Atendendo a pedidos, Sergio
Mamberti reestreia
Visitando o Sr. Green
De Jeff Baron
Direção Cassio Scapin
Com Ricardo Gelli
Um pequeno acidente de trânsito
nas ruas de Nova York acaba provocando a aproximação entre o Sr Green, um velho
e solitário judeu ortodoxo, e Ross Gardner, um jovem executivo de 29 anos que,
acusado de negligência na direção e considerado culpado pela ocorrência, recebe
como pena prestar serviço comunitário junto à vítima uma vez por semana, por
seis meses. A circunstância legal que os uniu involuntariamente, envolve os
dois em situações inusitadas, com traços de fino humor e de profunda emoção.
Revelando pouco a pouco a
personalidade de cada um, suas realizações e suas frustrações acabam por
constituir a trama central da peça através da riqueza da narrativa e dos
instigantes diálogos de Jeff Baron. Retratam também, magistralmente, os
aspectos mais pitorescos da cultura judaica, bem como os encontros e
desencontros de dois habitantes de uma metrópole como Nova York.
Re-Visitando o Sr. Green, por
Sergio Mamberti
“Desde que iniciei essa longa e
apaixonante carreira, em 1956 em Santos, o palco sempre foi para mim um espaço
privilegiado, onde pude compartilhar com as pessoas, através dos inúmeros
personagens que interpretei, meus sonhos, minha visão de mundo, minhas
reflexões sobre a vida, sobre a época em que vivemos, de forma tão intensa.
Durante os dez anos em que estive
no Ministério da Cultura, jamais deixei de sonhar com minha volta ao teatro. Ao
escolher esta peça do autor norte-americano Jeff Baron para marcar meu
reencontro com o palco, pelo tema que aborda, tão pertinente ao momento que
atravessamos, estive sempre, desde que abrimos as portas para o público,
absolutamente convencido de sua atualidade e do perfil dramático dos dois
personagens. Tinha a intuição de que a montagem teria um acolhimento à altura
das nossas expectativas, por tudo que ela reúne.
Escolhemos para dirigir o
espetáculo o ator e excelente diretor Cássio Scapin, o Nino do Castelo Rá TIM
Bum, que havia feito anteriormente o Ross Gardiner, na montagem do grande
mestre Paulo Autran, há 20 anos, tarefa da qual se desencumbiu com perfeição e
maestria, numa concepção cênica, requintada e sutil, levando o espectador do
riso inteligente às lagrimas. Cássio conseguiu, sobretudo, fazer uma reflexão
profunda sobre a aceitação da diferença e o combate à intolerância.
O ator Ricardo Gelli, que dá vida
ao Ross Gardiner em nossa montagem, juntou-se ao time nessa empreitada e se
identificou tão profundamente com seu personagem que nossa relação no palco
alcançou uma alquimia perfeita, fazendo com que o público se
integrassemagicamente ao espetáculo em São Paulo, Paraná, Brasília, Goiás e
tantas outras cidades que percorremos e que esperamos se repita nessa nova
temporada.
Estaremos no Teatro Jaraguá, a partir de 12 de janeiro, de
sextas a domingos, encantando e revisitando nosso público. Para quem ainda não
viu ou que deseja ver de novo, é uma ótima oportunidade. Sejam bem vindos!
Shalom!”
Para Ricardo Gelli, “Visitando o Sr Green, marca um grande
momento na carreira. Um trabalho muito especial, em todos os sentidos. Primeiro
pela oportunidade de estar em cena com um ator do calibre e da história de
Sérgio Mamberti. É um grande privilégio, ainda mais num espetáculo que
proporciona que estejamos o tempo inteiro juntos em cena. A dramaturgia força o
jogo e a cumplicidade dos dois atores o tempo inteiro. Temos um nível de
entendimento e de intimidade em cena que é raro de se alcançar. Ter tudo isso,
com Serginho e com a direção absolutamente impecável e generosa do Cassio,
fazem com que esse trabalho seja uma escola completa para a vida sobre fazer
arte com rigor e amor.
