetáculo é o de incorporar a linguagem da dança de salão para
a partitura corporal dos personagens, de forma que eles estejam sempre se
comunicando através de uma dança, sendo mais adequado o termo Direção de
Movimento dos atores em cena.
Cenário
A ação acontece
em três ambientes: o Cabaré Melodrama (domínio de Linda e Orlando), o quarto da
pensão dos amantes (domínio de Maria Rosa e Alves) e a sala da família (domínio
de Luzita e Liduíno). O palco também se transforma em cenário de shows para
Linda e Maria Rosa, as vedetes do cabaré. As transições são leves e dinâmicas e
a ação muitas vezes ocorre em mais de um plano.
Figurino
Os figurinos do
espetáculo recriam a atmosfera romântica dos cabarés dos anos 50 no Sul do
Brasil. É uma região mais fria, subtropical, que recebeu a maior parte da
imigração européia (principalmente italianos e alemães) no início do século
XX.
As influências
refletem-se em cores masculinas sóbrias, na elegância e corte sofisticado para
ambos os gêneros. Homens usam chapéus, camisas, ternos de cores variadas. Para
as mulheres, em geral: saltos altos e vestidos. Há certa “gravidade” e
sobriedade nos vestidos de Luzita, a esposa, em contraste com a sensualidade dos
vestidos de Maria Rosa, a dançarina, e da alegre exuberância de Linda, a
cantora.
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