Estar em cena na vida de Ross Gardner é um desafio muito
grande, mas muito prazeroso. Um sujeito bem sucedido e com a vida aparentemente
tranquila, mas por trás dessa construção social muito bem feita, está um
indivíduo extremamente complexo, que carrega diversos traumas e questões não
resolvidas e vive aprisionado dentro de uma falsa vida bem estruturada. A forma
como um personagem transforma literalmente o outro, ainda que não quisesse,
como um personagem ajuda o outro a dar o passo a frente mesmo sem saber, faz de
Visitando o Sr Green uma peça engraçada, emocionante e extremamente necessária,
pois discute questões de profunda importância no mundo atual e de uma forma
delicada e absolutamente humana. Teatro transformador”.
Ficha técnica:
Autor: Jeff Baron
Tradutora:
Rachel Ripani
Direção: Cassio Scapin
Assistente
de direção: Ando Camargo
Elenco: Sergio Mamberti e Ricardo Gelli
Cenário: Chris Aizner e Nilton Aizner
Figurino:
Fabio Namatame
Luz: Wagner Freire
Trilha
sonora: Daniel Maia
Adereços: Nilton
Araújo
Fotografia: Ale
Catan
Programação Visual: Marcelo- Cordeiro Estúdio Bogari
Vídeo: Leandro
Goddinho
Produção executiva: Daniel Palmeira
Assistente de Produção: Uli Alcântara
Coordenação Financeira: Cleo Chaves
Direção
de produção: Carlos Mamberti
Realização: CD4
Produções e Mamberti Produções
Patrocínio:
Porto Seguro
SERVIÇO - VISITANDO SR. GREEN
Estreia:
12 de Janeiro, às 21h30min.
Temporada:
Até 18 de Março.
Local: Teatro
Jaraguá - Rua Martins Fontes, 71. Bela Vista
Informações:
3255.4380
Ingresso:
R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).
Horários:
Sextas às 21h30min, Sábados às 21h e Domingos às 19h.
Capacidade:
271 lugares
Censura:
14 anos. Menores acompanhados por pais ou responsáveis.
Duração:
90 minutos
Gênero:
Comédia Dramática
Estacionamento
no local: R$ 30,00
Ar
condicionado
Acesso
para portadores de necessidades especiais
Informações
e compra de ingressos: www.ingressorapido.com e 4003.1212
Bilheteria:
terça a quinta das 16h às 19h, sexta e sábado a partir das 16h, domingo a
partir das 15h.
Formas de
pagamento: dinheiro e cartões de crédito e débito.
Jeff Baron
Premiado autor americano, em VISITANDO
O SR. GREEN Baron consegue transferir para o palco o relacionamento humano, a
estupidez dos preconceitos e a importância da compreensão entre as pessoas. A
habilidade e o sensível tratamento fazem com que dois homens de temperamentos
opostos, transformem-se numa amostra do que a incompreensão e o preconceito
podem provocar num relacionamento familiar. Uma comédia hilariante e um drama
denso numa história só. Duas visões de mundo exploradas em um texto hábil e
sensível. O texto estreou em Miami, no Teatro Coconut Grove, com tal sucesso
que a produção foi levada para a Broadway, onde o ator Eli Wallach foi premiado
por sua interpretação. Desde então a peça de Jeff Baron foi montada em mais de
20 países, em 15 línguas e 200 produções diferentes. O espetáculo foi premiado
em muitos países, sendo considerada a melhor montagem do ano em Israel, Grécia
e Alemanha e indicada para o Prêmio Molière da França de melhor peça nova. Em
1999, Jeff Baron foi convidado para fazer uma leitura de VISITANDO O SR. GREEN
na ONU, em Nova York.
Sergio Mamberti
Ator, diretor, artista plástico e
produtor. Natural de Santos/SP, Mamberti iniciou sua carreira em 1956 com a
peça “Revellation” de TristarnBernarn. Formado pela Escola de Arte Dramática em
1961, tem participado ao longo de 60 anos de carreira de alguns dos mais
significativos e polêmicos momentos do teatro brasileiro, como a peça “Navalha
na Carne” de Plínio Marcos e “O Balcão“ de Jean Genet. Ao todo são quase 70
peças teatrais, 25 longas - metragens e 16 telenovelas, além de inúmeras
participações especiais em programas de televisão e atuações fora do país,
entre elas a interpretação de DEUS na montagem do Evangelho Segundo Saramago,
no teatro São Luiz, em Lisboa, com a presença do autor, com casas lotadas e
aplausos de público e crítica. Assinou ainda a direção de cinco peças de
teatro, além de ter atuado como produtor em outros eventos. Durante este
período tem sido reconhecido como um dos mais ostensivos defensores da cultura
nacional, colocando-se sempre à frente das mais diversas manifestações dos
meios artísticos e intelectuais. No período de 2003 a 2013, esteve atuando no
Ministério da Cultura, como Secretario da Identidade e da Diversidade Cultural,
Presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais.
Cassio Scapin
Ator formado pela EAD-USP, ficou
conhecido das crianças como Nino, do Castelo
Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. Já trabalhou em mais de vinte espetáculos, no
Brasil e na Itália, tendo trabalhado com os diretores Francesco Zigrino/Itália,
Ulisses Cruz, Naum Alves de Souza, YacovHillel, Mira Haar e Elias Andreatto,
Marília Pêra entre outros. Recebeu os prêmios: Mambembe, Governador do Estado,
APCA, sendo que em 1998 foi o escolhido como “Melhor Ator” nos prêmios Apetesp
e Shell, por sua interpretação em Memórias
Póstumas de Brás Cubas. Participou de novelas e seriados nas TV´s Globo,
SBT, Record, Bandeirantes eMultishow, além do Telecurso 2000. Protagonista dos
contos sinfônicos O Carnaval dos Animais
e da série O Aprendiz de Maestro em
benefício da TUCCA, desde 2000 na Sala São Paulo. Atuou na segunda montagem de O Mistério de Irma Vap, ao lado de
Marcelo Médici, com direção de Marília Pêra; no musical Lampião e Lancelote, com músicas de Zeca Baleiro e direção de
Debora Dubois; e no espetáculo O
Libertino com direção de Jô Soares. Em 2013, com o espetáculo Eu Não Dava Praquilo recebeu o Prêmio
APCA de Melhor Ator. Em Visitando o Sr.
Green, de 2000 a 2005, dividiu o palco com Paulo Autran.
Ricardo Gelli
Vencedor dos Prêmios R7 Melhores
do Teatro 2014 (melhor ator) por “Genet – O Poeta Ladrão”, e Melhor Ator no
Festival ArtDecó de Cinema por “Boca Fechada” e indicado ao Prêmio APCA 2014
por “Propriedades Condenadas”, Gelli é formado pelo Teatro Escola Célia Helena
e cursou Artes Plásticas na Faculdade de Artes Alcântara Machado. Trabalhou com
vários diretores de renome no cenário nacional: Sérgio Ferrara, Mário
Bortolotto, Ruy Cortez, Ralph Maizza, LenersonPolonini, Rui Xavier, Elisa
Othake e Kléber Montanheiro. Entre as mais de 15 peças em que atuou,
destacam-se: “Rosa de Vidro”, de João Fábio Cabral, direção de Ruy Cortez;
“Heiner Müller em Repertório” e “DrFaustus Liga a Luz”, de Gertrude Stein,
direção de LenersonPolonini; “CaminosInvisibles...La partida”, texto e direção
de Carina Casucelli; “Os Inadequados”, de Leandro D’Errico, direção de Ralph
Maizza; “Leila Baby”, texto e direção de Mário Bortolotto; “A Dama do Mar”, de
Henrik Ibsen, direção de Sérgio Ferrara. Também já assinou cenário, adereços e
iluminação de alguns espetáculos. No cinema,atuou nos longas: “Pólvora Negra”
de KapelFurman e “A Percepção do Medo” de Armando Fonseca e KapelFurman, e em
mais de 10 curtas, com destaque para: “Landau 66”, direção de Fernando Sanches
(Pródigo Films); “O Afinador”, de Matheus Parizi e Fernando Camargo; “Boca
Fechada”, de Elder Fraga (Fraga Films).
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